Maldição que ronda os criadores

Sit.Com terça-feira, 15 de abril de 2008 – 0 comentários

Com o cancelamento prematuro de The Return of Jezebel James, com apenas 3 episódios exibidos, a série criada por Amy Sherman Palladino, mais conhecida pela criação da série família Gilmore Girls, me trouxe á mente um tema que vive surgindo na mídia: a maldição que cerca os roteiristas que criam fantásticas e históricas séries e, depois disso, não acertam mais a mão.

O caso mais alarmante é o verdadeiro sumiço de Chris Carter, responsável por espetaculares séries como Arquivo X e Millennium (que eu, particularmente, adorava). Se Arquivo X durou nove temporadas (com questionável qualidade quando do seu término), Millennium durou três temporadas. No entanto, na rasteira destes dois sucessos surgiram: Harsh Realm, um misto de ficção e drama com o pouco conhecido na época Terry “Locke” O’Quinn – porém, a série foi cancelada com apenas 9 episódios exibidos; a outra série foi o spin-off de Arquivo X, The Lone Gunmen, onde os geeks informantes de Mulder, conhecidos como Cavaleiros Solitários, ganharam a chance de mostrar diversas conspirações – uma pena que o tom cômico dos personagens não agradou a audiência e a série foi cancelada com apenas 13 episódios. Depois disso Chris Carter sumiu, voltando agora com o retorno do Arquivo X aos cinemas.

Outro ídolo dos série maniácos, Joss Whedon, criador de Buffy – a Caça-Vampiros (com sete temporadas, e atualmente, uma trama em HQ) e Angel (cinco temporadas) arriscou seu cacife em um mix de ação, ficção e faroeste no incompreendido Firefly (que durou apenas 14 episódios) e um filme (Serenity) muito bom para os cinemas. Na próxima temporada Whedon aposta numa trama com toques de ficção, Dollhouse, contando com Eliza Dushku (Faith de Buffy e Angel) e Olivia Williams (atriz de O Sexto Sentido) no elenco. Na trama, Dushku interpretará Echo, uma das agentes que trabalham em missões secretas ao redor do mundo e têm suas memórias apagadas a cada trabalho completo. A casa de bonecas é o laboratório para onde os agentes são mandados quando completam suas missões. Cada “boneca” é programada com personalidades, habilidades e memórias distintas, dependendo da missão – que pode ser uma tarefa física, romântica, ilegal. Echo será a única que desenvolve consciência de seus atos.

O mais idolatrado criador do momento, o midas televisivo J. J. Abrams, criador de Felicity, Alias e a mega-ultra-hypada Lost, teve nos últimos dois anos dois tiros (séries) n’água. A dramédia romântica What About Brian, que ainda teve duas temporadas mostrando os percalços amorosos do personagem título (Brian Watson, atualmente em Samantha Who), sempre foi relegada pelo grande público e pela crítica. No entanto, Six Degrees estreou com alta expectativa, um elenco fabuloso – acima da média, com atores talentosos do cinema – e uma sinopse ambiciosa; tratar sobre as coincidências da vida em seis personagens que vivem em Nova York. Resultado: bomba, a série não saia do lugar, forçava os acasos e não conseguiu conquistar a audiência com os fracos personagens e seus elos de ligação.

Porém, Abrams promete na próxima temporada dar a volta por cima com a estréia de Fringe. O episódio-piloto de duas horas apresentará Olivia Warren (Anna Torv), jovem e durona agente do FBI forçada a encarar um fenômeno paranormal inexplicável e a trabalhar ao lado do Dr. Walter Bishop (John Noble), um cientista cujo trabalho pode estar no centro de uma vindoura tempestade. Fica a expectativa e a sensação de deja vu com uma série citada acima, não?

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