Clássicos do Horror – Doutores

Clássico é Clássico segunda-feira, 19 de abril de 2010

Uma das coisas mais legais de escrever sobre os clássicos do horror é assistir trocentos filmes ruins fazer isso em Abril. Ou seja – quando estiver chegando o Halloween e todo mundo começar a falar sobre o assunto, eu já vou ter falado tudo. Nada como a falta de timing, certo?

Mas falando em filmes ruins, me alegra saber que depois de sofrer escrevendo sobre múmias, eu fui abençoado com uma filmografia surpreendentemente boa. Então vamos ver quem são os doutores mais famosos dos filmes de terror.

O Laboratório de Dr. Caligari

(Robert Wiene,1919)

Metrópolis

(Fritz Lang, 1927)

Sobre esses dois clássicos do expressionismo alemão, vocês podem ver aqui.

Frankenstein

(James Whale, 1931)

O mais clássico dos filmes sobre a história de Mary Shelley (Frankenstein ou o Moderno Prometeu), foi um dos primeiros filmes lançados pela “Era do Terror de 30”, lançada pela Universal e discutida na coluna sobre os zumbis do Egito Antigo. Aliás, eu espero pelo bem das suas almas que ninguém tenha estranhado a aparição do filme aqui. Imagino (Ou ao menos quero imaginar) que todos saibam que Frankenstein é o nome do doutor que dá vida a criatura. O monstro é conhecido apenas como (Preparem-se) monstro. O mais interessante é que ao contrários dos filmes de terror, o prometeu de Frankenstein, imortalizado na pele de Boris Karloff, não é o vilão (Apesar de ter matado acidentalmente uma garota) – mas a vítima. Filme de terror com severa crítica social? Não é a toa que Frankenstein é um clássico absoluto. Ganhou um bom remake em 1994, em Frankenstein de Mary Shelley, estrelado por Robert De Niro no papel do monstro.

O Médico e o Monstro

(Rouben Mamoulian, 1931)

Tão famoso quanto Frankenstein, a história de Dr. Jekyll e Mr. Hyde também obteve seu maior êxito em seu primeiro filme. E com um tema igualmente provocante: A (Falsa) divisão do homem em dois lados – o bom e o mal. Se utilizando de uma poção que liberasse seu lado “mal”, Dr. Jekyll acaba se transformando em Mr. Hyde e aterrorizando Londres. E isso tudo sem que Dr. Jekyll tome nota do que está acontecendo. Vale citar também uma peculiaridade desse filme – foi um dos únicos casos em que dois atores (Sendo um eles o celebrado Frederic March, que fez o duplo papel principal) dividiram um Oscar de melhor ator – o outro foi Mr. Hyde Wallace Beery.

A Ilha do Dr. Moreau

(Erle C. Kenton, 1932)

É interessante perceber como a maioria dos grandes filmes de terror, que tem um doutor como protagonista/antagonista, são frutos da literatura de alto nível. Deve ser porque o máximo que diretores que se propões a criarem seus próprios doutores são limitados ao batido “tentar dominar o mundo”. O Dr. Moreau do título, interpretado por Charles Laughton, tinha seu “próprio mundo” – uma ilha em que fazia bizarras experiências transformando pessoas em animais humanos. Baseado no clássico do pai da ficção científica (Ao lado de Julio Verne) H.G.Wells.

A Noiva de Frankenstein

(James Whale, 1935)

Com o sucesso de Frankenstein, não é surpreendente que uma continuação tenha sido encomendada pela Universal 4 anos depois. E se mostrando uma exceção no mundo dos cinemas, o novo personagem alcançou um status mítico comparável ao próprio prometeu de Frankenstein. Em 1939 ainda seria lançado o Filho de Frankenstein que, apesar de não ter a mesma qualidade de seus predecessores, imortalizou o personagem de Ygor, interpretado pelo lendário Bela Lugosi (De Drácula).

PS: Não, eu não esqueci do Dr. Hannibal Lecter, ele vai aparecer em outra coluna.

Bônus:
Como eu sei que nenhum de vocês vai assistir filmes pré-Segunda Guerra Mundial, deixo um trailer (De um filme que sai esse ano) para saciar os seus mau gostos apetites.

De nada.
PS2: Porra de filme doentio.

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