The Walking Dead está morta, mas ainda caminha

Televisão quarta-feira, 20 de junho de 2018

The Walking Dead já fez muita merda, mas matar o Carl definitivamente foi a pior de todas. E parece que a ideia não desagradou só os fãs chatos da série, já que Andrew Lincoln anunciou que deixará Pelouki Déd após a 9° temporada por motivos de não faz mais sentido o Rick lutar por um mundo melhor se desde o começo da série ele tava fazendo isso pelo filho. E se isso já não fosse ruim o suficiente, os rumores de que Daryl será o novo protagonista fez com que até mesmo os fãs mais hardcore da série desistissem de defende-la. Muitos acreditam que não há vida, ou sobrevida, para a série após a saída do xerife e a melhor decisão seria mesmo o encerramento da mesma. E sim, já faz um tempo que Pelouki Déd vem cometendo erro atrás de erro, mas existe sim um caminho que a série pode trilhar após a saída de Lincoln. E é um caminho que está bem na frente de todos.

Antes de mais nada eu preciso dizer que o excesso de protagonismo de Rick sempre foi o maior erro de The Walking Dead. Sim, eu sei que ele é o personagem principal, mas não é por isso que você precisa ignorar completamente os outros personagens da série. Glenn, Tyreese e Abraham são apenas alguns desses personagens mal aproveitados da série. Sem falar em Carol, Daryl e Michonne, que estão sem importância há um bom tempo. E apesar de isso ser um problema da série, os fãs tem bastante culpa nisso também.

Durante anos os fãs gritaram que se o Daryl morresse deixariam de assistir a série, mesmo com o Daryl não sendo porra nenhuma desde a quarta temporada. Além disso, episódios que tentavam tirar o foco de Rick e sua panelinha e exploravam outros personagens eram completamente massacrados pelos fãs, que queriam ver mais do mesmo. Acho que o episódio focado em Tara, onde ela encontra Oceanside é um dos melhores episódios da série justamente por sair do comum e finalmente nos mostrar que a ex cunhada do Governador era mais do que uma mina chata e arrependida. S2 Tara!

S2 Tara!

A partir do momento que The Walking Dead parou de ser focada em sobrevivência e passou a focar nas comunidades, na reconstrução da sociedade e em como Rick tornou-se, ou deveria ter se tornado, um político, a série precisava começar a focar em outros personagens “cumprindo missões” para que as comunidades prosperassem. Um grupo indo atrás de suprimentos, outro indo atrás de sobreviventes, um grupo de defesa, um grupo de reconhecimento, um grupo de limpeza… Enfim, grupos, grupos, grupos! Será que ninguém aprendeu nada com Game of Thrones?

Mas não adianta chorar sobre a merda esparramada, certo? Errado. Recentemente Fear The Walking Dead resolveu assumir que fez caquinha durante três anos e decidiu mudar tudo na 4° temporada. Durante todo o primeiro episódio vemos a formação de uma equipe maravilhosamente interessante com um monge, um cowboy e uma barda. Eu não sabia o que sentir, eu nem chorei, só fiquei tremendo. E olha que eu nunca fui fã do Morgan, mas conseguiram trabalhar melhor o personagem em um episódio do que em 50 de The Walking Dead. E justamente porque colocaram personagens interessantes ao redor dele. Confesso que a única parte ruim do episódio foi o final quando os protagonistas das temporadas anteriores apareceram, mas espero que FTWD continue fazendo esse ótimo trabalho e mate todos eles até o final da temporada.

Só faltam 3.

Talvez a saída de Rick seja o que The Walking Dead precisa pra se reinventar, mas o problema verdadeiro é saber quem do grupo está a altura do xerife pra substituí-lo. Maggie seria a escolha óbvia, mas até onde eu sei, Lauren Cohan também deixará a série na 9° temporada. Dar um final pra aqueles que não estão mais rendendo (Olá, Daryl) e apresentar novos e interessantes personagens mostrou-se eficaz com o spin-off que ninguém se importava, então, por que não com a série original? Tudo bem que tudo seria mais fácil se o Carl ainda tivesse vivo, mas vida que segue. Ou melhor, morto vivo que segue.

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