Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2013

Games domingo, 14 de outubro de 2007

Esse post faz parte de uma série em 6 partes. Veja o primeiro post aqui.

Previsões para 2013

Falta pouco para se enfiar um World of Warcraf em um console portátil.

Quando estivermos entrando na próxima década, é bastante provável que se consiga introduzir o poder de processamento de um PS3 ou de um Xbox360 em um console portátil. Hoje em dia o melhor que temos é um PS2 enfiado em um Playstation Portable, o que já é bastante impressionante, se você pensar bem (lembre-se de que em 2001 o PS2 tinha quase o tamanho do PS3 atual). Mas com algo como um PS3 portátil, nós poderemos jogar coisas como o Spore em qualquer lugar, como durante a aula na faculdade ou o meu preferido: jogar enquanto larga um barro.

100% de aproveitamento de um tempo que poderia ser perdido.

A combinação desse poder de processamento com o avanço das tecnologias wireless de transmissão de dados vai permitir que você jogue World of Warcraft enquanto espera na fila do banco, por exemplo. É só uma questão de tempo para que o acesso wireless esteja amplamente disponível, com transmissão de dados em alta velocidade. Hoje em dia já temos internet wireless gratuita em alguns shoppings, hotéis, aeroportos e apartamentos com vizinhos que não criptografam suas conexões.

A ampla oferta de acesso á Web vai fazer com que os distribuidores de jogos prefiram disponibilizar os downloads de seus jogos, ao invés de passar pela encheção de saco de gravar um dvd, botar em uma caixinha e ter que distribuir isso pelas lojas do mundo inteiro. É muito mais simples cobrar uma taxa do usuário para que ele simplesmente baixe o jogo e instale na máquina. O custo final do produto fica menor, o que deve refletir também em um corte nos preços dos jogos.

O advento dos hard disks nos consoles também deve fazer com que essa tendência atinja os gamers ainda na geração Xbox360 e PS3. Isso já acontece com alguns jogos como GranTurismo HD, que foi lançado apenas como um download disponível para os donos de PS3. Bastava entrar na rede, baixar e jogar.

Ok, foi um demo de GT5, mas você entendeu a idéia.

Creio que existe uma tendência de expansão nesse procedimento, já que muitos gamers, principalmente no Brasil, já estão acostumados com os jogos piratas, sem caixinha, manual, etc. E mesmo no Brasil, onde a pirataria impera, existem muitos assinantes de MMO’s (jogos online), que pagam caro para jogar. Me parece uma idéia mais interessante do que comprar o jogo, porque você só paga enquanto quer jogar. Ou enquanto acha que a sua diversão vale dinheiro. Cansou? Quer jogar outra coisa? Baixa outro jogo e paga por outro serviço temporário. Nada de ficar com jogos encostados que você já terminou e não tem mais motivo pra jogar.

Depois de um tempo, onde você enfia tanto jogo?

Outra enorme vantagem desse sistema é que você não está comprando um produto acabado; como existe uma comunidade de muitos jogadores pagando mensalmente pelo jogo, ele pode estar em constante expansão. O desenvolvedor tem grana para manter uma equipe que continue criando cenários, quests, personagens e itens que não existiam quando você assinou o serviço, o que mantém o jogo sempre “novo” em algum sentido. E, o melhor, atendendo ás demandas dos jogadores, que sempre terão as melhores idéias de como o jogo pode se tornar ainda mais divertido.

Serão mudanças importantes para a cena gamer, já que mudam radicalmente o conhecido processo de comprar um console e depois montar um enorme biblioteca de jogos, que acabam virando relíquias ou lixo mesmo. O processo todo deve ficar mais dinâmico, atendendo mais prontamente aos desejos dos jogadores. Ao mesmo tempo, deve diminuir a oferta de de jogos caça-níquel como… bom, como todos os da EA por exemplo, que lança o mesmo jogo todo ano. Ao invés de comprar o Fifa 05, 06, 07 e 08, você “assina” só um deles e vai fazendo os upgrades subseqüentes, com novos campos, novos jogadores, novos passes e dribles, etc.

Creio que as coisas tendem a mudar muito e melhorar em um futuro bastante próximo.

A seguir: Previsões para 2018.

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