Começa o BBB – na TV e nas redes sociais mais próximas de você

Televisão quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

E o BBB 12 nem tinha estreado, e a galera já tava feito louca falando a respeito do programa que coloca um milhão de câmeras numa casa e trata os participantes como uma espécie de ratos de laboratório em observação. A movimentação no Twitter era tanta, que durante o Jornal Nacional, lá pelas 8 e pouco da noite, a hashtag #BBB já estava nos TT’s:

E a galera já estava alucinada comentando pelas redes sociais. Quando lançaram a lista dos participantes, já começaram as especulações, pra saber quem ia estar dentro da casa mais vigiada, como seriam as dinâmicas e, principalmente, começaram a fazer o que o povo mais curte nessas horas: Falar mal. Claro.

BBB é um programa de massa. Até aí, nada novo. Ocupa horário nobre, vem coladinho com a novela, e tem intervenções durante o dia todo. Fora os canais pagos, é claro. Você vai pro trabalho, e desde o chefe até o último funcionário comentam. Aí, você se depara com uma criatura que diz “Não assisto. Tenho mais o que fazer.”. Ok, ninguém é obrigado a gostar de nada. Mas essa mania de dizer que não assiste porque é ~cult~ demais já deu o que tinha que dar, né?

BBB pode ser visto de algumas formas. Uma delas, é partir pra alienação, afirmando que é um programa fútil, que cuida da vida alheia. Outra, é analisar com um olhar publicitário (Oi, sou publicitária), já que dentro da casa rolam ações pra lá de criativas. Uma outra forma, ainda, é entender que BBB é um programa feito por pessoas. Com comportamentos diferentes, reações diferentes, mas que retratam a vida real (Ignorando possíveis mutretas que possam haver no meio do caminho, claro).

BBB pode não ter um roteiro seguido à risca. Mas ele tem um começo, um meio e um fim. Ele tem tudo o que rola nos enredos mais elaborados que a gente vê por aí. Com uma pitada a mais de nonsense, talvez, mas não perde pros dramalhões e programas realistas que a gente vê por aí. A gente tem aquele comecinho que nos apresenta os personagens, tem os vilões, os mocinhos, os palhacinhos, os sem sal, aqueles que só fazem figuração, o casal apaixonado, o barraco e o grande final que, no caso, deixa um herói com a conta bancária um milhão e meio de reais mais rica.

Você não precisa gostar. Assim como você não precisa gostar de novela, de filme francês, de documentário russo, de musical de 1950. Você não é obrigado a gostar. Mas você não pode viver numa bolha e ignorar que, agora, o que está na boca do povo (Além do Michel Teló e sua delícia que também tenta matar ele), é sim o tal do Big Brother Brasil 12. Não precisa amar: Mas saiba que é ele que vai estar na rua, na conversa com a vizinha, no papinho da manhã no ônibus, e na sua timeline, que vai ficar uma maravilha repleta de flashes e acontecimentos de última hora da casa dos confinados.

Cultura de massa é assim. Programa voltado pra massa, também. Não é fútil estar por dentro do assunto mais comentado do momento. Assim como não é fútil você ir ao cinema e ver um filme do Godard. Gosto não se discute, e isso é fato. Mas é fato, também, que BBB gera movimentação nacional, seja pra falar bem, seja pra falar mal. E, mesmo que a melhor opção seja falar mal, lembre-se: Você ainda vai estar dando mais ibope pro programa mais amado e odiado, ao mesmo tempo, no verão brasileiro.

Vai lá dar uma espiadinha, ou desliga a televisão, o rádio e a internet.

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