Os cães e o Universo

Cinema, HQs, Televisão sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Um cachorro é o primeiro amigo que uma pessoa pode ter e é também o amigo mais difícil de se despedir. Meu querido cachorro, Theodore Bagwell, mais conhecido como T.Bag ou Ted, foi dessa para uma melhor recentemente, e eu achei que não, mas mano, que saudade daquele vira-latas. E é nesse momento de revisitar boas lembranças com o pulguento que eu decidi escrever sobre os cães e o companheirismo no cinema, na TV e nos quadrinhos.

Se você não for um roteirista muito bom, você deve saber que o truque pra fazer todo mundo se emocionar com a sua história é matando o cachorro. E por um tempo andaram tão mal de roteiristas por aí que todo filme tinha um cachorro que morria. Tentaram até transformar Marley e Eu em uma série. Espero que não tenham conseguido, apesar de terem conseguido um Marley e Eu 2. Mano do céu.

Mas houve um tempo em que os pobres cãezinhos não precisavam ir para o limbo para emocionar a galera. Aliás, houve um tempo em que os cães dominavam a TV. Lassie, Rin-Tin-Tin e Beethoven são clássicos que vira e mexe alguém tenta reviver e fracassa humilhantemente.

Confesso que não sou da época e nem muito fã desses cachorros heroicos e destruidores, no caso de Beethoven, mas alguns bons desenhos que fizeram parte da minha infância eram protagonizados por cachorros ou pelo menos tinham algum cachorro nele que certamente inspiraram a mim e a meus amigos na hora de batizarmos nossos amigos caninos. Snoopy, Bidu e Scooby Doo eram os nomes mais populares dos cachorros nos anos 90. Um amigo meu tinha um chamado Hong Kung Fu e outro chamado Bionicão. Eu, que sempre quis um cachorro mas naquela época não podia, arrumei um gato e o chamei de Bandit. Que? Eu era fã de Johnny Quest, mano.

E existiam também os cães que eram batizados com nomes de seres que não são cães mas que servem como tal, como é o caso de Falcon, de A História Sem Fim, Uni, de Caverna do Dragão e Chewbacca, que eu espero muito que não morra em Star Wars VII – O Despertar da Força.

Mas confesso que Bidu sempre foi o meu cachorro fictício preferido. As histórias, na maioria das vezes reflexivas e non-sense, sempre chamaram minha atenção. Recentemente tivemos a espetacular Bidu – Caminhos que é, ao lado de Turma da Mônica – Laços, onde os quatro amigos, vocês sabem quem são, unem-se para encontrar Floquinho, definitivamente uma das melhores HQs nacionais que eu já li.

É sempre triste perder um amigo, principalmente quando ele se vai muito cedo. Eu encontrei o Ted na rua quando ele ainda era um filhote e ele morreu 6 anos depois por causa do erro de um veterinário que disse que tudo o que ele precisava era de vitaminas. É ruim olhar pro quintal vazio, é péssimo ouvir o latido dos cachorros vizinhos e não ouvir o latido familiar dele e é pior ainda o pensamento de arranjar outro cachorro para tomar o seu lugar, mesmo que isso seja impossível.

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