Premonição 5 (Final Destination 5)

Cinema quinta-feira, 22 de setembro de 2011

 A Morte está mais onipresente do que nunca e é desencadeada quando a premonição de um homem salva um grupo de trabalhadores de um terrível acidente em uma ponte pênsil. Mas este grupo de almas fora de suspeita nunca deveria ter sobrevivido e agora, em uma apavorante corrida contra o tempo, eles tentam desesperadamente descobrir uma maneira de escapar da agenda macabra da Morte.

O que falar de um filme de mortes ridículas/absurdas/terrivelmente divertidas que já está na quarta continuação [O primeiro não foi uma continuação, realiza]? Não dá pra dizer muita coisa, porque tudo soa como spoiler, não importando que quem vai ver esse tipo de filme já sabe como vai ser, do começo ao fim, porque já viu todos os outros. Mas quem liga pra isso? A ideia não é se divertir com as mortes tão toscas que não dá pra acreditar que fizeram daquele jeito mesmo? E eu posso dizer que Premonição 5 cumpriu com louvor essa meta. É cada morte mais ridícula que a outra. E tudo em 3D, que não muda muita coisa, mas dá uma sensação de proximidade com a tela.

É sério, uma coisa que me irrita muito nesses filmes 3D de terror [E porque não, em todos os filmes 3D]: Os efeitos de profundidade só funcionam naquelas animações de abertura. Se foder, todo o resto do filme é com uma profundidade toscamente inserida ali, e que acaba não tendo efeito prático algum, fora encarecer o ingresso. Tudo bem que nesse Premonição, até que se aproveita alguma coisa aqui e ali do 3D, mas nem por isso deixa a desejar. Meu sonho de consumo pra essas porcarias é que você realmente tivesse a impressão de que dá pra tocar as coisas na sua frente, e essa sensação é muito pouco utilizada, sei lá porque caralhos. Se conseguem fazer isso em determinado ponto da sessão, que façam na sessão toda, bando de cornos.

 “Vem cá que eu te protejo, sua linda!”

Feito o desabafo, vamos ao filme: É risível você considerar que exista algo como roteiro em um filme desse tipo. O que existe é uma trilha de destruição e/ou mortes, feita com o único intuito de agradar um bando de sádicos que querem ver a galera tomando ferro. Mas daí a dizer que tem algo além das mortes é pedir demais. Todo o conjunto não faz sentido, as pessoas fazem merdas que não fazem sentido, as mortes não fazem sentido em sua insanidade. É tão esdrúxulo que você se pergunta “Que caralhos esse cara tava pensando pra fazer isso?”. E você não consegue obter uma resposta, porque ou o roteirista tava chapado de algo além da compreensão humana, ou todos personagens tem como pré-requisito burrice cavalar.

 “Isso, agora faz cara de boneca inflável.”

E é na ridicularidade das mortes que tá a diversão da coisa. Você vê, por exemplo, a cena do olho. E racha o bico. Sério, não tem como não rir da situação toda, de tão desgraçadamente tosca que ficou na montagem. Não sei se isso é de roteiro, ou se a galera dos contra-regra vai no improviso. É cada morte ridícula que você não tem noção. Ou tem, se assistiu os outros, em que, por exemplo, um personagem morre quando, fugindo de um incêncio na própria casa, ele escorrega, se estatela no piso e uma escada de emergência EMPALA A CABEÇA DO GAJO. Sendo que as malditas escadas de emergência costumam ficar longe do chão. É tudo nesse nível. Mas eu não vou ficar falando das mortes aqui porque é entregar boa parte da graça do filme [Senão toda], e porque por escrito não fica tão legal.

 Ginastas podem não ter peito, mas tem capô.

O importante é que cada morte tem sua cota de imbecilidade/criatividade. Se você é sádico, vai gostar da parada. Se não for, vai se revoltar com os resultados obtidos através das cagadas que os personagens fazem. É sério, é merda atrás de merda. E no fim nego morre de um negócio nadavê com nada. Mas se você gosta de ver nego se fodendo, vai na fé que esse filme é pra você. Só não vai dizer que as cenas eram muito fortes.

Premonição 5

Final Destination 5 (92 minutos – Horror)
Lançamento: EUA, 2011
Direção: Steven Quale
Roteiro: Eric Heisserer e Jeffrey Reddick
Elenco: Emma Bell, P.J. Byrne, Miles Fisher, Arlen Escarpeta, Nicholas D’Agosto, Ellen Wroe, Meghan Ory, Tony Todd, David Koechner

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