Universo Expandido

Livros segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Estamos em pleno século XXI (Ou vocês ainda não notaram que vivemos em plataformas flutuantes e nosso carros voam ao invés de tocar o chão?), era da informação. Qualquer zé ninguém entra na internet e se torna “famoso” com um blog (Sabe? Alguns até crescem e criam sites, mas continuam com alma de blogueiro), fotolog, yogurt ou similar. Logo, fica fácil a “convivência” entre fãs do mundo inteiro, a maioria só reclamando ou babando na SUPER-NOVIDADE (Geralmente uma pequena atualização apenas para ganhar dinheiro, savvy?) da semana da banda, seja o “novo” single com apenas UMA música inédita ou a nova versão (Em torno da 14ª, 15ª) daquela revista em quadrinhos famosa com… Duas páginas a mais de comentários só por R$99,99! Algo que esses fãs fazem é trocar entre si idéias de como melhorar o produto. TODO fã é assim, não tá contente com o que tem.

O culpado de muita porcaria…

E são esses fãs que criaram o conceito de “universo expandido”. Ou quase. Vamos lá pra época em que Star Trek (Saúde!) fazia a cabeça de um bando de gente que achava entender de ficção científica e que ficaram encucados porque o Kirk SEMPRE rasgava a camiseta (Aliás, alguns BABAVAM por isso… Morram, fracos). Nessa época, em paralelo com a série, saíram alguns livros com histórias que “complementavam” o universo de Jornada nas Estrelas (Se não sacou, a tradução do nome, gafanhoto). Essas histórias eram escritas por gente que não trabalhava no roteiro da série, mas que eram entendidos do assunto. O fato se repetiu com Star Wars e chegou a fazer tanto sucesso que QUASE foi adaptado pra filmes… Pena que o Lucas não é fã da série e fez a nova trilogia. A força não estava com ele. Certo… E depois de dois parágrafos de enrolação dessa explicação toda, aonde quero chegar? Na internet, se não percebeu. O caso é: Com o advento da globalização e da facilidade de você se comunicar, alguns fãs partiram pra ofensiva (Leiam-se milhares) e passaram a eles mesmos escreverem essas histórias complementares. E assim surgiu a fanfic, sigla de Fan Fiction, ou ficção de fã em inglês, e que significa toda aquela história feita por fã baseada em algum universo. Obviamente, os otakus, versão internacional de gente ligada na tomada que assiste animês e lê mangás, não deixaram de entrar no rolo.

E assim temos o Universo Expandido: Histórias escritas por fãs, que invadiram a internet. O site Fanfiction.net, reduto em inglês da galera que acha que escreve, tem mais de 100.000 textos SÓ NA PARTE ANIMÊ/MANGÁ. Sentiu o drama? “Tá, Black, mas tu escreve e tá reclamando?”, você me pergunta, pequeno gafanhoto. SIM! Eu estou protestando. A minha reclamação não é quanto ao enorme fluxo de histórias que a gente vê serem postadas nesse troço (Tá, isso assusta, mas se qualquer um escreve aqui, não é de se estranhar) e sim quanto à qualidade. Tipo, se você não infringe as regras, credita o autor original do baguio e tem o mínimo rigor de escrita, você pode publicar, com certeza. Mas e aí, você escreve uma coisa que não agrada a ninguém e depois faz o quê? Chora? FRACO! Fazer favor de se entregar para o Piratão te fazer passar pela prancha.

TINHA que ter Star Trek no meio!

Se quer escrever, aprenda as três grandes leis do “Universo Expandido”: Jamais cobre comentários positivos (Se ainda não entendeu, dá uma olhada no tipo de comentário que o théo recebe…), não queira fama e principalmente: Não enche o saco pra todo mundo ler porque nem todo mundo gosta. Sou hipócrita? Possível. Eu também escrevo, orra, sei como é complicado. Não quero dizer que você não deva fazer, mas se você é fã do negócio, tenta manter o nível. E isso que estou falando só de universo expandido e não de Universo Alternativo, o irmão gêmeo mais feio do UE. Nesse você não só reescreve a história como quiser, como pode até mesmo alterar os personagens. Não era mais fácil escrever uma história nova? Não utilizem Hollywood como referência, pelo bem de nossas almas (E de nossos olhos). Já é um saco aceitar coisas como Mulher-Gato a cada ano, aceitar a cada dia alguém destruindo o que a gente gosta é pedir pra morrer. E se eu escrevo mal, falem mesmo! Só por favor não esqueçam de colocar a corda em volta do pescoço antes de sair.

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