A dificuldade de se ler quadrinhos no Brasil

HQs sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ser leitor de quadrinhos no Brasil sempre foi de certa forma problemática. Além de muitos dos títulos não terem sido publicados em nosso país, também tínhamos alguns problemas como alterações da história e cortes, o que acabava deixando as histórias as vezes sem pé nem cabeça.

Esse problema passou a ser maior quando surgiram os mega eventos como Crise Nas Infinitas Terras ou Guerra Secretas, já que haviam personagens novos, e também personagens antigos, mas nunca mencionados em terras brasileiras.

E nem falo isso por causa dos cortes e/ou modificações, mas sim por que tais eventos acabam englobando títulos e mais títulos, dos quais muitos não chegam ao Brasil. Para usar exemplos mais recentes, tivemos Guerra Civil na Marvel, que englobou mais de 100 revistas nos EUA. Já na DC, Crise Infinita chegou a passar de 200 edições envolvidas e muitos dos títulos envolvidos não deram as caras aqui.

Até mesmo eventos menores acabam não chegando ao Brasil por inteiro, como foi o caso da guerra entre os Lanternas Verdes e a Tropa Sinestro, traduzido como Guerra dos Anéis pela Panini, e que envolveu os títulos Lanterna Verde (Green Lantern) e Tropa dos Lanternas Verdes (Green Lantern Corps). A guerra foi considerada a segunda parte da trilogia que está redefinindo a mitologia dos Lanternas Verdes nos quadrinhos – a primeira foi Renascimento e a última parte é A Noite Mais Densa – e teve 19 edições ligadas ao evento, porém no Brasil tivemos duas dessas edições praticamente suprimidas.

Inclusive, uma delas era uma edição Arquivos Secretos e Origens, que trazia a descrição de um punhado de lanternas, tanto verdes quanto amarelos. A história desta revista, que foi um epílogo para a Guerra Sinestro, chegou até a ser publicada pela Panini, mas na Wizmania, mas quem não acompanhava a revista nem ficou sabendo.

 Pois é, tinha “fichas” de mais de 200 lanternas.

Já outra revista que fez parte desse evento foi a edição 20 da série do Besouro Azul (Jaime Reyes), que nenhum número foi publicado aqui, e no caso desse evento da Guerra dos Anéis, nem sequer foi citada em lugar algum.

 Essa só importando ou por meios “alternativos”

Enfim, o jeito é torcer para que a publicação de quadrinhos continue melhorando, já podemos pelo menos considerar uma vitória não termos mais as histórias mutiladas ou alteradas para se adequar “a cronologia brasileira”, mas ainda assim continuaremos com eventos incompletos ou nos deparando com heróis quase ou totalmente desconhecidos.

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