No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow)

Cinema quinta-feira, 29 de maio de 2014

 Quando a Terra é tomada por alienígenas, Bill Cage (Tom Cruise) é obrigado a juntar-se às Forças Armadas e ir para a linha de frente no dia do confronto final. Inexplicavelmente ele acaba preso no tempo, condenado a reviver esta data repetidamente. A cada morte e renascimento, Cage adquire mais conhecimento e, antecipando os acontecimentos, tem a chance de mudar o curso da batalha com o apoio da guerreira Rita Vrataski (Emily Blunt).

Americanos e suas japonesisses. Primeiro, o nosso monstrengo Gojira, agora uma adaptação de “All you need is kill”, de Hiroshi Sakurazaka. Eles não percebem o quanto essas coisas ficam estranhas nas mãos deles? Não to dizendo que o filme é ruim, mas quando você começa a ver americano acordando no mesmo dia e vendo-o ser refeito varias e varias vezes não tem como não lembrar o Bill Murray em Feitiço do Tempo.

Realmente acredito que se fossem atores desconhecidos nesse filme, se ele fosse uma coisa mais lado B, um filme mais cult, com uma direção mais próxima do Godzilla, ele com certeza seria muuuuuito melhor. A premissa já é manjada para um filme de ação. Mesmo Tom Cruise sendo o galã que é e Emily Blunt despontando para uma carreira mais firme, ainda não eram esses atores para um filme desses. Bill Cage tinha que ser ou alguém mais jovem, que demonstrasse inexperiência perante a situação, ou mais velho, para mostrar a dificuldade de adaptação que ele teria naquela situação. Mas não, eles colocaram alguém que esta exatamente no meio termo. Por incrível que pareça, Tom Cruise é bom demais para o papel, o papel com alguém menos ia ser muito mais interessante. Nota: A outra opção deles era o Brad Pitt, ou seja, o erro ta na fabricação já, na escolha do elenco.

Enredo

O filme começa nos contando que, 5 anos atrás, uma ameaça alienígena surgiu na Terra e está devastando ela inteira. Major Willian Cage (Tom Cruise) é a cara da corporação na mídia. Ele vende ao povo a mesma coisa que Joseph Goebbels vendia na Segunda Guerra: Que a vitoria está próximo, quando na verdade ela é improvável.

Quando ele é chamado para a batalha que aparenta ser a mais importante do exercito, para filmá-la, ele descobre que vai ter q fazer isso no meio do campo de batalha. Ele surta, ameaça o general, que decreta a prisão dele e o declara um desertor. Na tentativa de fuga, ele é atingido, acordando já na base de combate.

Já na base, ele sabe que a investida vai ser no dia seguinte e agora descobre que não tem mais sua patente, agora é só um recruta. Seu superior (Bill Paxton, o vilão de Agentes da S.H.I.E.L.D.) o leva pra conhecer a equipe, o pessoal zoa ele por ele ser um cabeça de bagre. No dia seguinte, ele vê todo seu grupo ser exterminado na praia (Sim, completa referência ao dia D), e é também quando ele encontra Rita Vrataski (Emily Blunt), The Full Metal Bitch (Juro que adorei esse apelido). Após vê-la morrer, Cage acaba por falecer também.

Mas ele acorda nesse dia de novo e isso vai se repetindo, até que ele descobre que Rita já possuiu essa habilidade também. Nisso os dois se juntam para treiná-lo e criar um plano para vencer a guerra. Eu não vou falar o final, mas você já sabe qual é.

Efeitos Especiais

Poxa, o filme é um sci-fi, se eles cagarem nos efeitos especiais, podem se aposentar. As armaduras são bem feitas (Li que elas pesavam por volta de 40 quilos), os aliens são estranhos, com seus corpos de tentáculos e andando como se tivessem furadeiras nas patas.

Bom mesmo são os escombros das cidades, Paris tá formidável. Posso dizer que esse foi o grande ponto positivo do filme.

Personagens

Major Willian Cage é o personagem principal da história. Graças a ele, o dia sempre continua o mesmo. Ele é um homem arrogante, medroso e um tanto manipulador (Um tanto tipo Cidadão Kane). Conforme o filme avança, ele acaba por aprender o valor de seus companheiros e de se torna um grande badass, daqueles mais brutais, chegando a matar criaturas com as próprias mãos quando seu treinamento vai avançando.

Sua treinadora é The Full Metal Bitch, Rita Vrataski, uma mina máquina de guerra que já surge matando Mimics (Aliens do filme) com uma espada gigantesca, digna de um mangá japonês ou de Final Fantasy. Ela é tão linda quanto brutal, de poucos amigos e muito ódio pelas criaturas. Fria, e com certeza a personagem mais durona de todo o filme, mesmo depois de toda evolução do Cage, ela continua sendo a mais forte dos personagens.

Considerações Finais

Avaliando todos os prós e contras do filme, cheguei a conclusão que o filme não é um completo desastre, mas não vale a pena gastar para assisti-lo. A coisa de acordar toda vez no mesmo dia já se tornou clichê, até Supernatural já se utilizou disso. Mas acho que o que mais pesou contra foi a utilização desnecessária de um figurão do cinema como o Tom Cruise, talvez um filme com alguém mais desconhecido gerasse algo mais informal e criasse uma ligação maior do personagem principal com o publico. Há também o fato da cultura ocidental sobre mechas e armaduras tecnológicas não ser tão difundida e precisaria ser melhor trabalhada, quando se tem algo característico dessa maneira como o filme tem.

No Limite do Amanhã

Edge of Tomorrow (113 minutos – Sci-Fi)
Lançamento: Estados Unidos, 2014
Direção: Doug Liman
Roteiro: Christopher McQuarrie, Jez Butterworth, John-Henry Butterworth
Elenco: Tom Cruise, Emily Blunt, Bill Paxton, Noah Taylor, Kick Gurry, Dragomir Mrsic, Charlotte Riley, Jonas Armstrong, Franz Drameh, Massayoshi Haneda e Tony Way

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