Você sabe por que velho não joga? Parte 2 – O percurso do jogador médio.

Games quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Vejamos agora qual é o caminho percorrido na maior parte das vezes por este jogador
médio de vídeo-games, de quase 30 anos.

Antes de falar mal dos jogadores que pararam no tempo, gostaria de deixar claro que sou fã do Atari. Meus amigos tinham Atari, eu tinha um VG9000 da falecida CCE, compatível com Atari, além de mais barato. De vez em quando ainda jogo H.E.R.O. e Seaquest em emuladores. Quando acho companhia, jogo o “bom e velho” Tênis e o incrivelmente-emocionante-para-um-jogo-tão-velho Faroeste.

Joguei muito desde os 6 anos de idade. Só parei de jogar Atari quando o Nintendo 8 bits surgiu. Nintendo original no Brasil era raridade. Eu jogava Dynavision e Supercharger. Estes eram imensamente superiores ao Nintendo, pois o Supercharger já vinha com controle turbo para os dois botões além de ambos aceitarem jogos americanos e japoneses sem crise na hora de encaixar o cartucho. Não joguei muito Master System; ele era caro, tinha menos jogos do que o Nintendo e meu primo (único amigo com Master System que eu conhecia) regulava e não deixava ninguém jogar muito.

Minha fase 8 bits durou pouco. A fase 16 bits durou muito. Diariamente jogava Super Nintendo ou Mega Drive (o Genesis do Brasil). Jogava mais Super Nintendo, porque achava mais interessante. E também porque eu era muito fã de Street Fighter, e não dá pra jogar Street Fighter direito com os três botões A, B e C do Mega Drive (o que você estava pensando SEGA?).

O próximo console foi o Playstation, que entrou na minha vida relativamente tarde, apenas em 1999. Me apaixonei definitivamente pelo console depois de jogar Final Fantasy Tactics e Gran Turismo. O estabelecimento definitivo do CD como substituto do cartucho permitiu o acesso a uma quantidade de jogos que antes era inimaginável pra mim.
Apenas como uma nota de complemento, também possuí um Dreamcast. ótima plataforma, muito subestimada e lançada pela SEGA com um péssimo timing. O Dreamcast me proporcionou a possibilidade de jogar pela primeira vez jogos online, coisa na qual eu não era muito chegado até então. Não tive acesso ao Nintendo 64 a não ser muito mais tarde, através de emuladores.

Mais recentemente, em 2005, pude finalmente migrar para o Playstation 2, no qual estou confortavelmente estabelecido. Não tenho acesso regular ao GameCube e nem ao X-Box, por questões financeiras, e talvez por já não ter tantos amigos que jogam vídeo-game.

Em 2006 comprei meu Playstation Portable, e em 2007 o Nintendo DS. Em toda sua história, o mercado nunca teve dois portáteis tão poderosos e divertidos. Sem falar que nada se compara á liberdade de poder jogar GTA sentado na privada do banheiro, enquanto você faz número dois.

Banheiro e vídeo-games: nascidos um para o outro.

Finalmente, também sou jogador de jogos de computador, desde os jurássicos Aleste e Goonies, do MSX, até os jogos atuais como Civilization IV do PC.

A nova geração de consoles promete, mas Sony, Microsoft e Nintendo vão ter que rebolar pra me convencer de que as novas plataformas são realmente superiores ao Playstation 2. Por causa desse grande histórico de diferentes consoles e jogos, todo jogador velho e calejado se torna naturalmente desconfiado com qualquer oferta nova de vídeo-game.

No próximo post, passaremos a avaliar a evolução propriamente dita dos consoles e jogos, para entender como as mudanças afetam a jogabilidade e diversão.

 

No próximo post: Orra, mas pra que tanto botão?

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