Clássicos de Natal

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ah, essa época de natal, ô época mais… maldita. Não assisto TV, logo, os programas especiais de fim de ano, como o Roberto Carlos, ou o Gugu vestido de papai noel dando brinquedos, é uma coisa que eu já fico feliz de não ver. Mas minha tarefa não é falar sobre programas de TV, isso é chato e meus conhecimentos sobre isso não vão muito longe. O que venho falar aqui pra vocês hoje é sobre aquelas histórias de natal que todo mundo já cansou de ver por aí+bônus: situações desagradáveis que só o natal pode oferecer.
Pra começar, vamos a um clássico. Essa história dos três reis magos indo entregar ouro, incenso e mirra pra um guri no meio do deserto/caverna/sejaláondefor. Depois de mais de DOIS MIL ANOS essa história nem tem previsão de mudar, que coisa… mas quem liga? No fim de tudo, nem tem como provar nada disso e é essa a história que faz com que todo mundo fique feliz e saltitante nessa época. Mas sempre tem outro motivo, o que veremos a seguir.

As histórias que falam sobre o Seu Nicolau, mais conhecido como o véio Noel, também já estão começando a encher. Qual será a versão oficial? A única coisa que me lembro de quando contam isso de Noel, é apenas uma piada besta, curta e sem graça, que por falta de ter como reclamar disso, vou colocar aqui. Tá lá Deus no seu trono, quando os santos começam a se aproximar e ele fala:
-João, beije a minha mão; José, beije meu pé; EI! Nicolau, por que foges?
huahauhauhauhauhauhauahua.
Tá, sem graça, eu sei.
Mas, continuando, de todos esses clássicos de natal, acho que o mais… gasto de todos é aquele de Dickens, o Um conto de natal. A história todo mundo já deve ter assistido por aí, porque essa bagaça já foi adaptada por tudo que é coisa, acho que até o Didi fez uma versão para isso naquele programa cretino dele. Por essa história ter sido tão usada em outras mídias, quando chega a hora de lerem o conto na íntegra, a maioria mal consegue terminar. É o caso de alguns conhecidos meus, mas deixa pra lá.
E agora, só pra finalizar, vamos a alguma história cretina de natal, até porque todo mundo tem uma pra contar. Como aqui o tema é livros, vamos a uma que tem a participação de um, mesmo que seja de maneira tímida e praticamente escondida.
Já devem ter passado por uma loja da rede livrarias (Catarinense, Porto ou Curitiba, tanto faz) e visto que lá tem uma promoção meio ridícula. Pelo menos para mim ela parece isso. A cada 250 reais em compras, você é agraciado com um livro único, personalizado, feito só pra você. Sei lá como diabos isso deve funcionar, mas o caso é que esse livro todo fodão e personalizado é escrito por Paulo Coelho. Ele é um autor que eu diria odiar, mas todo mundo já faz isso, então, um a mais não faz diferença. Nessas, essa semana quando fui lá e vi isso, tinha uma fila enorme para cada um pegar seus livros únicos e personalizados. Eu cheguei a ver alguns olhinhos brilhando de tanta felicidade, mas o fato que achei mais engraçado de todos foi o de uma senhora de idade, com uma sacola de livros indo lá para conseguir seu livro especial. Como disse, DUZENTOS E CINQUENTA dinheiros eram necessários para ter direito a bagaça, e só porque a véia tinha feito uma compra de 247,80, não deixaram ela fazer seu pedido. Foi muito engraçado ver ela tentando convencer a atendente a trocar o livro. Se bem que eu achei a moça que estava atendendo ela bem filha da puta, mas justa. Por fim, tudo foi resolvido com a vinda do gerente e a frase mais idiota de todas, pronunciada pela velha: “Você sabe quem eu sou?”
Fico por aqui e fiquem longe de vinho ruim e cidra barata, pelo menos no natal. No ano novo, encham a cara.

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