Re-começa

Televisão sexta-feira, 16 de março de 2012

Como tudo o que é bom dura pouco, as férias acabaram. As do CQC, não as suas. Porque, se duvidar, tu nem teve, né? Enfim. Segunda agora voltou pra nossa programação noturna o programa comandado pelo Marcelo Tas, pelo Marco Luque e pelo Oscar Filho, lá na Band. E o programa veio cheio de promessas de novidades, gás total, novo integrante, essas coisas que a gente promete quando recomeça alguma coisa.

RE-COMEÇO. Começar de novo. Para pra pensar no que isso significa: Começar de novo, teoricamente, quer dizer que tu parou algo, e vai começar outra vez. Né? Dedução de gênio. Só que, se tu vai começar de novo a mesma coisa, é natural que tu faça coisas semelhantes. A gente sempre diz que vai mudar, vai fazer algo diferente, vai fazer tudo melhor, mas amigo, convenhamos: A gente acaba andando em círculos. E, aí, tu reclama que não tem nada novo, que é tudo igual ao que tinha antes, mas sério: O propósito não é esse?

Se fosse pra ser tudo novo, seria criado um programa novo. Ora essa.

No caso do CQC, os caras realmente voltaram animados. Retomaram seus lugares, seus bordões, suas piadas pré-prontas que vêm com alguma ironiazinha que nos faz rir, e com alguma cutucada que nos faz pensar WTF está errado com o mundo. Aí, eles fizeram o quê? Colocaram no ar o elenco todo do Pânico na TV, que não é mais transmitido pela RedeTV, e faz parte da família Band. Pânico e CQC já foram muito comparados, criticados por um ser cópia do outro, apesar de terem propostas diferentes e, em comum, apenas o humor, que também segue uma linha diferente. Mas, né? Ambos sempre foram colocados no mesmo saco e misturados até que se formasse uma coisa só. Pois bem. Estando na mesma emissora, creio que isso seja agora um puta desafio, já que não é muito inteligente ter dois programas iguais, transmitidos em dias diferentes. Né?

Não é esse o caso. Unindo Pânico e CQC em horário nobre, acaba uma pseudo-polêmica, acompanhada de uma pseudo-concorrência que havia entre os programas. Os integrantes da bancada e os componentes do Pânico ~fizeram as pazes~ e mostraram que agora são uma equipe. Beleza: Mudança número 1 evidente no palco, ao vivo.

Aí, rola o quê? Integrante novo na jogada. O humorista Ronald Rios, que manda bem pra caramba, já é um queridinho por aí, mas veio com um porém: O cara era contra o CQC. O que tem aí? Polêmica. Mais uma. Aí o cara sobe no palco, fazem meia dúzia de piada com ele, ele se explica, e pronto: Volta a paz a reinar.

E o programa fluiu como tinha que fluir. Com seus integrantes habituais (Fora o Rafinha, claro, que está em outra já), com seus quadros de sempre, que fazem sucesso e são aquilo que os fãs do CQC querem mesmo ver, e as super ultra novidades que todo mundo espera numa volta de um programa ficam onde? Sei lá.

A real, é que tu não ligou na Band na segunda-feira esperando por um programa repaginado, com mil inovações. Ninguém queria desfigurar o programa, queria? A gente quer ver algo novo, só que a gente quer ver a mesma coisa também. A gente tá acostumado. A gente sabe que, se ligar a TV e vir o Marcelo Tas sentado no centro da mesa, vai ouvir ele falando alucinado do Top Five, rindo do Marco Luque e debochando do Oscar Filho. A gente sabe que vai ter denúncia, político sendo ridicularizado, e piadas irônicas e inteligentes. A gente sabe o que espera. E a gente gosta de esperar pelo que já conhece.

E aí você reclama que as coisas são sempre iguais. E não era pra ser assim? Em time que tá ganhando, não se mexe. A gente diz que mexe, movimenta, mas, no fim, o objetivo é o gol. E, de gols, o CQC entende, né? O programa voltou, com ânimo de quem descansou, com gás naquilo que a gente já conhece. E gosta. E, como o objetivo é ver o que se gosta, ponto pro CQC.

Nota do editor: Nunca vi CQC, mas duvido muito que um programa da TV aberta seja tudo isso.

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