Jason Bourne (Matt Damon) é um homem que vive sem país e sem passado após ter sido submetido a um treinamento brutal, ao qual não se lembra, por pessoas que não conhece. Ele é uma sofisticada arma humana, perseguida incessantemente pela CIA. Após sua última aparição, ele decidiu sumir para sempre e esquecer a vida que lhe foi roubada. Entretanto, uma matéria em um jornal de Londres, que especula sobre sua existência, faz com que ele torne-se mais uma vez um alvo. O programa Treadstone, que criou Bourne, já não existe mais, mas serviu de base para o programa Blackbriar, desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O Blackbriar desenvolve uma geração de novos matadores treinados secretamente pelo governo, que acredita que Bourne é uma ameaça que deve ser eliminada de uma vez por todas. Já Bourne vê neles uma oportunidade de descobrir quem realmente é e o que fizeram com ele.
No final de A Supremacia Bourne acompanhamos o ex-agente já não tão desmemoriado assim em sua fuga pelas ruas de Moscou. É neste exato ponto que O Ultimato Bourne resolve dar seu ponto de partida. Apesar do tempo entre um filme e outro (3 anos), a impressão é que estamos vendo uma seqüência no estilo da segunda e terceira partes de Piratas do Caribe ou Matrix, mas sem o “To be continued…”. A perseguição ainda não tinha acabado e a correria ainda estava longe do desfecho. Jason Bourne continua seguindo em direção ao seu passado apagado de sua memória pela amnésia. continue lendo »
Em algumas das minhas colunas passadas, relatei a dificuldade de ser um cinéfilo em tempos de filmes blockbusters invadindo a grande maioria das salas de cinema. Como esta dificuldade deve ser superada somente em meados de agosto/setembro resolvi dar uma dica alternativa para quem procura somente bons/excelentes filmes: DVD é a saída.
Toda semana publico os lançamentos em dvds e, ao final deste mês, percebi que a maioria dos filmes indicados ao Oscar já está disponível em dvd, garantia de filmes mais adultos/sérios e de qualidade superior a safra atual (mais escapista, somente).
Dos cinco indicados a Melhor Filme somente Sangue Negro não está disponível atualmente, mas chegará em dvd agora em julho. Os demais, o vencedor Onde os Fracos Não Têm Vez, o belíssimo Desejo e Reparação, o conspiratório Conduta de Risco e o divertido indie Juno devem agradar os mais diversos gostos. Eu, particularmente, somente não assisti ainda Sangue Negro, mas os demais são muito bons, de verdade, valem mesmo a pena (a safra deste ano estava muito boa). São em sua maioria filmes que privilegiam uma trama com temas mais pesados e sérios, levados para a telona com criatividade e beleza.
Peguem caneta e papel, anotem os que interessarem e corram ás videolocadoras.
Demais Oscarizados disponíveis em DVD:
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet – musical que garantiu indicações á Johnny Depp como melhor ator, melhor figurino e melhor direção de arte;
No Vale das Sombras – excelente drama sobre a volta de combatentes da Guerra do Iraque, garantiu uma indicação de melhor ator ao veterano Tommy Lee Jones (também presente no oscarizado Onde os Fracos não Têm Vez), merecidíssima;
Senhores do Crime – uma das surpresas deste ano, Cronenberg conseguiu entregar um instigante filme sobre máfia, sem apelar para policiais e bandidos; indicação acertada para Viggo Mortensen como melhor ator;
Elizabeth – A Era de Ouro – continuação não muito elogiada pelos aspectos poucos verdadeiros da história contada e pelo ritmo novelesco, mas Cate Blanchett sempre se destaca;
Piaf – Um Hino ao Amor – para fãs de biografias a vida de Edith Piaf é um prato cheio (muito drama, tristezas e redenção). A caracterização da gatinha Marion Cotillard como Piaf assusta de tão impressionante, acabou abocanhado o oscar de melhor atriz, derrubando outras favoritas;
A Família Savage – filme discussão familiar com toques de drama/comédia (como toda família possui), chama a atenção o excelente elenco com Laura Linney e Philip Seymour Hoffman;
O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford – merece ser descoberto este drama que incrivelmente podia ser somente um faroeste, mas é na verdade um estudo de personagens muito bem realizado e fotografado;
Jogos do Poder – quase uma sátira política com comparações á situação política americana atual. Tem no elenco Tom Hanks e uma sumida Julia Roberts, em papéis pouco usuais em suas carreiras;
Na Natureza Selvagem – um dos meus preferidos desta safra, merecia melhor sorte no Oscar, no entanto, vai encontrar seu público com facilidade, mérito do roteiro (um road movie clássico) e de participações como do veterano Hal Holbrook;
Não Estou Lá – biografia desestruturada de Bob Dylan, indicado para fãs de filmes mais conceituais. No elenco, Cate Blanchett e Richard Gere, entre outros;
O Gângster – apesar de um pouco prevísivel, o filme de Ridley Scott está acima da média e, além disso, temos um sempre carismático Denzel Washington e o sempre eficiente Russell Crowe;
Medo da Verdade – tem obrigação de ser descoberto este suspense inacreditavelmente dirigido pelo canastrissímo ator Ben Affleck, misto de policial/suspense/drama mexe com questões como escolhas, culpa e responsabilidades. Tem um super elenco e um grande destaque a mãe bitch da menina sequestrada, boa lembrança da Academia para o Oscar, Amy Ryan;
Ratatouille – animação fantástica, já basta para anotar a dica;
O Ultimato Bourne – prova que filme de ação pode ter uma trama inteligente e cenas espetaculares;
Os Indomáveis – releitura de um faroeste de décadas passadas muito bem conduzida pelo diretor e elenco com Christian “Batman” Bale e Russell Crowe;
Across the Universe – musical que homenageia Beatles, para fãs do grupo e de romances;
OBS: apesar de não estar na lista de indicados ao Oscar não deixem de ver o ótimo suspense/drama espanhol O Orfanato, que acaba de chegar em dvd. O filme era aposta certa como melhor filme estrangeiro, mas ficou de fora. Porém, fica a dica imperdível!