Morte à Nova Mídia!

Nona Arte quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

No dia 21/02/2009, eu, Guten, entediado ao extremo numa tarde chuvosa no litoral, saí do apartamento em que estava enfurnado e, mal-humorado em pleno Carnaval, me dirigi ao shopping mais próximo para entupir minhas artérias com o colesterol sólido proveniente do McDonald’s e praticar meu esporte predileto: fuçar livrarias.

Após diminuir minha expectativa de vida em alguma semanas com um hambúrguer, fritas e uma coca, me dirigi à livraria mais próxima e comecei a vasculhar as prateleiras por livros que aparentassem ser interessantes. Meia hora depois, cheguei, inconscientemente, à prateleira de HQs e, à minha esquerda, jaziam belos, atraentes e não tão intocados, os livros com a série Sandman, de Neil Gaiman. Foi amor à primeira vista. Num frênesi de paixão, agarrei quatro volumes (Fábulas e Reflexões, Terra dos Sonhos, Fim dos Mundos e Vidas Breves) e, sem ligar para minha limitações de estudante sustentado pelos pais, comprei todos os quatro volumes.

Ok, eu vou passar um mês a água e água, mas valeu a pena. É ótimo sentir o volume dos livros em minhas mãos e o cheiro de papel e tinta invadir as minha narinas. Sim, isso mesmo, eu entro em êxtase com livros novos. Vai dizer que você não tem seus problemas?

Então, mais tarde no MSN, conversando com um amigo nerd, o mesmo me conta que pretende comprar um Kindle. Abismado, começo a discutir com ele, inutilmente. Não adianta discutir nada com fanáticos, portanto, a discussão em si não é importante, mas o princípio por trás dela.

Quando se compra um livro, há todas aquelas experiências sensoriais supracitadas, a alegria de ter em suas mãos todo um mundo inexplorado. Ir à livraria ou à loja de HQs, pegar o livro, senti-lo nas mãos, ler a resenha nas costas do mesmo, ler um pouco, caso ele esteja aberto… é emocionante. Com os livros virtuais, você acessa a Amazon, faz uma busca, paga, faz download do livro pro seu PC e upload deste pro leitor. É tão… broxante.

Livros digitais são úteis em áreas técnicas: códigos para estudantes de direito, grimórios de anatomia para os de medicina, os tomos de cálculos para o pessoal de engenharia… muito úteis, com certeza. Livros úteis para o crescimento da humanidade, mas sem a fantasia ou ilusão necessários para o crescimento da alma.

Mas, se um resposta for realmente necessária, a melhor é a que o Santhyago deu aqui (e eu juro que isso foi uma coincidência, não houve nada combinado).

Obs.: Sobre o evento “Definindo o melhor”: Cancelado. Dr. Manhattan WINS

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