COMPREI. Sou retrô.

Livros segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Então, como sou indie-hipster-alternativo-engajado-anti-coca-cola-e-contra-windows, comprei uma máquina de escrever, e estou pouco me fodendo se vocês tem um netbook Positivo com Windows Starter, afinal, minha máquina não dá pau por falta de processador.

 Nota: esse rejunte mal feito não é aqui em casa.

Pois é, eu sei que estamos no século XXI, que computadores existem faz tempo (Acreditariam se dissesse que eu tenho um?) e que máquinas de escrever são troços que cairam em desuso há décadas, mas a questão é bem simples: Gosto de escrever, gosto de máquinas de escrever e os melhores livros já escritos foram escritos em máquinas de escrever. Por conclusão óbvia vocês podem chegar à seguinte frase:

“iashudiadshaiougdfiasf otário”

Uma coisa que ninguém pode negar, é que as coisas antigamente tinham muito mais qualidade e eram muito mais inteligentes que nos dias de hoje: Temos computadores que fazem 20914710612658912548 trilhões de cálculos ao mesmo tempo, mas antigamente tínhamos máquinas de doce totalmente mecânicas, com milhares de pecinhas individuais que formavam uma máquina mais legal e durável que seu MacBook novo.

Claro que a máquina de doces não tinha centenas de utilidades, não te permitia conversar com uma pessoa que está do outro lado do mundo (O quão Fantástico ficou isso?) e não conseguiria ser transportada dentro de uma mochila, mas ainda sim você ficava mais feliz com um Hershey’s do que fica ao saber que a nova atualização sai por U$30… O que estou querendo dizer aqui é se fodeu macfag que gosto muito mais da minha máquina velha, usada e sem grande utilidade do que gosto de metade dos “bens de consumo” atuais.

E em “bens de consumo” incluo coisas da Apple, Positivo e, feliz ou infelizmente, livros. Dia desses a Aline fez esse post, e ele é válido para livros também: Todos digitados de forma mecânica, em linha de produção, com fórmulas prontas, sem emoção, sem necessidade, só pelo simples fato de produzir. Não que isso seja culpa dos computadores, mas tem que realmente gostar da coisa para passar horas batendo teclas duras ao invés de teclas macias… Às vezes creio que a causa de toda merda no mundo é que a vida ficou fácil demais, cheia de “atalhos”… Porra, vão sujar a mão na fita da máquina para depois reclamarem da impressão colorida que deu falha.

Minha máquina de escrever tem uns 75 anos, e em 75 anos viu uma Guerra Mundial, corridas armamentistas, o nascimento dos computadores, Olimpíadas, Copas do Mundo, milhões de quilos de papel, o nascimento do Rock, do Punk, do Pop, a Era de Ouro do cinema, revoltas populares, centenas de nascimentos (E mortes) de gente importante, cinco Constituições diferentes (Só no Brasil) e, quem sabe, livros, e agora está vendo que os responsáveis por “dar continuidade ao legado” gostam mais de definir capa e ir à sessão de autógrafo do que de escrever… Digo apenas que terei que comprar mais folhas em breve.

Leia mais em: , ,

Antes de comentar, tenha em mente que...

...os comentários são de responsabilidade de seus autores, e o Bacon Frito não se responsabiliza por nenhum deles. Se fode ae.

confira

quem?

baconfrito