Lady Gaga no Brasil

Música terça-feira, 20 de novembro de 2012

Os odiadores do pop que me perdoem, mas eu curto Lady Gaga, e curto MUITO. E, não sei se vocês estão ligados, mas eu sou gaúcha, moro no RISOS Rio Grande do Sul, e dia 13 desse mês a diva da Gaga se apresentou aqui nos Pampas e, de última hora e graças a uma ajudinha do destino ou das influências dessa vida, eu descolei um ingresso vipão pra ver a lindeza de pertinho. E fui muito feliz, então me deixem ser feliz e relatar como uma apreciadora da arte, da música e do todo que engloba a lynda. Obrigada.

Sempre que um artista internacional vem pro Brasil é feito um baita alarde, mil preparações, coletivas, mimimi. Semana passada rolou entrevista no Fantástico, com a musa exigindo posicionamentos específicos das câmeras, frescurinhas de celebridade, mas isso nada interfere pra quem é fã. E começou o falatório sobre os shows que aconteceriam pelo Brasil nos próximos dias. Primeiro que antes mesmo do dia do show, o papo aqui pelo RS era sobre os ~tipos~ que estariam presentes na platéia. E, por ~tipos~, me refiro àquela galera que vai vestida de uma maneira exótica, seguindo o exemplo da Mother Monster (A Gaga né gente, mas OK, vocês entenderam). A especulação era por conta dos freak, dos exagerados, dos ultra-mega-produzidos que estariam circulando pela FIERGS, local onde o evento aconteceu. Mas, pra ser bem sincera, não sei se eu to muito acostumada com as bizarrices nossas de cada dia, mas não achei nada demais não, hein? Claro que sempre a gente vê um ou outro doido, ou normal, depende do teu ponto de vista, mas, no geral, galera tava mais preocupada em assistir o show do que se montar em produções.

Good.

Depois do show de abertura, às 21 horas, Lady Gaga sobe ao palco gaúcho e faz um show de DUAS HORAS E MEIA, o que fez os fãs ficarem loucos de felizes (Óbvio, né? O que vocês achavam que os fãs fariam?). E ela sobe com todo o poder que carrega com ela, cheia de imponência e com uma voz linda pra ca-ra-lho. Mesmo. Dança, usa roupas maravilhosas, figurino de deixar criatura babando na platéia, mil efeitinhos e um cenário todo de diva. E nem o público modesto a fez perder a energia – somente 16 mil criaturas compraram os ingressos, praticamente a metade da quantidade de ingressos que tinha sido posta à venda. Too bad. Pra quem não foi, claro.

Misturando performances teatrais, pop, rock, ballet, circo, Broadway e ousadia à flor da pele, a cantora levou o público pra uma nova atmosfera. Os efeitos deixavam a música em segundo plano, colocando as sensações em destaque e a beleza em evidência. Com um palco absurdo de lindo, com um castelo medieval que abria e fechava a cada troca de música, as coreografias e os figurinos exuberantes ~e exóticos~ enchiam os olhos da platéia que, diga-se de passagem, era bem animada.

E Gaga sempre fazendo com que todos se sentissem as criaturas mais importantes no mundo pra ela. Várias vezes, a artista se comunicava com o público, pedia a participação do mesmo, seguia o estilo auto-ajuda e deixava mensagens inspiradoras. O destaque vai pra forma carinhosa com que ela trata os fãs. Bate papo com a galera, zoa, faz piada, leva fã pro palco, canta com fã no palco (OMG, que inveja, isso sim. Desculpa, mundo). Aqui em Porto Alegre, ao chamar 3 fãs ao palco e trazer seu piano em cima de uma moto, uma das fãs de 13 anos pede o microfone e rouba a cena. Canta muito bem pra Gaga, e ainda divide o microfone com a estrela em uma das músicas mais marcantes do momento, You and I. E a galera? Foi à loucura, claro. Dá uma ligada no vídeo aí embaixo, que não é dos melhores, mas registra a emoção do momento:

Não sei tu, mas eu queria ser a guria, hein? Desculpa a tietagem.

Sempre com o discurso de que é uma de nós, simples ser que não é humana, não é alien, não é monstro, não é estranha, não é normal: É você. Ela fala que se identifica em cada um, com cada um, o que faz com que ela se aproxime loucamente de seu público.

E o que é isso? Marketing, moçada. Jogada maravilhosa ~e natural~ que faz com que os fãs se sintam acolhidos pela cantora, se identifiquem com ela e façam o quê? “Criem laços de fidelidade com a marca”. Gênia. E ótima artista, porque, de verdade: A naturalidade encanta, e fez galera que nem era fã sair de lá deslumbrado com o talento, carisma e qualidade do show dela.

E o que ela mais repetiu, foi que aquilo não era um funeral: Era uma festa. Depende do ponto de vista, porque eu aposto que muita gente saiu morrendo de amores, portanto…

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