American Horror Story: Coven – Primeiras impressões

Televisão sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Já tive o deleite de assistir os dois primeiros episódios de American Horror Story: Coven. E só posso dizer que, meu deus, a humanidade precisa fazer mais seriados como esse. A season premiere, Bitchcraft, é um tapa na cara porque revela, sem frescuras, os plots principais, que darão o tom da trama. Vai muito além do clichê das bruxarias. Estou ansiosa pelo o que está por vir. Desde que não sejam aliens nazistas que comem criancinhas. Temos uma coleção bastante simpática, diversa e interessante de bruxas na Hogwarts de New Orleans. Taissa Farmiga, Emma Roberts, Gabourey Sidibe e Jamie Brewer estão ótimas, assim como suas respectivas personagens. O carisma, aliás, transborda das últimas duas. Esse texto tem alguns pequenos/médios spoilers, mas nada que comprometa as surpresas que te aguardam. Eu acho.

A história é centrada em Zoe (Taissa Farmiga) que, um belo dia, tá transando com o namorado em casa e o moleque começa a sangrar por todos os orifícios possíveis. Depois de provavelmente ter tomado um esporro da mãe por levar homem pra dentro de casa, a jovem descobre que tem uma doença genética, conhecida popularmente como bruxaria. Eu não sei até que ponto essas coisas são hereditárias, acho que perdi as aulas de genética na faculdade. Enfim, ela acaba sendo carregada pra escola de bruxas e conhece suas colegas: Madison (Emma Roberts), atriz famosa que tem o poder da telecinese, Nan (Jamie Brewer), que é clarividente e Queenie (Gabourey Sidibe), uma boneca de vudu humana. Lá ela é introduzida a sua mentora, Cordelia Foxx (Sarah Paulson). Seu objetivo é ensiná-las a usarem os poderes que possuem e, principalmente, protegerem umas as outras. Fiona (Jessica Lange) também terá papel fundamental na tutoria das garotas. Mas, nesse aspecto, sua participação ainda é tímida.

Além do drama de Zoe, conhecemos a maléfica, maldita e, estremeçam, baseada em fatos reais Delphine LaLaurie (Kathy Bates), que costumava se banhar com sangue de escravos na urgência de continuar bela e jovem. Coisa que, convenhamos, a Kathy Bates já não é faz tempo. Seus desejos fazem com que seu caminho se cruze com a também baseada em fatos reais Marie Laveau (Angela Bassett), proeminente feiticeira vudu de New Orleans.

Já o segundo episódio, Boy Parts, é mais contido no que diz respeito ao plot. Foca no futuro da bizarra história de amor de Zoe (Taissa Farmiga) e Kyle (Evan Peters), na profundidade da relação entre Fiona (Jessica Lange) e Cordelia (Sarah Paulson), mãe e filha que não se dão muito bem, além de começar a explorar o relacionamento de Fiona com as duas mulheres mais demoniacas do pedaço: LaLaurie e Laveau. Como são três mulheres de caráter duvidoso e gênio forte, ou elas vão se transformar em BFFs ou vão se matar. Independente do que acontecer, vou curtir. É uma win-win situation. Outra personagem que arrebatará corações é Misty Day (Lily Rabe). Algo doce, algo estranha e fã de Fleetwood Mac, criará laços com Zoe graças ao seu poder.

Jessica Lange reina absoluta como a fascinante Fiona. No entanto, apenas entre as bruxas. Deve rolar uma batalha sangrenta de egos por trás das câmeras, porque é dificil decidir quem está chutando mais bundas. Kathy Bates veio com tudo. Nunca participou do seriado, mas já é parte vital e torço para que nunca mais saia. Ela obviamente sabe interpretar pessoas más, porém está especialmente impecável como Delphine LaLaurie. Digo o mesmo para Angela Bassett, que está literalmente arregaçando como Marie Laveau. Talvez a parte mais foda de American Horror Story seja a qualidade do elenco. Não dá pra apontar alguém que seja ruim. E uma vez que trabalham juntos, parecem extrair o melhor de sí. E do outro. E do roteiro. Isso é fantástico! Complicado vai ser escolher alguém para indicar como Melhor Atriz Coadjuvante para o Emmy. Porque o prêmio de melhor protagonista, com certeza, Jessica Lange já ganhou.

 “RESPECT MY AUTHORITAH!”

Para quem odiou a temporada passada, até agora Coven parece mais pé no chão e consistente. Para quem é medroso, os dois primeiros episódios não foram assustadores, apesar dos elementos bizarros que esperamos encontrar em uma série com essa proposta. Contam a história das bruxas sob a perspectiva delas e não dos outros. E para elas, o que fazem e o que são, não passa de algo extremamente normal e corriqueiro. Acho que, dessa vez, Ryan Murphy e Brad Falchuk vão conseguir agradar outros tipos de público sem perder a qualidade. Agora só falo de American Horror Story na season finale, tá amiguinhos?

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