Teoria Relativizada das Músicas Sortidas Inconstantes

New Emo quinta-feira, 27 de maio de 2010

Nota do editor: Era pra esse texto ter sido publicado as nove da manhã. Mas deu pau, não foi pro ar e ninguém mexeu, por isso joguei ele pras sete da noite. Não que alguém realmente acompanhe os horários disso aqui.

Sabe aquela conversa de quase nada por tanto assunto? Pronto, será hoje. Mas não quer dizer que seja ruim, ué.

Tem dias que você chega em casa, cansadão, e não quer mais nada além de cama. No sentido de dormir, mesmo. Vai organizando as coisas, e tentando deixar um tempo livre. Então chega o danado do fim de semana, e, enquanto cê caça fotos de suecas algumas coisas pra se divertir, vai pensando em colocar umas músicas pra rolar. E tem vezes que seu estado de espírito está tão indefinido, que qualquer merda jogada no som tá valendo. Sim, isso foi inspirado na minha semana.

Claro que, não é também qualquer coisa que dá pra escutar. Peguei uns nomes sortidos na cabeça, fui lá numa rádio online, e selecionei músicas mais aleatórias ainda. Well, isso é tão perigoso quanto pegar garotas no modo random na boate.

 Isso quer dizer “aleatório”

O acesso à música é excelente pra isso. Se você escolhe um filme às cegas, e for uma merda, se fodeu cara, ou baixa outro volta pra locadora ou aguenta umas duas horas. Comprou um livro ruim? Se fodeu mais ainda, porque deve ter sido mais caro, manolo. Com a música, caso tu não tenha sido besta e comprado um CD, dá pra pular com alguns cliques.

Infelizmente, não tem segredo quando se resolve escutar coisas ao acaso. Tanto tu podes sintonizar a filarmônica de Zanzibar, os gemidos da vizinha, ou mesmo aquele rockão antigo do Mississippi. Mas se não estiver nem ae, não presta atenção e o som vai preencher o ambiente de qualquer jeito. Tipo aquela velha técnica da escola, quando se focaliza um ponto perdido na lousa e passa a aula inteira viajando. E o besta do professor pensando que cê tá prestando atenção às mitocôndrias dele.

Falando nisso, lembra de trilhas sonoras. Uma boa pedida é a soundtrack do game WWE Raw Vs Smackdown 2010, que, putaquemeupau, vicia.

Certo, voltando ao caso. A primeira coisa que me veio na cabeça, na barrinha de pesquisa da tal rádio online, foi Celso Blues Boy. Porra, tava tão empolgado, mas sinceramente, é um porcaria. E daí se ele toca guitarra bem, se foi um dos pioneiros aqui e blá blá blá. Blues não serve se não for o usamericano. Sabe por quê? Fica a mesma porcaria que, sei lá, um samba feito por japonês. Não tem aquele feeling, a mesma pegada, a entonação. Prefiro mil vezes B. B. King cantando das maravilhas do Grande Rio Mississippi, entre suas notas bem encaixadas, do que um brasileiro falando sobre o… Tietê? Amazonas? Não rola, simples.

E Celso Blues Boy nem parece tanto Blues. Tá mais pra uma música suja qualquer de um bar underground.

Mas eu posso estar errado. Afinal, só escutei um único álbum, ao vivo.

Depois passei pra aclamada por causa do Guitar Hero mesmo Lynyrd Skynyrd, essa dorga difícil de escrever e pronunciar mesmo. Nem o quatrocompartilhado deve ter sugestão pra isso, quando erra. Tanto faz, dizem que eles morreram faz tempo mesmo. Também, vai ter tanto Y assim na puta que pariu. Deve ter sofrido alguma atração das forças gravitacionais obscuras do The Who que puxou o avião deles pro chão. Porém, deixando essas coisas de lado, ambas as bandas são muito boas.

Mas eu posso estar errado. Afinal, só escutei alguns discos e nunca fui num show deles.

Por fim, saltei num Nickelback, juro que não sei por qual motivo. A banda, da demoníaca família KROEGER, parecia-me ser mais uns pop rock de adolescente, apesar daquele vocal chamar bastante atenção. Decidi arriscar, sorteei umas músicas no une-dune-tê e eis que o resultado me surpreendeu um pouco. Uns riffs mais pesados, sons empolgantes. Num era nada do que esperei, ainda bem.

Mas eu posso estar errado. Afinal, não prestei atenção nas letras e não os conheço pessoalmente.

Pra finalizar a arte de vagar, a Teoria Relativizada das Músicas Sortidas Inconstantes, formulada pelo grande coreano Ko’Mel Su Kul, prega que só é preciso sorte pra encontrar coisas boas desse jeito. É relativo, inconstante, ué.

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