Compras: Um problema

Nona Arte quarta-feira, 01 de dezembro de 2010

Calma, leitor. Você não veio parar, por engano, num blog de uma garota de 14 anos de idade. A sua atual aba/janela do navegador está, sim, no bom e velho bacon frito. Acomode-se em sua cadeira (Ou, se você estiver lendo isso no trabalho, vai trabalhar, vagabundo!) e leia o texto a seguir sem receios.

Onde você compra seu material de lazer? Livros, revistas, DVDs, jogos… Geralmente, em cidades grandes, você encontra lojas especializadas de cada um dos tipos acima descritos: Livrarias, bancas de revistas, lojas de departamento e/ou informática, etc. Quem mora em cidades pequenas ou médias, geralmente tem que se contentar com pedidos pelo Submarino ou similares.

Meu caso é estranho. A cidade na qual nasci e vivo, apesar de seus aproximadamente 500 mil habitantes e de ser maior e ter mais importância que a CAPITAL DO ESTADO, é uma lástima nessa área. Cinema? Um, com quatro salas. Livrarias? Apesar de ser um centro universitário, a cidade só tem duas livrarias: Uma Cultura (Que, devido ao pouco movimento, fechou uma das duas filiais. A outra, hoje em dia, é pouco mais que uma copiadora metida a besta) e outra que, sem exageros, caberia na cozinha da casa dos meus pais. Devido à presença de duas grandes lojas de departamento (Que não serão citadas a não ser que entre algum no meu bolso), cinéfilos e gamers ainda tem alguma chance.

Curiosamente, até uns meses atrás, também havia uma loja de quadrinhos numa galeria no centro da cidade. Sabe aquele lugar escondido, cuja existência você só sabe porque o primo do cunhado da tia do sogro do frentista da tia do cafezinho do DETRAN te contou? Pois bem. Resolvi ir lá. Local limpo, bem iluminado, arejado. Toda a mercadoria (O dono do local também vendia material de RPG e meia dúzia de DVDs de conteúdo otakuzístico. Afinal de contas, no Brasil, mais maluco que o cara que lê quadrinhos é aquele que quer viver exclusivamente disso) estava limpa e bem organizada nas prateleiras, o atendimento era bom e os preços eram bons. Até a música ambiente era boa (Pelo menos enquanto eu estive lá, tocava o álbum Conspiracy of One, da banda The Offspring). Uma loja assim, orra, tem que ser extremamante cheia de vitória e epicidade, certo? Certo? Não.

Quando fui pagar minhas contas, elogiei a loja. Não é todo dia que eu encontro boas infra-estrutura e atendimento, afinal de contas. A resposta me desanimou: “‘Brigado, cara. Mas isso aqui não vai durar muito mais tempo. Tipo, fora tu e uma dúzia de jogadores de RPG, não vem ninguém aqui. Só vou terminar o mês porque já paguei o aluguel. Taí teu troco.”. Feito e dito. Voltei lá seis semanas depois, a loja de quadrinhos não existia mais. Em seu lugar, uma microagência de viagens.

Agora, só me resta uma opção de compra de HQs. Uma única banca de revistas, não muito longe da falida comic shop (Não porque seja a única, mas é a melhor sortida nesse aspecto). As duas livrarias, a cada momento que passa, ficam mais próximas à não-existência. O cinema é uma droga, não sou um cinéfilo e meu último console foi um SNES. O que diabos eu ainda tô fazendo aqui, mesmo?

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