Músicas em livros

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 26 de maio de 2008 – 3 comentários

Sabem, músicas em livros são legais, fazem entrar no clima do livro. Não importa se a música é exclusiva do livro, como as feitas só pra ele pelo próprio autor ou as que são citadas em trechos e que são de conhecimento de todos, elas dão um toque diferente á obra.
A chance de poder escutar naquele momento o mesmo que um personagem legal estava escutando, ou saber o que certo momento teve de diferente com alguma música é sempre uma experiência nova. Não são muitos livros que têm isso, pelo menos os poucos que conheço eu gosto muito.
No cinema, não há esse problema, afinal, a trilha sonora está aí pra isso. Em teatros ou em qualquer lugar sempre tem alguma música de fundo, o que auxilia bastante na imersão da pessoa com o ambiente. Já com a literatura não é possível isso. Um livro pode acompanhar um CD, mas não será a mesma coisa se não há estímulos suficientes para que certa faixa seja escutada em alguma parte. É claro que umas pessoas preferem ler com o maior silêncio possível, mas acredito que essas são uma minoria que ainda não teve as experiências corretas. Mas e quando o livro além de não ter músicas conhecidas mostra os personagens cantarolando elas?
Um deles é o clássico Senhor dos Anéis, que tem algumas canções que são legais. Não vou citar elas aqui, seria sem sentido e poderiam acabar com a graça de algumas partes. Mas digo que elas fazem com que tudo o que acontece no livro tenha um momento em que dá pra pensar nos personagens e aprofunda um pouco mais a personalidade de cada um.
Essas músicas que são cantadas por lá são criações de Tolkien, são marcantes e fazem com que algumas pessoas a fiquem cantarolando os trechos por alguns dias depois da leitura. Eu sei disso porque fiquei cantarolando uns trechos. Apesar de não terem ritmos definidos, elas parecem que já acompanham um ritmo das palavras, que ditam a maneira que a música deve ser pronunciada. Pode ser algum tipo de loucura minha, o que eu não duvido, mas acredito que não sou o único que faz isso.
Para não me alongar muito no tema, falarei agora de outro livro que tem músicas, mas músicas conhecidas. O livro que estou falando se chama Almost Blue de Carlo Lucarelli, uma publicação da editora Conrad. Nesse livro, um assassino que se intitula Iguana, mata pessoas e tenta se tornar elas. “Tá, mas e onde a música entra nisso?“. É simples, pequeno perguntador, a música entra em cada um dos assassinatos que ele faz. Desde o título do livro até cada um dos capítulos, a musica está presente. Em trechos e no título você pode reconhecer músicas como Reptile do Nine Inch Nails ou a própria Almost Blue de Elvis Costello. Tem outra música, mas não direi qual é, leiam que vocês descobrem mais sobre.
Bom, um exemplo de um livro com música na cara e outro com músicas que se impõem a você. O que mais precisamos pra hoje? Recomendo trilhas sonoras de filmes para acompanhar a leitura de alguns livros. Ou as músicas de um grupo chamado EPICA, com letras quase inexistentes e ritmos marcantes. Mas isso é música, não é minha praia, recomendo só o que eu gosto. Agora, ouçam música, ajuda muito a se concentrar.

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