OS 10 melhores filmes de 2012

Primeira Fila segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Eis que chega o fim do ano, e junto com ele a inevitável remessa de listas, retrospectivas e essas coisas que sempre fazem a gente reviver os nossos últimos 12 dolorosos meses de existência. Eu até pensei em reclamar de tudo isso, mas aí percebi que era muito mais fácil fazer a minha própria lista. Mesmo que dentre os poucos filmes desse anos que eu vi, a imensa maioria não preste e mais da metade dos que sobraram eu provavelmente devo ter esquecido.

Looper: Assassinos do Futuro

Talvez a melhor surpresa do ano, filminho de viagem do tempo que não se atém a regras do gênero e foca no que interessa, que é a diversão. Contribui pra isso a simples presença do Bruce Willis e a atuação bacana do Joseph Gordon-Levitt como Bruce Willis jovem. Além da premissa um tanto quanto genial: No futuro é impossível se safar com assassinatos, então a máfia manda os alvos 30 anos pro passado pra serem mortos pelos tais Loopers. Mas tudo dá errado quando o personagem do Gordon-Levitt tem que matar ele mesmo do futuro, mas claro que algo dá errado. E a coisa segue bacana mesmo com a vibe meio Akira da metade pro final.

Argo

Até agora eu não sei direito porque eu não gostei tanto do Argo, temos que reconhecer que é um grande filme. Ben Affleck muito bem na direção e irrelevante na atuação (O que já é uma evolução e tanto), consegue manter o clima de tensão na história de um agente da CIA que vai pro Irã resgatar os funcionários da embaixada americana fingindo que todo mundo faz parte da produção de um filme de ficção científica, mesmo que seja baseado em fatos reais e todo mundo já saiba o que acontece. O ponto negativo fica por conta do humor fracassado do filme, mas por sorte isso se limita a uns poucos minutos. Que foram parar no trailer, aliás.

Valente

Não é nem perto do que a Pixar costuma fazer, mas o Valente ainda é uma bela animação. Apesar de não ter nada de espetacular, o drama, a ação e o humor tão muito bem balanceados e ainda sobra espaço pra uma liçãozinha básica que encaixa bem no final, sem ficar (Muito) forçado nem nada. E nórdicos são sempre legais, vai dizer.

Plano de Fuga

Ok, talvez essa seja a melhor surpresa de 2012. Filme de ação sem compromisso que merecia estar aqui só por tirar o Mel Gibson do ostracismo, já que ele não vinha fazendo nada a algum tempo. Tirando o filme da Jodie Foster que ninguém viu mesmo. Enfim, o Plano de Fuga (Ou o excelente Get the Gringo, no original) é tipo um Prison Break mais explosivo, sem medo de sujar as mãos e com um humor negro finíssimo. E é o suficiente.

Killer Joe – Matador de Aluguel

Por falar em humor negro, essa é a maior qualidade do último filme do William Friedkin (O cara que dirigiu O Exorcista, né galera). A trama é aquela velha história, pai e filho decidem matar a esposa/mãe pra pegar o dinheiro do seguro de vida. Pra isso, eles contratam um policial que também é um matador de aluguel, o tal de Killer Joe. Ok, tem um quê de irmãos Coen sim, mas a pegada é muito mais anárquica. E já vale a pena pelo fato insólito do Matthew McConaughey ter uma grande atuação. Além de uma cena memorável envolvendo um pedaço de frango frito que merece ser vista, não descrita.

Poder Sem Limites

Dentro dessa levada de aproximar os super-heróis da realidade, foi lançada uma sequência de filmes explorando a temática do que realmente aconteceria se uma pessoa qualquer ganhasse poderes. E o Poder Sem Limites realmente sacou essa parada. Já que o superpoder funciona como uma especie de arma, e arma na mão de um jovem meio problemático, nos Estados Unidos… Cês já sabem o que acontece, né.

Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Tudo bem, tudo bem, todo mundo já sabe que não chegou aos pés do Cavaleiro das Trevas, mas fechou a trilogia do Nolan com dignidade. É só não olhar muito perto pro roteiro que cenas como essa continuam empolgantes bagarai. E toda a grandiosidade compensa também. Tirando a reviravolta final, aquilo ali não tem desculpa.

Os Mercenários 2

O maior conjunto de piadinhas cretinas por minuto já visto desde os anos 80, e grande parte delas sendo proferidas pelo Sylvester Stallone e o Arnold Schwarzenegger, cara, apenas isso. Sério, é inacreditável como fica a impressão que os caras pioram com a idade, no bom sentido. O filme captura e maximiza toda essa falta de habilidade em se relacionar com seres humanos do elenco de forma magistral. E ainda sobra espaço pra uma participação bacaninha do Chuck Norris. Até presença da chinesa mais feia a estrelar num filme de ação combina com o clima to nem aí que predomina no Mercenários 2.

Moonrise Kingdom

Wes Anderson mais uma vez carregando o cinema nas costas, agora colocando o o elenco mais estelar dos últimos tempos como coadjuvantes de duas crianças desconhecidas. E é justamente essa centralização nos protagonistas que faz a história de amor entre um garoto e uma garota de 12 anos funcione tão bem. E é claro, tem o visual. Aqui, todas os detalhes e as cores usuais parecem ainda mais apropriadas na ilha dos anos 60 criada pelo diretor, reforçando ora o clima de melancolia, ora o humor que permeia por todo o filme.

007 – Operação Skyfall

É meio assustador se a gente parar pra pensar, mas vivemos em uma época em que um 007 é o melhor filme do ano. Mas fazer o quê, o 23° James Bond resume toda a franquia até aqui e renova a série respeitando os elementos clássicos, tudo ao mesmo tempo. E funciona em vários níveis, tanto como homenagem quanto apenas pela história em si, além de provavelmente contar com a exploração mais profunda da personalidade do agente britânico já feita no cinema. Não que isso seja muito difícil, mas é um começo.

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