Animais e relacionados

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 01 de dezembro de 2008

Não irei contar aqui da vez que um cachorro comeu algum livro meu, até porque isso não existe, não existe nenhuma história minha em que animais e livros apareçam juntos. Bom, pelo menos não até agora. E eu nem tenho cachorro. O que vou falar aqui é sobre a participação de animais no mundo da literatura. Porque vocês sabem, depois daquela noticia da planta que tem um blog, de ver os elefantes pintando quadros e todas essas babaquices relacionadas a animais que do nada se tornam artistas, só me faltava essa de eles resolverem escrever livros. Ainda não chegou essa hora, mas acredito que ela deva estar próxima, dado o número de títulos em que animais têm um grande papel na história.
Isso não é algo recente, pelo que pude perceber. O livro em questão que estou falando aqui é o Marley e eu, mas ainda não chegou a hora de falar dele, talvez só mais tarde, por enquanto, vou me ater a um autor meio antigo, conhecido de alguns de vocês, eu presumo. Seu nome é Jack London, autor de diversos livros que tem como protagonistas alguns animais. O que leva o título de O Chamado da Floresta tem a história de Buck, um cachorro doméstico e sua jornada para se transformar em um lobo. Falando assim, a história parece ser um lixo, mas temos que ver quem é que a escreveu, no final das contas. Essa foi uma das primeiras histórias que li que animais tinham o papel principal. O mais perto que eu tinha chegado disso acredito que foi em algumas das histórias nonsense que eu lia no colégio, aquelas que os animais falavam e tudo o mais, coisas que eu desconsidero, até porque eu não me lembro de nenhuma nesse momento. Depois disso, resolvi dar uma olhada em quantos tipos de livros seguiam a mesma proposta, de ter animais assim tratados. Ao ver que Jack London também havia escrito Caninos Brancos e se saído bem em suas descrições, cheguei a muitos outros títulos que podem ou não ser considerados de importância nesse momento, mas eu não dou a mínima pra isso. O fato é que (agora sim, chegou a hora) ver que tudo isso está voltando a tona e se tornando um tipo de modinha literária está me deixando menos flexível na hora de escolher o que quero comprar.
Ao ver nas prateleiras aqueles livros cheios de fru-frus e viadagens, eu sempre fico a pensar se vale a pena levar ou não, que normalmente ganha. Aproveitando-me de poltronas que tem nas livrarias, me sentei com esse livro nas mãos e comecei a ler alguns trechos, mas logo parei, nem cheguei a passar da introdução e deixei de lado aquele livro que tem um cachorro fofinho e bonitinho e todo cuti-cuti na capa.
Mas o mais louco disso tudo é que aquele público que quase nunca sabe o que está lendo e é atraído por uma capa bonitinha acha esse livro muito foda, legal por dimais da conta sô. Enquanto pesquisava sobre esse livro para falar dele aqui, cheguei a muitas opiniões diferentes, em sua maioria opiniões positivas. De negativas, só achei a daquelas pessoas que realmente chegaram ao centro da obra…
Putz, não dá pra terminar aquela frase, me recuso a fazer isso. Enfim, se a questão são animais, vamos começar a dar um jeito de adestrar leitores iniciantes, para que eles ao menos consigam saber escolher algo que realmente seja um diferencial para eles depois da leitura.

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