Os Piores Filmes de 2012

Primeira Fila segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Agora sim, uma maneira apropriada de acabar o ano. Ou que pelo menos reflete melhor a situação da sétima arte no período. E elencar as piores coisas de qualquer coisa sempre é mais divertido, basta não pensar em todas as horas perdidas que passamos assistindo essas merdas e… Droga.

Os Vingadores

Huhuhu, coloquei Os Vingadores numa lista de piores do ano, e agora, hein, hein? Tá, agora eu explico. Claro que é um filme divertido e tudo o mais, mas trata-se do representante perfeito de tudo que anda errado em Hollywood, como eu já cansei de frisar por aqui. Aliás, percebi agora que esse post também vai funcionar como retrospectiva, já que eu passei 12 meses inteiros praticamente reclamando das mesmas coisas, olha só. Muito bem, o fato é que a principal preocupação da Marvel é agradar um público de 8 a 80 anos. O que acaba tirando qualquer elemento que qualquer pessoa possa pensar em considerar ofensivo dos filmes, fazendo com que os realizadores não arrisquem nada para garantir a satisfação do cliente. O que acaba não agradando ninguém de verdade. Tirando os fanboys babacas. Que infelizmente, compõem a maioria do público cinematográfico nesses dias. O pior é que Os Vingadores foi apenas o primeiro de muitos. E, como a formula não muda, o melhor filme que a Marvel jamais irá fazer.

Os Infratores

Talvez esse ano possa ser resumido simplesmente com a palavra decepção. Ao menos foi o que mais se repetiu dentro do cinema. Começando pelo Os Infratores. O diretor do bom A Estrada e do grande A Proposta agora ambienta uma história no período da Lei Seca nos Estados Unidos. Só que ao invés das situações-limite envolvendo as complexas relações familiares e de poder, temos uma simples batalha do bem contra o mal e um tempo de tela do Shia LaBeouf 280 vezes maior do que o recomendável para a saúde.

Dredd 3D

O retorno do Juiz Dredd ao cinemas prometia trazer de volta pra tela grande pelo menos alguns galões de sangue, tão comuns em outros tempos, mas trouxe apenas o vazio. Tanto que eu nem tenho mais o que falar. Tirando sdds versão do Stallone.

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Tudo o que eu esperava era mais do mesmo que foi visto no Senhor dos Aneis, mas o Peter Jackson tinha que levar a ideia ao pé da letra e fazer outra trilogia, né. Enfim, já falei disso muito recentemente por aqui.

Na Estrada

Adaptação desnecessária que tomou todas as decisões erradas possíveis. Ao se distanciar da narração em primeira pessoa, os realizadores acabaram por contar a história de uma forma fria e documental, além de exagerar nos dramas sem importância e finalizar tudo com um julgamento um tanto quanto imbecil do livro.

Sombras da Noite

Tim Burton seguindo na sua espiral de decadência num filme em que o humor e o drama ficam competindo e não funcionam em momento algum. Além de personagens que aparecem e somem sem explicação o tempo todo, o que faz com que o espectador não consiga se importar com nada, tirando o tempo que falta pra que o filme acabe. Também tem outra performance cansativa do Johnny Depp em má fase, que só não acompanha a jornada pra o fundo do poço do diretor porque foi melhor que no Diário de um Jornalista Bêbado.

O Ditador

Aliás, ano péssimo pra comédia, hein. Até o Sacha Baron Cohen decepcionou. Vendo O Ditador, tudo o que eu conseguia pensar era como ele se aproxima do que o Casseta e Planeta faria com um orçamento maior. Assustador.

O Espetacular Homem-Aranha

Olha, fazia tempo que eu não via um filme cometer tantos erros. Se o SKyfall conseguiu ser o melhor do ano por todos os elementos funcionarem perfeitamente em conjunto, sem nada fora do lugar, O Espetacular Homem-Aranha consegue o oposto. Nada dá certo, desde as motivações de um único personagem até o enredo em si. Sem contar a inutilidade de recontar a origem do herói. Que pra ter um apelo maior junto aos jovens é skatista/fotografo/super-gênio, é sombrio e faz piadinhas ao mesmo tempo. Mas a multifunção fica mais absurda na Gwen Stacy, que é tudo o que o roteiro precisar, afinal, quem precisa de conflitos?

Sem contar os erros mais básicos. Por exemplo, todo mundo envolvido na história, na porra da cidade de Nova York, se conhece de algum modo. O Peter já tá em conflito pela morte dos pais, o que tira muito o impacto da morte do tio Ben. Que não consegue nem dizer sua fala clássica, por sinal. O que faz com que o roteiro todo se resuma a dançar em volta da simples frase “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”, do inicio ao fim. E ainda tem as coisas que tornam o filme involuntariamente engraçado, tipo a Oscorp ser a empresa mais insegura do mundo, o Norman estar morrendo há 15 anos, o Peter só salvar uma pessoa e o Lagarto não matar ninguém. Mas o que mais chama a atenção é a burrice dos personagens, que não conseguem ligar os pontos e descobrir a identidade do Homem Aranha ou do Lagarto, apesar de todos os indícios. Mas o heroi consegue superá-los, já que todo mundo que tentou descobrir acaba conseguindo até o fim. E como ponto positivo… Bom, a ação é bacaninha.

Ted

Filme mais irritante que eu consigo me lembrar então nem quero lembrar não, leiam a crítica.

Prometheus

Taí, o Prometheus pegou tudo de errado que Os Vingadores não conseguiu, como a questão das continuações. Que O Hobbit depois tomou emprestada aliás. Ambos poderiam ser grandes obras, se não deixassem tudo pra ser resolvido nos próximos filmes da franquia que virão.

E depois de tudo isso, o que podemos perceber? Que cada novo lançamento vai enfiando mais fundo a faca no peito do já agonizante cinema, até não sobrar mais nada. Feliz 2013!

Nota do editor: Faca no peito? Hollywood teve o maior lucro de sua história em 2012. Feliz 2013, crias do Rubens Ewald Filho!

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