Top 3 Autores – Alan Moore

Nona Arte quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Poucas figuras, no mundo dos quadrinhos, são tão incomuns quanto Alan Moore. Anarquista; mago auto-entitulado; adorador de Glycon (um obscuro deus-serpente romano); morador de uma casa que, segundo as palavras de um jornalista que o visitou, “apenas o banheiro […] é tolerável; o resto da casa possivelmente nunca viu um aspirador de pó”; compartilhou uma amante com a primeira esposa e, depois de ser largado pelas duas (que, sim, foram viver juntas), casou-se com Melinda Gebbie, companheira de trabalho. E, notem vocês, isso não resume todas as excentricidades de Moore. Essa listinha cita somente aquilo que é conhecido do público.

Com um perfil desses, sabendo que ele é um escritor, o que um passante desinformado pensaria? “Ah, provavelmente algum maluco que passa o dia dormindo e a noite olhando pra o céu, procurando homenzinhos verdes de Marte. Pelo jeito, deve escrever aqueles livros vagabundos com títulos como “Eles estão entre nós”, que serão comprados por outros malucos.”. E, bom, com uma certa ressalva na parte do “maluco”, eles estão completamente errados.

Moore se encaixaria mais no perfil do “gênio incompreendido”. Ele tem suas excentricidades? Claro que tem, ele é humano, diabos! Assim como ele, eu tenho meus gostos estranhos, assim como você, seus parentes e a mulher que vende pipoca na saída da escola. A diferença é: ele tem exposição na mídia, nós não. Quem, além de um gênio, criaria obras tais como V de Vingança, A Liga Extraordinária, Watchmen e Promethea?

Exato, ninguém.

A obra de Moore, além de ser bem escrita, tem uma virtude basilar por trás dela: pesquisa. E não qualquer coisa, como aquele seminário da universidade, que você fez copiando e colando da Wikipédia. É PESQUISA PESADA, CARA! Mesmo nas obras puramente ficcionais (ou seja, aquelas que não retratam acontecimentos históricos ou realidades alternativas, como Do Inferno e Watchmen, respectivamente), Moore pesquisa loucamente para tornar o roteiro da história verossímil e mais facilmente compreensível para nós, meros mortais (E, talvez, isso explique a bagunça em que a casa dele vive, mas divago).

E agora? Espere pela próxima parte desse Top-mais-ou-menos 4, onde discorrerei sobre um dos melhores personagens de Moore… achou que eu ia falar, não foi? PEGADINHA DO MALANDRO, RÁ!

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