Bandas boas que nunca mudaram vida de ninguém

Música quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Tem muita banda considerada boa demais por muita gente e que na verdade é apenas medíocre (Medíocre no sentido de médio, tá ligado?). Eles até que lançam bons discos, tem carreiras relativamente bem-sucedidas mas na verdade nunca fizeram nada que mude a vida de ninguém.

Nesse texto eu vou falar de algumas dessas bandas. Provavelmente você discordará de mim, mas tanto faz, poste a sua intolerância à minha opinião nos comentários e seja feliz discordando de alguém.

White Stripes

O Jack White é considerado por muitos um gênio. Sorte a minha que eu não sou como muitos. Sério, tirando as músicas mal tocadas (Ao vivo, eles só não são piores que o Nirvana) e a simplicidade das composições não tem nada aqui de tão genial assim: Quem conhece as versões originais das músicas do Led Zepelin vai abrir um sorriso imenso agora.

Weezer

Tá, falar mal do Weezer está na moda. Até os “fãs” deles fizeram um site pra arrecadar grana pra eles pararem de gravar discos ruins e de arruinar a própria reputação. O primeiro disco podia ter sido bem melhor, é verdade, só não foi por causa de três músicas constrangedoras: Buddy Holly (Tão ruim que nem a versão em português da Bidê ou Balde conseguiu estragar), Undone – The Sweater Song (Essa acho que nem deus salva) e Holiday (Dessa merda que saíram todas as músicas do Loser Manos Los Hermanos antes deles resolverem ser os filhos do Chico Buarque). Pinkerton é bem melhor e se tivessem ido por esse outro caminho… Mas o geek Rivers Cuomo preferiu terminar a faculdade. Devia ter ficado por lá. Assim como o Nine Inch Nails, o Weezer parece deslocado no tempo. Se estivessem em 1998 ou 1999, talvez fosse a grande banda que os fãs acham que é. E eles (Os fãs) também não evoluiram em nada.

Placebo

O vocalista Brian Molko trouxe o glam de volta no final dos anos 90, mas depois disso, se acomodou demais. A banda tinha uma pegada incrível e foi se acalmando até perder suas características. Felizmente, o culto a banda desapareceu depois que eles fizeram uma turnê no Brasil. De resto, ficaram aquelas impressões: SERÁ QUE ELE É muito veado?

Pavement

O Pavement é outra dessas bandas cujo culto é bem maior do que a real importância. É certo que o Pavement acumulou boas músicas (Cut Your Hair, Stereo, Shady Lane, Range Life) mas todas elas parecem ser bolas na trave, faltou um “quê” (Ou um glom glom glom) a mais. A maior parte do que o Pavement fez nos anos 1990 foi feito pelo The Fall desde que este surgiu, por volta de 1976. Rock lo-fi e mal-tocado de propósito (Mark E. Smith, líder do The Fall, exigia que seus recrutas não soubessem tocar e, quando estes aprendiam, eram sumariamente expulsos da banda). Se você sabe do eu estou falando adivinhou qual será a próxima da lista.

Sonic Youth

O quarteto de Nova York pode ter feito história e ser considerado por muitos uma das maiores bandas de todos os tempos, mas pra mim é quase um lixo. É muita dissonância e pouco conteúdo. Muita letra feita de qualquer jeito (“Eu faço um glom glom glom na minha guitarra, você faz blom blom blom na sua e ela canta qualquer merda, ok? BORA!”). A maior contribuição do Sonic foi mostrar ao mundo que não se afina uma guitarra apenas em MÍ ou em RÉ. Tirando isso, é música pra ser ignorada. No bom e no mal sentido.

Blur

Os ex-queridinhos da Inglaterra. Damon Albarn, Dave Rowntree, Graham Coxon e Alex James quase, mas quase mesmo chegaram lá. Emplacaram Girls and Boys, There’s no Other Way, Song 2 e Beetlebum. Tinham talento musical necessário e sabiam experimentar, mas não tinham atitude. Liam e Noel Gallagher do Oasis foram os garotos maus do pop inglês, Brett Anderson do Suede era o tarado, Jarvis Cocker era o cronista social e o Damon Albarn? Era o cara legal que fazia os “nanananananananana” cretinos de Charmless Man. É foda, mas quando alguém diz que algo que eu fiz foi legal, eu entendo “medíocre”.

Coldplay

Maiores bundões do rock. Acho que um simples abraço teria impedido essa atitude “olha como eu sou fofo” que a banda toda cultiva. A culpa do Coldplay ser tão chorão é do Chris Martin, que ouviu demais Smiths ao invés de Kiss. Se o Blur não tinha atitude, aqui o problema é ser bom moço demais. Se um dia a minha filha quisesse ir num show de rock, eu talvez não deixaria. Mas se fosse um show do Coldplay, tudo bem. O que poderia acontecer num show do Coldplay?

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