Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2028

Games quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Esse post faz parte de uma série em 6 partes. Veja o primeiro post aqui.

Previsões para 2028

Mais alguns anos á frente e o próprio conceito de “vídeo-game” vai deixar de existir. Se a coisa toda se tornou uma simulação tão real, é óbvio que já deixou de ser um jogo. O mesmo sistema eletrônico envolvendo os eletrodos e os projetores de imagens evidentemente vai ser utilizado para várias outras funções além do entretenimento. Com um hardware desses (o termo exato nesse caso é wetware, um hardware que se mesclou com a interface orgânica humana) é possível operar equipamentos pesados á distância, participar de reuniões virtuais (que serão reais?) e seu urologista vai poder fazer o seu exame de próstata enquanto você estiver dormindo, com um horário pré-agendado. Você apenas vai acordar com uma leve dor na parte posterior, ou um sorriso no rosto. A sua reação depende de se os metrossexuais já terão dominado ou não o mundo daqui a 20 anos. Não deixe isso acontecer.

Aos poucos vamos poder abrir mão da parafernália que queima nossos olhos e cérebro.

Se a parada dos eletrodos der certo, é bem provável que a tecnologia de scanning do cérebro continue se desenvolvendo, e estaremos a um passo de conseguir a criação de imagens através de informação enviada diretamente para o córtex, sem precisar de uma projeção na retina. Isso seria ainda mais econômico do que o projetor, porque você não precisa nem de luz para provocar a imagem, basta enviar os sinais elétricos na configuração correta para as partes específicas responsáveis pelo processamento visual. Você também vai ter os softwares ocupando muito menos espaço, já que não precisa armazenar os vídeos do “jogo” em formato .avi, por exemplo; você vai mandar apenas uma série de impulsos elétricos que vão gerar aquele filminho diretamente no cérebro; mais ou menos como o telefone transforma eletricidade em voz. Ou você achava que a voz passava pelo fio do telefone até chegar do outro lado?

Aqui a coisa começa a sair de controle. Tentem me acompanhar.

Imagine agora que o mesmo wetware que manda os impulsos geradores de filminhos consegue também ativar os seus centros de memória. É fácil ativar os centros de memória, eles fazem isso como teste em cirurgias do cérebro; só precisa de uma descarga elétrica em um ponto específico para que o paciente escute e veja coisas que não existem na sala de cirurgia, que estão sendo resgatadas da memória. Cara, você vai conseguir colocar a sua professora de português da 4a série como o chefe final de DOOM! Você vai poder personalizar totalmente o seu jogo, se é que isso ainda vai se chamar jogo.

Quando eu puder personalizar meu jogos, eu serei o Chuck Norris em um Guitar Hero ambientado no Vietnã. Mal posso esperar.

Parece piração demais? Então lembrem do Second Life, que já existe hoje em dia fazendo um sucesso desgraçado, embora eu não entenda o porquê: no SL uma das maiores atividades dos usuários (que inclusive gera comércio com dinheiro de verdade) é ficar criando objetos do mundo real, para colocá-los dentro do jogo e poder viver a vida ideal lá dentro. Você compra um jet-ski que foi criado por alguém e pode andar de jet-ski na porra do mundo virtual.

Second Life e seu poder de realização de sonhos bizarros.

Agora imagine um sistema que acessa suas memórias e vai substituindo paredes, chão, mesas, ambientes e personagens pré-definidos do jogo por tudo aquilo que você já tem armazenado no seu cérebro. Isso não é mais um jogo, isso virou um remake da sua vida. Você vai poder carregar o pacote de expansão “férias em Plutão” e levar a família toda pra passear. Você vai poder dar um load em “World of Warcraft XXX” e vai fazer sexo com ELFAS, cara! Não quero nem pensar nos novos fetiches e modalidades de sexo que vão aparecer.

Sexo tradicional é uma coisa tão careta. O pessoal do Second Life é que sabe se divertir.

A seguir: Previsões para 2033.

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