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Televisão terça-feira, 27 de abril de 2010

Oi!

É aqui onde você fala “Egotista-who? What the fucking porra!”. Não sou o colunista mais conhecido, não te culpo por não lembrar de mim, viu. Apesar de geralmente desprezar sua existência, eu de fato tive de sumir por uns tempos, tornando minha persona publica bem menos publica do que persona (A.K.A. eu sou fake, risos). No programa de hoje falaremos… bom, não falaremos sobre muita coisa não, só fechar os assuntos que eu comecei aqui e aqui, tá? Juro que vai ser rápido, fácil e indolor – como tirar um band-aid de uma perna peluda. Basicamente, o foco do texto é: Ninguém vive só de Kafka.

 Oiq?!

É, pois é. Talvez, em tempos remotos – sem televisão, baladas de ecstasy, camisinha, dentre outros utilitários de entretenimento da sociedade moderna -, fosse super racional ficar sentado na frente de uma pirâmide egípcia para reparar em sua sombra e criar um teorema matemático, puxar um ronco embaixo de uma macieira e descobrir a gravidade, etc. Vidas dedicadas ao conhecimento, sabedoria, a compreensão da vida, universo e tudo o mais. Mas hoje em dia o pessoal quer sexo, drogas e rock and roll. Fomos condicionados ao consumo e ninguém – NINGUEM – consegue fugir desse fato, tá, Loney. Isso é perfeitamente racional para a maioria das pessoas, que basicamente não pensa; mas uma pequena fatia suculenta do mundo usa o cérebro, e é deles que eu quero falar. Elas vivem um conflito, porque não da para viver de idealismo, sabe? Não adianta você dizer que só curte metal, sei que você balança a perna no ritmo quando toca Carmem Miranda; beleza, você acredita em sexo só depois do casamento, mas já te vi indo no banheiro com aquelas revistas educativas ou objetos cilíndricos não identificados; eu curto livros tristes, chorei hidrelétricas lendo A Menina que roubava livros mês passado, o que não me impede de estar lendo Mark Twain (“Dicas uteis para uma vida fútil, um guia para a maldita raça humana”, para quem estiver interessado) agora, sabe? Nem o mais sagaz dos leitores cultos vive só de Kafka nos tempos modernos, e acaba caindo nas desgraças de um crepusculuzinho para descontrair. Com a televisão é a mesmíssima coisa merda: Você pode valorizar séries inteligente, cultuadas, com bom roteiro, um enredo intrincado e atuações magníficas, mas sei que você também assiste um Gossip Girl ou Supernatural menos prestigiosos. É a sua masturbação, e como dizem os médicos, é perfeitamente natural.

 Quando eu falo que certas séries são sua masturbação, não quis dizer isso, ok?

O parágrafo acima basicamente serve para me isentar de qualquer responsabilidade. Falei que aquela série tal é um lixo, não serve nem para limpar sua bunda, mas você gosta? FODA-SE! Goste, vai fundo, SIJOGA, Bee. É toda sua. Quem sou eu pra julgar alguém por gostar de série podre? Eu gosto de Cougar Town! Não posso impor meu gosto a vocês, e muitas vezes o gosto vence a música, a fotografia, a atuação e até os peitos da protagonista na hora de escolher uma série. O fato é que agente gosta de coisa ruim, e isso não vai mudar. O que eu posso (E Vou) fazer é te passar uma geral a respeito das séries que eu assisto. Ser sua bússola. Até onde você vai poder confiar no meu norte, vai depender unicamente do tempo em que eu conseguir sobreviver fazendo essa coluna. Bom, isso e do número de sinapses disponíveis no seu pequeno cérebro de símio sub-desenvolvido. E não se esqueçam, gostar de uma série não influi na sua qualidade. Seu gosto, afeto, tesão, como queira descrever, por uma série não muda o fato de ela ser ruim ou não. Por isso que se chama fato, ok? Ok! Então até mais, criaturas.

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