As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin)

Cinema quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

 ‘As Aventuras de Tintim’ segue o ávido e insaciável jovem repórter Tintim (Jamie Bell) e seu leal cachorro Milu a partir do momento em que eles descobrem que o modelo de um antigo navio contém um segredo explosivo. Atraído pelo mistério centenário, Tintim se vê na mira de Ivan Ivanovitch Sakharin (Daniel Craig), um vilão diabólico que crê que Tintim roubou um tesouro valioso ligado a um velho pirata cruel chamado Rackham, o Terrível. Com a ajuda de seu cachorro, Milu, do mordaz e resmungão Capitão Haddock (Andy Serkis) e dos atrapalhados detetives Dupond & Dupont (Simon Pegg e Nick Frost), Tintim percorrerá meio mundo, sendo mais esperto e mais rápido que seus inimigos, numa perseguição vertiginosa atrás da localização exata de onde teria afundado O Licorne, um galeão naufragado que pode conter a chave de uma imensa fortuna… e de uma antiga maldição. Dos mares revoltos às areias dos desertos norte-africanos, cada reviravolta arrasta Tintim e seus amigos a níveis mais fortes de emoções e perigos, demonstrando que quando alguém se arrisca a perder tudo, não há limites para o que você é capaz de fazer.

Eu não preciso explicar o Tintim, só quem é velhão e assistia o desenho que passava na TV Cultura, junto com Beakman, Pingu e todo aquele material de qualidade que a gente não dava tanto valor na época sabe o quanto o negócio é bão. E eu nunca li os originais do Hergé, e sinceramente não tenho muita vontade, mas aquela animação era genial. Se bem que eu fiquei meio decepcionado com as vozes não serem as que eu estava acostumado. Mesmo tendo visto o legendado. Vai entender.

 Pelo menos o Milu ficou parecido. Apesar do nome original dele ser Snowy.

A história, na realidade, nunca fazia muita diferença, já que era sempre um esquema loko com enigmas pra decifrar que o Tintim sempre descobria na hora exata [Não que eu esteja reclamando da qualidade do roteiro, pelo contrário, era sempre algo foda, o que deixa o espectador meio mal acostumado], e que eventualmente levava ele [E quem estivesse com ele] à entrar em cenas de ação de tirar o chapéu, mesmo sendo meio que totalmente mentirosas. E nesse quesito o filme não peca, já que as cenas de ação parecem até coreografadas, de tão perfeitas que são. E sim, eu sei que é uma animação, tou falando do timing. Tudo conspira à favor da cena, é incrível. É tão mentiroso que cê até desencana.

 “Vira essa merda pra lá, filho da puta!”

O alívio cômico da porra toda são os detetives Dupond e Dupont, que se não me engano são irmãos no desenho antigo, mas no filme nada é citado sobre. Ou eu não tava prestando atenção por estar rindo na poltrona. Mas, ao mesmo tempo que eles não fazem nada de aparente relevância [Ou inteligência], no final se não fossem eles ia dar uma merda sem tamanho.

E como não falar do capitão Haddock? Um bêbado inveterado, que xinga quase tanto quanto eu [Como todo bom marujo], mas que no entanto sabe defender uma garrafa de ser quebrada feito ninguém. Ele é que devia ser o personagem principal, já que é um doido varrido feito aquele tio que todo mundo queria ter.

 “Cê tá me vendo?”
“Tô!”
“Então vai tomar no cu.”

Minhas únicas ressalvas são relacionadas à memórias afetivas que eu tenho do desenho de antigamente, romantizadas pela minha mente que distorce lembranças, e o fato do filme ter deixado aquela abertura pra uma continuação tão descarada que pareceu até que vão mesmo fazer uma. Assim não dá.

As Aventuras de Tintim

The Adventures of Tintin (107 minutos – Animação)
Lançamento: EUA, Nova Zelândia, 2011
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Moffat, Edgar Wright e Joe Cornish, baseados nos quadrinhos de Hergé
Elenco: Jamie Bell, Simon Pegg, Andy Serkis, Nick Frost, Mackenzie Crook, Daniel Craig, Toby Jones, Gad Elmaleh

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