As Cenas Mais Emblemáticas da História do Cinema

Cinema terça-feira, 01 de novembro de 2011

Definir um critério de seleção para o título do texto que vós ledes não é uma das tarefas mais fáceis. Acho que uma boa maneira de escolher entre tantas cenas clássicas as que mais bem representam o cinema em sua essência, é simplesmente o fato de se associar tal cena a o cinema de modo geral. Complicado né? Então vamos fazer da seguinte forma: CINEMA! E aí, que cena veio à sua cabeça? Vamos à algumas das mais importantes e emblemáticas de todos os tempos:

Dança dos Paezinhos – Em Busca do Ouro (Charlie Chaplin, 1924)

A primeira imagem que vem à minha mente quando penso em cinema é a mais clássica das cenas do mito Chalie Chaplin, na pele de seu personagem imortal, o vagabundo Carlitos.

O Massacre da Escadaria de Odessa – O Encouraçado Potemkin (Sergei Eisenstein, 1925)

Outra cena memorável do cinema antigo, a matança de protestantes e inocentes promovida por agentes cosacos, imortalizou a obra-prima de Eiseinstein quando mostra, em meio ao tiroteio, um carrinho de bebê descendo os degraus de uma escadaria enquanto a face desesperada da mãe é mostrada em superclose. Tão magnífica que foi recriada por Brain De Palma em Os Intocáveis.

King Kong e Empire State Building – King Kong (Merian C. Cooper, 1933)

Se você só conhece a cena do monstro mais famoso do cinema através do remake de Peter Jackson (No remake de 1976, Kong escala o World Trade Center) deveria correr e assistir a cena original, que é considerada uma das mais trabalhosas a ser feita no primeiros anos de Hollywood. King Kong foi um fenômeno industrial que salvou a produtora RKO da falência, e só foi superado por E o Vento Levou…, seis anos mais tarde.

Bombardeio de Napalm – Apocalypse Now (Francis F. Coppola, 1979)

A mais nova das cenas que aqui estão vem diretamente de uma bela e tranquila praia vietnamita que se transforma, em poucos segundos, em um inferno de fogo, provocado por um bombardeio americano. E o melhor de tudo, a cena se passa ao som de The End, do The Doors, no que considero a melhor interação imagem + música da história do cinema.

Xadrez com a Morte – O Sétimo Selo (Ingmar Bergman, 1957)

Outra cena antológica (E a que eu acho melhor entre todas aqui citadas) foi criada pelo cineasta suéco Ingmar Bergman em uma fase depressiva de sua vida, quando suas crenças religiosas estavam em xeque. A dúvida entorno da morte é representada em uma cena em que um cavaleiro das cruzadas enfrenta a própria morte em uma partida de xadrez, onde o prêmio é o destino de sua vida.

Corte no Olho – Um Cão Andaluz (Luis Buñuel e Salvador Dalí, 1929)

O símbolo do surrealismo no cinema é, sem dúvidas, a famosa cena do corte no olho, do diretor Luis Buñuel em associação com o famoso pintor espanhol Salvador Dalí. Os autores declararam que as cenas do curta produzido em 1929 não possuem significado lógico, e que as cenas são representações de seus sonhos. A psicanálise discorda.

A Aurora do Homem – 2001, Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)

Talvez a mais famosa das cenas aqui citadas, a aurora do homem mostra símios contemplando um imenso monolíto, e após o contato com esse, descobrem um osso como ferramenta, o que acarreta no ápice da sequência, a destruição de uma carcaça ao som de Assim falou Zarathustra de Richard Strauss, em uma associação tão boa quanto a de Coppola. O filme mais filosófico do cinema é um grande desafio para os neurônios, e é daqueles que após o final, ficamos pensando nele por semanas a fio.

Lançamento do Foguete à Lua – Viagem a Lua (Georges Melies, 1902)

Aposto que muita gente nem nunca ouviu falar sobre o que é considerado o primeiro filme da história. Viagem à Lua é a primeira adaptação de um livro (O homônimo, de Júlio Verne) que foi levado para a telona, e sua cena mais bela e marcante é, sem dúvidas, é o lançamento do foguete terrestre a uma lua com feições humanas. Quem curte cinema de verdade sabe da beleza que é quando o foguete se aloja no olho do asteróide.

Tiro na Câmera – O Grande Roubo do Trem (Edwin S. Porter, 1903)

Um ano após a filmagem de Viagem à Lua, o americano Edwin S. Porter cria outro filme extremamente importante para a indústria cinematográfica, pelo fato de trazer para o outro lado do Atlântico a narrativa, que era pouco usada até então. As revoluções de O Grande Roubo do Trem não param por aí, ele ainda trás uma cena colorida, e se encerra com o cena aqui citada, o bandido atirando na câmera. Tal cena foi recriada inúmeras vezes, ou você não lembra como termina o nosso Tropa de Elite?

Dançando na Chuva – Cantando na Chuva (Stanley Donen e Gene Kelly, 1952)

E não poderia faltar uma cena do gênero que por tanto tempo dominou a produção comercial de Hollywood, o musical que eternizou a canção Singin In The Rain. Existe alguém que nunca tenha visto Gene Kelly cantando e dançando na chuva?

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