A panacota é a mensagem

Cinema, Televisão quarta-feira, 01 de abril de 2020

Voltando ao resumo das coisas que assisti na última semana (não que alguém se importe), estou realmente feliz que tenha saído, mesmo que involuntariamente, das mesmices de colantes, alienígenas e monstros e tenha assistido algo que, se não fosse pela quarentena, nunca veria, ou pelo menos enrolaria bastante pra ver. Não tô dizendo que a quarentena é uma coisa boa, mas como bem estamos tentando dizer aqui, você pode aproveitar esse tempo pra fugir da rotina enquanto não morre. Que?

Quero começar falando de A Vida e a História de Madam C.J. Walker, minissérie de 4 episódios da Netflix, ambientada entre 1916 e 1919, que mostra a trajetória de Sarah Breedlove, mulher negra com problemas capilares, uma filha pra criar e abandonada pelo marido, que, após sofrer muitas humilhações, larga seu trabalho como lavadeira, cria seu próprio produto de cabelo para mulheres negras e peita todo o machismo e racismo da época, tornando-se Madam C. J. Walker, a primeira mulher negra milionária nos Estados Unidos da América. Entre os grandes nomes do elenco estão Octavia Spencer como Madam C. J. Walker, Tiffany Haddish como Lelia, filha e herdeira de Madam C. J. Walker e Garret Morris como Cleophus.

Antes de ir pra grande porrada que levei na última semana, gostaria de falar um pouco sobre The Rookie, série policial estrelada por Nathan Fillion, que conta a história de John Nolan, um homem de 45 anos que tem uma crise de meia idade (Ou não) após seu divórcio e decide entrar pro departamento de polícia depois que impede um assalto à banco com seu papo furado. A série trata justamente do problema que é para o departamento de polícia ter um novato (AKA Rookie) de 45 anos, que já viveu o bastante, tem seus princípios e não tá disposto a baixar a cabeça pra qualquer um. É mais uma das famigeradas dramédias tão popularizadas pela Netflix, mas tem o Nathan Fillion e se tem o Nathan Fillion eu quero assistir.

Ok, agora eu preciso falar sobre O Poço. Não sei o quanto vocês usam o Twitter, mas na última semana o filme deu uma viralizada na rede. Relutante contra tudo que é modinha como o bom hipster que sou, enrolei mais um tempo, mas em meio à falta do que fazer na quarentena, decidi assistir o tão falado filme e PUTAQUEMEPARIU, que filme do caralhamente perfeito pra situação que estamos passando. Além de ser uma puta crítica social foda, como diriam os jovens, o filme ainda dá umas esbofeteadas nos religiosos, atacando diretamente o grande rolê do retorno de Jesus. O bolo pode até ser uma mentira, mas a panacota é a mensagem e a mensagem já tá aí, então pau no seu olho!

Enfim, saiam daqui e vão assistir O Poço antes que vocês morram sem conhecer essa maravilha. E nunca digam que eu nunca fiz algo por vocês.

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