Ghost Rider: Trail of Tears (Marvel)

HQs quarta-feira, 27 de junho de 2012

Na falta do que fazer mentira resolvi pegar uma minisérie para ler, e dentre as possíveis, “achei” a de um personagem foda, mas que “nunca foi bem aproveitado” (Ou outra análise-de-merda-qualquer). Pois bem, sabe os filmes, o Johnny Blaze, a Eva Mendes? Então, esquece tudo isso, já que a história se passa durante a guerra civil norte-gringa, com um Cavaleiro Fantasma, ou seja, nada de motos.

A história passa do ponto de vista de Travis Parham, um soldado do exército Confederado (O Sul, que era a favor da escravidão, e que perdeu), que toma pipoco logo nas primeiras páginas, e estando à beira da morte é salvo por Caleb, um ex-escravo que conseguiu comprar sua própria carta de alforria (E de sua esposa), e que vai ter “uma vida digna e justa” sendo vizinho duma galera barra pesada, conhecida como Klu Klux Klan.

Então, Parham é salvo por Caleb (Milagrosamente, porque todos os órgãos abdominais dele tavam pra fora), e paga sua dívida com trabalho, até que alguns anos depois começa a corrida para o Oeste e ele resolve ir pra lá. Tempos depois, quando ele volta para visitar Caleb, descobre que ele e sua família foram mortos por Reagan, pelo Sargento Billy, Nightshade e mais uns caras, todos da KKK. Querendo justiça (E sim, temos aquele debate de “justiça ou vingança?”), Parham resolve ir atrás dos caras e matá-los, mas claro que ele não era o primeiro nessa brincadeira.

Caras, seguinte: Não é nenhuma obra-prima. É uma história legal, “fechada”, sem pontas soltas e tal, mas não é nada que te impressionará, seja por ser boa demais ou ruim demais. Se fosse para resumir, creio que essa seria uma daquelas histórias que você só compra se sair encadernado, e só para completar a coleção, mas que gostará de ler de novo quando estiver arrumando a estante.

Sei que é praxe falar, então vamos lá: Gostei da “arte”, apesar de se parecer mais com pintura do que com desenho, mas o estilo e os tons combinaram com a história. São bem detalhados, puxando mais para o lado realista, apesar de certos exageros que ficam meio caricatos. A história, como disse alí em cima, não é grande coisa, mas funciona bem, sem “estragar” nada em relação ao personagem.

Motoqueiro Fantasma é um personagem muito foda, e realmente não sei porque ainda não saiu algo “grande” dele: A história é boa, a “mitologia”, os personagens, enfim, tem um pacote completo, que poderia dar grandes resultados. Vejam o Aquaman: É um bosta, mas um monte de gente tá gostando pra caralho dessa nova série. Eu até gostei do primeiro filme do Motoca (Não vi o segundo ainda), e nem o Nicholas Cage me incomodou, mas ainda falta alguma coisa para o personagem ser reconhecido… Talvez o Geoff Johns ou o Ivan Reis.

Ghost Rider: Trail of Tears


Lançamento: 2007
Arte: Clayton Crain
Roteiro: Garth Ennis
Número de Páginas: 144 (6 volumes)
Editora: Marvel

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