Comprem meu novo livro

Livros segunda-feira, 03 de outubro de 2011

Em teoria isto é um post, e em teoria eu tenho de dar-lhe uma introdução, colocar uma imagem, o separador de texto, alguns parágrafos, algumas imagens e por fim dizer na conclusão tudo que eu já disse antes, mas de modo diferente (E com uma piada), para que todos pensem que eu sei bastante do assunto do qual acabei de falar… Mas quem liga?

 Hilário.

Dia desses estava pensando na quantidade de gente que tem escolhido a literatura como modo de subsistência: Já repararam que o número de autores vem aumentando nos últimos anos? Provavelmente é por pura implicância minha, mas sou obrigado a dizer que nada fica popular demais tem qualidade (Isso se alguma vez já teve). Foi assim com o futebol (Vide a série B, C, D, J e Y), foi assim com a música e está sendo com a literatura… Se bem que “mercado editorial” fica mais preciso.

Eu sei que sempre houve autores ruins e com um pouco de sorte sempre haverão bons autores, mas esse crescimento (Meio que) repentino faz com que a coisa fique saturada, o que fode completamente com tudo que depende desse mercado (Inclusive os leitores). E tem também o esgotamento de temas. Já pararam para pensar nisso? Que há muito tempo não há algo realmente novo? É assim com a música e a literatura está no mesmo caminho, até que chegará um tempo em que já haverá livros sobre tudo, com todos os pontos de vista possíveis, e todas as possibilidades já terão sido (Exaustivamente) exploradas.

 Oglaf é foda pra caralho… Mas muito NSFW.

Algo interessante também é que esse monte de novos autores são voltados para os mesmo temas: Aventuras fantásticas (À la SdA), espionagem (Bond?), magia e romances adolescentes. Quero dizer, todos os nichos estão sendo esgotados, mas poucos se dão ao trabalho de escrever dramas, suspenses, biografias fictícias, histórias de terror e (Por que não) comédias realmente engraçadas. Todos sabemos que os grandes mestres da literatura nunca serão ultrapassados, a lista de “mestres” pode aumentar, mas nunca diminuir (E se diminui é por pura negligência), mas não deixa de ser meio ultrajante saber que obras realmente boas serão comparadas (E muitas vezes “perderão”) para obras descaradamente plagiadas, sob a desculpa da “influência literária” e da “intertextualidade”.

Espero com (Quase) total sinceridade que o mercado quebre e que escrever volte a ser como antes: Para quem tem talento e realmente gosta da coisa, e que pague pouco (E para poucos), assim as pessoas param de achar genial escrever um livro absurdamente ruim, publicar por uma editora qualquer (Aliás, ter editora também é moda agora), encher prateleiras e mais prateleiras nas livrarias (E vender boa parte delas) e fazer sessão (“Ou seria çeção?”) de autógrafo.

Com orgulho de ser saudosista agora, afirmo que prefiro antigamente, quando publicar era difícil porque precisava ser realmente bom e ter sorte, aos dias de hoje, em que publicar é difícil pela quantidade de coisas ruins e a dificuldade de achar coisas boas nesse meio. Creio que só poderemos separar o joio do trigo daqui há alguns anos, quando toda essa baderna acabar e o mercado voltar ao “normal” (Ou o que será o “normal” na hora), mas desde já afirmo que não compro mais livro sem saber nada a respeito dele previamente… E pensar que esperávamos meses para ler algo novo, mas, de novo, quem liga?

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