Resenha – A Bússola de Ouro

Cinema segunda-feira, 07 de janeiro de 2008

Eu pensei em resenhar na estréia, mas não deu. Po, Natal, véi. Enfim, comecei a ver o filme sem muita fé, mesmo com aqueeeeela polêmica. Aliás, que comentário redundante de duplo sentido.

O Figurante.

Com Daniel Craig (Cassino Royale), Nicole Kidman (O Pacificador), Sam Elliot (Motoqueiro Fantasma) e Eva Green (Cassino Royale), nada me convenceu do contrário que o filme seria extremamente infantil e fantasioso. Até ver o filme. Bom, não deixa de ser infantil e fantasioso, porém, nada muito extravagante. Imaginei algo Disney Way of Life, e queimei a língua. Mas é claro que é mais um filme seguindo a linha Harry Potter Way of Life.

Bom, a pequena Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards), órfã criada na Universidade Oxford, começa a seguir o misterioso Lorde Asriel (Daniel Craig), intrigada com um “assunto em especial”: O pó. Não, não pense bobagem, não estamos falando de uma garota viciada precocemente. O tal pó teria um efeito “estranho” nas crianças e em seus respectivos Daemons (Uma espécie de manifestação da alma em forma animal. Se o meu fosse um gato, eu venderia minha alma pro Diabo.), e todo mundo simplesmente não toca no assunto perto das crianças. Mas nem assim Lyra descansa.

:amd:

Só pra firmar que eu não li o livro, não faço idéia se seguiram bem a história e o carái a quatro.

Enfim, Lyra é levada por Marisa Coulter (Nicole Kidman) para o Norte, mas antes disso ela ganha um presente: Uma bússula de ouro capaz de ler a verdade, só que NINGUÉM sabe mexer nela. É claro que há uma profecia de que uma criança poderia lê-la, e o resto eu nem preciso falar. Lyra descobre que umas crianças, incluindo seu melhor amigo, estão desaparecendo além de desmascarar Marisa, fugindo dela e correndo atrás de respostas. Ela recebe a ajuda de uns camaradas (que ela acabara de descobrir que são mesmo camaradas), inclusive de um Urso Branco (de Guerra), o Iorek Byrnison (na voz de Ian McKellen). Um urso bêbado e descrente que havia perdido sua armadura, mas recuperou-a com a ajuda de Lyra. Então, o puto decidiu ajudar ela.

Ursinho de pelúcia?

E é aí que a coisa pega fogo, afinal, não iam botar um puta urso de quase 5 metros á toa, né. Meio enferrujado e cansado, o ursão mostra trabalho e ainda tem que enfrentar seu rival, um outro urso que o traíra. É lógico que por toda a treta você já pensa “VAI PERDER, VAI PERDER!”, mas eu não vou contar o fim sensacional da luta que, se o filme fosse uma bosta enorme, seria BOM só por causa dessa luta. Então, após atravessar kilômetros de neve, Lyra encontra o que procurava, mas é claro que não é tão simples assim.

Quase não dá pra lançar pseudo-spoilers, tenho que admitir. Mas o filme me impressionou e, sinceramente, eu não entendi o por que de tanta polêmica envolvendo ateísmo na bagaça. Ou eu sou burro demais, ou esse urso é tão herege que vai transformar todas as nossas criancinhas em ateus praticantes. Vai entender. O fato é que o filme é realmente bacana, pode desligar o cérebro e assistí-lo sem medo. Se um macaco amarelo, uma luta de ursos e as notáveis aparições de 15 minutos de Sam Elliot não forem o bastante para te convencer disso, vai lá ver seus filmes da Disney.

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