Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2023

Games terça-feira, 16 de outubro de 2007

Esse post faz parte de uma série em 6 partes. Veja o primeiro post aqui.

Previsões para 2023

Mais 5 anos adiante e o próximo passo, evidentemente, é abrir mão dos joysticks. Já não precisamos mais dos consoles, nem dos monitores, então pra que usar só os dedos pra apertar uns botões e FINGIR que você está matando zumbis com uma faca? É como jogar Guitar Hero usando o joystick: simplesmente não faz sentido e não oferece nem um terço da diversão de empunhar e fazer sons com os gestos iguais ao de tocar uma guitarra.

Guitarra-joystick de Guitar Hero.

Crianças, já temos o Wii em mãos, que faz algo que nós achávamos que seria impossível há meros dois ou três anos atrás. Daqui a 15 anos, na pior das hipóteses, o reconhecimento de movimentação do Wii vai estar tão avançado e sensível, que você vai poder fazer um exame de toque de próstata á distância naquele seu amigo do peito, que tem medo de ir ao médico.

Câncer de próstata no alvo dos games.

Sim, porque eu tenho certeza de que os urologistas se divertem tanto enfiando o dedo lá onde o sol não bate, que eles não vão fazer nenhum esforço pra mudar esse exame pelos próximos 100 anos ou mais. Eu também tenho certeza de que nos Congressos de Urologia eles se reúnem para assistir vídeos onde aparecem as caras de surpresa ou dor dos pacientes, conforme os dedos vão entrando. Urologistas são todos uns motherfuckers.

E.T. foi inspirado em um exame de próstata que o Spielberg fez.

Mas voltando ás formas de controle então. A idéia de uma melhora no reconhecimento da movimentação é o mínimo que podemos esperar. A hipótese mais interessante é pensar que teremos eletrodos diretamente ligados no cérebro de alguma forma, e que poderemos controlar o que acontece no jogo só PENSANDO na movimentação, ou simulando o movimentos com as mãos, caso o sistema não esteja tão avançado assim. A última hipótese é mais provável e fácil de implementar: quando você faz algum movimento com seu corpo, isso dispara uma certa configuração ou “desenho”no cérebro, das áreas que foram ativadas com aquele movimento específico.

Diferentes atividades exigem diferentes partes do cérebro.

Bastaria então ter eletrodos que pudessem ser “treinados” para reconhecer esses padrões (assim como você “treina” o seu celular para ele reconhecer sua voz), e a cada vez que você desse um soco no seu irmão mais novo, ele socaria da mesma forma no jogo.

Acessório indispensável para os games da próxima geração.

Lógico que isso vai cansar pra cacete. Imagine um jogo como Street Fighter, onde você tivesse que efetivamente desempenhar todos os socos e chutes necessário para vencer o adversário? Mas é lógico que não vamos jogar Street Fighter com esse tipo de tecnologia; os jogos serão adaptados ao hardware. É necessário cuidado, entretanto, senão vamos acabar com um monte de clones de Cooking Mama, já que a única coisa que esse bando de gamers sedentários consegue fazer é jogar e comer.

Cooking Mama 12: sempre a mesma coisa.

Assim, a tecnologia que requer que você apenas PENSE na movimentação é muito mais interessante, porque permite que você faça coisas que seriam impossíveis se dependessem apenas do seu corpo gordo, fétido e pelancudo. A única dúvida que eu tenho é se será possível pensar em coisas que você nunca fez, como voar ou comer a Silvia Saint, e se isso se realizaria no jogo. Será que o cérebro é capaz de simular e transmitir como informação algo que o corpo nunca experimentou? Ironicamente, os vídeo-games podem se tornar um forma de pesquisa científica e avanço sobre o conhecimento do cérebro, quando atingir este nível de tecnologia. Você vai poder virar para sua mãe ou ir até o túmulo dela pra dizer: “Eu FALEI que vídeo-game não era só um brinquedo de criança, sua velha!”

A seguir: Previsões para 2028.

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