Vassoura de Merda

Livros sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Rapaaaaaaz, feriado. Feriado né. Feriadão aí…. Puta feriado. Tem que escrever no feriado. Nossa.

 NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOSS

Tipo… Tudo bem? Tive meio fora né. Vou contar uma história:

Cês já viram aquele tipo de pessoa meio esquisita que acha extremamente incrível anunciar por aí que fulano de tal com um nome muito gringo e muito consoante disse tal coisa e é uma coisa muito incrível e inteligente mesmo? Então, pode mandar essa gente à merda. E já que abrimos os trabalhos, pode mandar também quem acha que aspas são capacitadores intelectuais. E quem decora frase de efeito só pra ter a oportunidade de demonstrar erudição. E quem gosta de amendoim com chocolate porque todo mundo precisa de ao menos um pouco de dignidade.

Reconhecimento é um treco estranho, cara… Para pra pensar no bagulho: Alguém faz alguma parada, outras pessoas gostam, e aí BLÁU sucesso. E, de alguma forma, tem gente que consegue não só pagar as contas com esse sucesso como também consegue morrer e continuar, até certo ponto, relevante. Às vezes por séculos e séculos. Porra, cara, olha o Sun Tzu aí: 2500 anos e ainda vende pra caralho. O cara faz sucesso com discurso de autoajuda antes mesmo de palestra de coaching na firma sequer existir.

E tem gente que realmente acredita que uma boa frase – uma frase com boa métrica, enunciação, ênfase – vale alguma coisa. Porra bróder, é que nem dizer que gol bonito vale em mais de um jogo. Não é porque a parada faz sentido que dá pra aplicar à torto e a direito. Tá certo que vivemos num mundo em que temos poemas e mesmo histórias inteiras com meia dúzia de palavras (E, às vezes, até menos), mas contexto é tudo. O filho da puta que morreu na Dinamarca do Século XIII não sabe porra nenhuma da perda de dinheiro por ser trouxa e ter entrado em esquema de pirâmide.

Vocês me enchem de vergonha, cara. De vocês, dessa gente que vocês curtem citar como se o mundo fosse um eterno The Sims e dessa bosta de café babaca que vocês tomam. Porra, SÓ UM REAU O PINGADO, seus merdas.

Olha que eu passo muito, muito longe de acreditar que a nossa sociedade moderna é realmente avançada em termos sociais, econômicos e, principalmente, biológicos, como tem tanta gente que escolhe acreditar, mas cara, tudo tem limites. Tá certo que há dois mil anos o ser humano era praticamente igual ao que somos hoje, mas nossa sociedade não é, nossa economia, nossos problemas, nossa política. A Revolução Francesa já foi. A Era vitoriana também, o comunismo socialismo russo, a expansão norte americana… Bora atualizar as referências aê, galera. Deixa essa briga pras múmias dos seus tios-avós, avós, amigos da família desde sempre… Porra, gente, deixa os velhos com as atualidades deles.

E deixa frase de efeito pra série de superheroi ruim da DC. Cês tem que parar de achar que os anos 80 são referência pra qualquer coisa e abandonar de vez essa ideia que um chavão é uma boa coisa. Boa coisa é um sorvete com Coca-Cola, não fazer esse papelão de usar gíria velha citar alguém morto há meio milhão de centenas de décadas como se fosse a própria palavra divina gravada à ouro nas encostas do Monte Sinai. Deixa essa gente morrer. Deixa esse reconhecimento morrer. Tá tudo bem. Vai ficar tudo bem. Tem mais sete bilhões de arrombados nesse mundo pra substituir, pelo menos algum vai dar certo.

Agora vem a grande verdade da coisa toda, então preparem-se, ok? Lá vai:

Tá tudo bem você não dizer PORRA NENHUMA.

Porque o silêncio é muito legal mesmo. Do tipo “nossa que mina linda” legal. Do tipo “nossa que cara lindo” legal. Do tipo “nossa que pessoa não binariamente identificável linda” legal. Do tipo “puta que me pariu, eu quero fazer sexo com essa pessoa” legal. Cê quer ser legal. Todo mundo quer ser legal. Véi, cala a boca. A arte milenar de acenar com a cabeça sem usar a boca existe por um motivo: Cê não precisa citar gente morta (Ou pior, gente viva) pra parecer inteligente. Inteligência é pra otário, cê quer ser legal, e gente legal não enche o saco com citação de calendário de mesa.

E por tudo que é bom e sagrado e grátis nesta vida: Raspa esse bigode ridículo. Eu não sei qual a de vocês com o bigode, só sei que a gente tem que exterminar essa coisa da existência o quanto antes.

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