O Legado Bourne (The Bourne Legacy)

Cinema quinta-feira, 06 de setembro de 2012

 ‘O Legado Bourne’ expande o universo Bourne criado por Robert Ludlum com uma história original que apresenta um novo herói: Aaron Cross (Jeremy Renner). Ele passou pelo mesmo tipo de recrutamento de Bourne no misterioso programa conhecido como Treadstone. Tony Gilroy, o arquiteto da narrativa por trás dos filmes da série Bourne, assume a direção do próximo capítulo da popular franquia de espionagem, que já arrecadou quase US$ 1 bilhão nas bilheterias de todo o mundo.

É claro que a continuação não-programada [Ou não desejada pelo principal ator, vai saber] de uma franquia tem tudo pra cagar na cabeça de geral. O que não é o caso aqui. Eles só ignoram que o ciclo do personagem tá terminado e querem continuar com outro agente secreto que tem problemas mentais sérios. Não que isso torne o filme ruim, ele só não preenche as expectativas de uma continuação de uma saga foda, o que não aconteceria se o nome da saga não fosse usado. Ou mesmo se referências à saga anterior não fossem feitas. Mas quem liga pra isso, quando os dólares estão rolando?

Eu ligo, porra. O filme é bacana, mas tirando as referências, dava pra se passar por um filme de ação padrão. Não que filmes de ação padrão sejam ruins, mas esse não faz jus ao título Bourne. Mas não deixem que a minha reclamação sobre a falta de Jason Bourne intimide vocês, vão lá, conheçam Aaron Cross, interpretado pelo Gavião Arqueiro Jeremy Renner.

 Pelo menos dessa vez ele não tá usando um arco…

A principal diferença entre ele e Bourne é que ele é movido a dorgas. E como você deve imaginar, um agente renegado movido a drogas não dá muito certo. Ou não deveria, já que a falta da droga não faz com que ele pare de funcionar. Sem contar que a substituição da droga que alguns agentes não-renegados tomam é mostrada, mas não explicada [Apesar de eu ter uma teoria: Fim do programa].

 Mas a Rachel Weisz continua foda.

Mas os personagens não tem o mesmo apelo da série original. A dra. Marta Shearing, por exemplo, dá vontade de levar pra casa, óbvio. Afinal, é a Rachel Weisz. Mas se não fosse ela, aposto que eu ia ter vontade de socar a porra da doutora estúpida, de tão triste que a personagem é. E o Gavião, digo, o Aaron pode ser o fodão da Bala Chita, mas ele não é um agente fodão que criou consciência, feito Bourne. Ele só sobreviveu a uma execução por acaso e entrou no modo batshit crazy. Mas quem não fica paranóico nesses casos?

 As perseguições continuam sendo insanas, mas isso é uma coisa boa.

Mas se você desconsiderar as comparações óbvias com os filmes originais, até temos uma bela história de amor e blá blá blá. Ah, sim. Tem uma “história de espião” no meio. Com aspas bem grandes.

O Legado Bourne

The Bourne Legacy (135 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2012
Direção: Tony Gilroy
Roteiro: Tony Gilroy e Dan Gilroy, baseados no universo criado por Robert Ludlum
Elenco: Jeremy Renner, Rachel Weisz, Edward Norton, Stacy Keach, Oscar Isaac, Albert Finney, Joan Allen, David Strathairn, Scott Glenn

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