Cine: Os Beatles do século XXI

Música sexta-feira, 16 de abril de 2010

Certos assuntos são praticamente um tabu, e não só na música, eu digo. Você falar que não gosta de bacon por estas bandas é a mesma coisa que falar para um religioso que odeia Jesus, mas com uma diferença: Nós respeitamos a sua opinião e deixamos você viver sua vida patética longe. Não precisamos de piratas duvidosos neste navio, ahrrr. Uma coisa que me deixa muito feliz: Fãs xiitas. Sim, eu tenho um espírito de troll, mas fãs xiitas são muito legais. Normalmente, quando notam que a opinião que eles defendem está sendo contrariada, eles ficam putos. Aí que entra a parte legal. Eu gosto de gente puta e gosto de gente que não costuma ser contrariada. Por isso mesmo eu vim dizer que a banda Cine equivale aos Beatles do século XXI. Seria tão mais legal se uns trovões caíssem agora.

Por que tanta gente considera Beatles como sendo a maior banda de todos os tempos? Eles não foram o começo de tudo – muito menos do rock. De tanto que falam desse modo, parece que querem comparar a banda com o Big Bang: Antes, nem o TEMPO existia. Mas, aceitando a premissa de que os Beatles foram a origem de tudo, por que é proibido compará-los com outras bandas? Porque existem bandas melhores, claro. É a mesma coisa que discutir evolucionismo com um criacionista: Não faz sentido.

 Sem contar que evolucionismo é mais legal.

Logo depois disso, vem a velha desculpa da influência: Nenhuma banda boa teria estourado se os Beatles não tivessem existido. Ou seja: Os quatro integrantes da banda foram os pais biológicos de todos os músicos de sucesso até hoje? E Chuck Berry? O maluco influenciou AC/DC, Rolling Stones e um monte de bandas. Beatles foram só mais uma dessas muitas influenciadas por ele, um dos pais do rock. Não é preciso que alguém exista pra todo o resto existir. Geração espontânea, mano!

Antes que alguém venha falar que eu não posso falar nada porque eu nem conheço a banda, eu já ouvi Beatles. Não consigo afirmar que alguma coisa é ruim sem ao menos conhecê-la. Por falar nisso, já viram o que é comum em boa parte dos clipes deles? Garotas berrando. Chamem de qualquer coisa, elas não passavam de meninas de 15 anos gritando por homens mais velhos com tigelas de cuia. Os gritos eram mais altos que a música, o que a fazia ser… Tolerável. Você já viu uma mulher de 60 anos correndo atrás dos Beatles em um clipe? Claro que não. Aproveitando o embalo: Você já viu uma mulher de 60 anos correndo atrás do Cine? Não, você só viu meninas de, no máximo, 15 anos.

Beatles e Cine têm em comum, além da música ruim, a nuvem de fãs ao redor, gritando histericamente. Nos dois casos, você precisa saber chegar ao público a ponto de cantar algo ruim e ninguém ligar. Isso se chama presença de palco. Por mais que doa admitir isso, Beatles tinha isso e Cine também. Os efeitos colaterais disso foram piores do que a bomba atômica em Hiroshima, ou a radiação no começo do filme Godzilla: Eles se tornaram padrão de um gênero. KD MITOSE KD

Depois que um todos viram que os Beatles atraiam as mulheres – ou adolescentes de 12 anos da Capricho – começaram a imitá-los. Aí, caros seres pluricelulares, iniciou-se a Beatlemania. Todos queriam ser iguais a eles, só por causa do sucesso com as garotinhas. Eu concluo que todo mundo era pedófilo naquela época. Enfim, e o Cine? Uma banda formada por colírios da Capricho atraiu todas as leitoras. Eles são homens de 30 anos que se vestem como garotos de 15. Também, se eu vejo um garoto de 15 anos vestido daquele jeito, eu chuto o saco tão forte até que saia pela boca. Depois que o hit deliciosamente cremoso que eu nunca tinha escutado saiu, Garota Radical, outras bandas com o mesmo estilo também passaram a existir, só pra ter um gosto do sucesso. Parasitas com mau gosto existem.

Musicalmente falando, os dois são iguais? Claro que não. Cine é bem melhor. Como as duas bandas não escrevem nenhuma letra boa, a música que passou pelo estúdio com tecnologia é melhor, óbvio. E as letras das duas bandas são iguais, praticamente. Ó só esse trabalho poético:

Sabe, eu trabalho o dia todo
Sempre de vestido pra sair
Para ganhar dinheiro pra você para comprar suas coisas
Sempre com o cartão do pai, compra tudo e se distrai
E quando ela sai, não importa pra onde vai
Vale a pena só de ouvir
(Sempre escuta as bandas que eu nunca ouvi)
Você dizer: “você irá me dar de tudo”

Radical. Sim, eu sei deixar vocês realmente putos. Mas quero ver alguém aparecer nos comentários pra falar que A Hard Day’s Night não é parecida com Garota Radical. E provavelmente, até esse ponto, ninguém vai lembrar que o Bacon, além de ser um site de entretenimento, é um site de opinião, e tudo isso até agora é só a minha opinião. E eu quero que vocês pensem o contrário, gosto de ver Roma pegar fogo. Sim, eu sou o Nero do século XXI.

Você pensa que Beatles foi a maior banda de rock de todos os tempos? Acha que ela foi a origem de tudo e influenciou todos? Você vai ter que concordar que Cine é a mesma coisa que Beatles. Antes, o rock não tinha tantas divisões como atualmente. Rock era rock e fim de papo, ou você acha que, atualmente, você poderia falar que os Beatles é a maior banda de metal que já existe? Isso está longe de ser verdade. Pelo contrário, Cine é a banda que está influenciando e originando outras naquele tipo de rock de… Aquilo é emo, afinal?

Tudo que os Beatles fizeram, Cine está fazendo – e literalmente falando, até porque, os dois se apoiavam/apóiam em fãs histéricas que nunca ouviram algo realmente bom ou se deixam levar pela massa. E mais: Se você acha que Beatles é a origem, você está me dando outro argumento pra falar que eles foram os primeiros colírios da Capricho. E foram. FLW.

 Nada de Photoshop por aqui.

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