O Vingador do Futuro (Total Recall)

Bogart é TANGA! quinta-feira, 16 de agosto de 2012

 2084. Douglas Quaid (Arnold Schwarzenegger) é um construtor e tem pesadelos recorrentes envolvendo uma viagem a Marte. Ele vai até a Rekall Inc., uma empresa que realiza implantes de memória que dão a sensação aos clientes de terem um final de semana dos sonhos. A intenção de Douglas é que seja implantada a memória de uma viagem a Marte, mas durante o processo algo sai errado. Ele perde a memória e passa a ser perseguido por assassinos, entre eles sua esposa Lori (Sharon Stone). Desorientado, Douglas descobre que na verdade chama-se Hauser e que é um agente da inteligência marciana. Em busca de respostas, ele viaja para Marte.

Quem não conhece esse clássico do sotaque austríaco do Schwarzenegger e seus gritos bizonhos, ou da puta interespacial com três peitos, ou da cena crássica que os olhos tão esbugalhados e quase estourando? Se você nasceu na década de 80 ou 90, deve se lembrar desses fatores. Mas você realmente lembra de tudo? VOCÊ SE LEMBRA?

Tá, esse trocadilho sobre lembrar ficou horrendo, mas a questão do filme é mais ou menos essa: O que você lembra é real, não é, custou caro, três por um real? Eu não sei se sou eu quem anda meditando muito acerca de existencialismo e tal, ou se o filme realmente trata da noção de realidade. A realidade é real ou apenas fruto de manipulação externa? Você tá sonhando, tendo um delírio, ou essa é a sua realidade? Não há como saber, então o negócio é aproveitar.

E foi isso que Douglas Quaid fez: Aproveitou os usos de química cerebral e manipulação de lembranças pra montar todo o seu esquema. Quer dizer, quem fez foi o Houser, mas dá na mesma: Ambos são o Schwarzenegger [Tou escrevendo sem copiar já]. O esquema do Houser falhou, mas o nosso amigo Doug teve o que queria: Um significado pra vida. Que acabou ao fim dos 113 minutos, mas cada um com o seu objetivo, né não?

 Se bem que eu preferia a Sharon, hein?

Mas vamos ao que interessa. Basicamente, o filme trata de um fudido na vida que na verdade descobre ser um espião fodão, sonho de nove entre dez moleques [O outro sonha em dançar no balé Bolshoi]. O problema é que ele é, na verdade, um agente duplo, dos mais cuzões. Daquele que cê tem vontade de enfiar um saca-rolha no olho do bastardo só pra ver sangrar. E o filme tem vinte e dois anos, vai chorar de spoiler pra puta que te pariu.

 “Deixa eu fazer umas flexões aqui…”

Pois bem, o filme pode não ser o mais famoso do Stallone Schwarzenegger, mas com certeza definiu muitos clichês no gênero por anos a fio. Mesmo porque, essa porcaria acabou meio que gerando um gênero próprio. Ou a ficção científica trash já existia e eu não tou sabendo?

 Inspiração pra galera do MIB.

Sério, a interpretação do Scharza [Cansei] é rizível, alguns acontecimentos são ridículos [Como a criação quase que instantânea de uma atmosfera, sendo que Marte nem tem mais uma porra de um campo magnético], mas mesmo assim o filme é um crássico. Se você não viu, não sabe o que tá perdendo. Ainda mais que esse remake que fizeram não tem muita coisa a ver não.

O Vingador do Futuro

Total Recall (113 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 1990
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro:Ronald Shusett, Dan O’Bannon, Jon Povill e Gary Goldman, baseados no conto de Philip K. Dick
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Rachel Ticotin, Sharon Stone, Michael Ironside, Ronny Cox

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