X-Men Legends II: Rise of Apocalypse (PC)

Games segunda-feira, 17 de março de 2008 – 7 comentários

Desde Mutant Academy do ps1, tenho sonhado com um jogo estilo rpg de ação estrelado pelos mutantes mais famosos dos quadrinhos. Em 2004, meu sonho se realizou com X-Men Legends do ps2. Um ano depois, enquanto eu ainda limpava minha cueca das ejaculções provocadas pelo, saiu a continuação. Trazendo ainda mais coisas que seu antecessor e aprimorando outras, Rise of Apocalypse entrou na minha lista de jogos prediletos.

A trama do jogo mistura elementos de Uncanny X-Men e X-Men somados aos personagens de Ultimate X-Men. Quem não conhece as revistas pode ignorar esse fato. Tudo começa quando Apocalypse, o primeiro dos mutantes, sequestra Polaris e Quicksilver (o filho de Magneto), sob o pretexto de usá-los como fonte de energia para alimentar uma máquina que o deixará invencível. Os X-Men são então forçados a fazer uma aliança que seria impossível em qualquer outra circustância. Os pupilos de Xavier se unem á Irmandade de Mutantes, liderada pelo genocida EriK Magnus Lehnsherr, mais conhecido por Magneto.

Antes de qualquer coisa, eles invadem uma base militar e libertam o Professor Xavier, que se encontrava preso. Em seguida eles partem até Genosha, uma nação mutante liderada por Magnus, que no momento se encontrava dominada pelas forças de Apocalypse. Começa então a batalha, e o destino do mundo depende da vitória dos X-Men.

Só o fato de se poder jogar com Magneto e Deadpool no mesmo time faz este jogo valer a pena, mas como tenho que falar dele como um todo, aqui vai. Logo de começo, vemos uma animação arrasadora onde a aliança mostra aos militares porque os mutantes são o “Homo Superior”. Depois dela, Xavier é resgatado por Nightcrawler e o jogo começa. Esta primeira missão consiste em escapar da base militar, e serve apenas como um “practice” para os jogadores iniciais se familiarizarem com os comandos. Eu citaria os botões aqui, mas como são muitos falarei apenas das funções. Antes de qualquer coisa, saiba que o jogo é dividido em 5 atos. Ao final de cada ato, você enfrentará um cavaleiro de Apocalypse (peste, fome, guerra e morte), e no ato 5 o próprio Apocalypse.

Durante o jogo, você comandará uma equipe de quatro mutantes, sendo que só é possível controlar um por vez (a não ser que esteja jogando multiplayer). O resto será controlado pela AI, que pode e deve ser configurada. A equipe inicial é formada por Magneto, Cyclops, Storm e Wolverine. Assim que você chegar em Genosha você poderá trocar os personagens e montar a equipe que quiser. Os personagens selecionáveis são: Cyclops, Wolverine, Storm, Nightcrawler, Rogue, Gambit, Bishop, Iceman, Sunfire, Jean Grey, Colossus, Scarlet Witch, Toad, Juggernaut e Magneto. Temos também Professor X, Deadpool e Iron Man como personagens “secretos”. Se estiver jogando a versão para pc, ainda pode-se usar Sabretooth e Pyro (praticamente a mesma coisa de Wolverine e Sunfire). No psp eles colocaram Cable e Dark Phoenix, mas nunca joguei psp.

Leigos devem pensar logo de cara “orra meolw, mto façil, vou escolher wolverine, colossus, juggernaut e sabretooth, so os porradero rsrsrs sussa”. Este jogo é um RPG, o que significa que estratégia é recomendável. Como eu amo vocês e não quero vê-los se fodendo no jogo, digo logo que é preciso ter pelo menos um manipulador á distância/teleportador e um criador de pontes/voador. Em outras palavras, Magneto chuta bundas, pois dessas funções ele só não possui teleporte. Selecionados os personagens, você pode partir em busca de missões. Quando quiser trocar novamente a equipe, é só procurar por um X-Traction point, que também serve para salvar o jogo e se locomover entre pontos marcados no mapa. Dependendo da sua formação, bônus de atributo serão obtidos. Ex: Storm, Iceman, Sunfire, Magneto = Forces of Nature, bônus de energia para todos.

Minha atual equipe

Os personagens são customizáveis, desde o unforme usado até os atributos. Isso mesmo, você que irá montar seu personagem, limitado ao bom senso, claro. Cada vez que seu personagem passar de level, será recompensado com 4 pontos de atributo e 1 de poder, para ser distribuido como bem entender, sendo o atributo máximo 250 e o level máximo 99. São quatro os atributos:
-Body
Quanto maior for este atributo, maior será o seu hp e a quantidade de hp recuperado com itens de cura. Imprescindível para qualquer personagem corpo a corpo.
-Focus
Mesma coisa acima, só que para energia. Energia é gasta em troca do uso de poderes e define o dano de ataques não-físicos, o que faz do Focus um atributo importante.
-Strike
É sua capacidade de causar danos físicos.
-Speed
Define sua esquiva/defesa e sua taxa de acerto. Isso para ataques físicos, claro.

O ponto de poder é para ser gasto com… Poderes. Cada personagem tem uma boa quantidade deles, que variam entre passivos (não necessitam energia) e ativos (necessitam energia), sendo que os ativos por sua vez são divididos entre ataque e suporte. Para se conseguir alguns poderes, é preciso ter outros como pré-requisito. “Opa, vou detonar geral aqui, sair voando enquanto atiro raios pelos olhos”. Não, você não vai fazer isso. E não só porque ninguém tem essa combinação de poderes, mas também porque cada personagem só pode usar um por vez. O uso de poderes funciona a partir de um sistema parecido com o de sua equipe. É possível selecionar até três poderes e um especial para serem postos numa grade de atalho, cada uma correspondendo a um botão. Essa grade pode ser alterada tão facilmente quanto você troca de personagem.

Além dos poderes, temos como ações básicas os famosos “soco forte/soco fraco”, pulo (que caso pressionado duas vezes ativa o voô ou teleporte) e arremesso de personagens, aliados ou não. Usando Colossus, arremesse Wolverine para reproduzir o famoso “Fastball Special”. Oh, já ia esquecendo. Alguns personagens e inimigos podem causar efeitos especiais com certos ataques. Iceman causa freeze, Cyclops e Gambit são capazes de causar radiation, assim como boa parte dos inimigos.

Explicadas as funções básicas, vamos as adicionais. Variando os ataques de soco, dá para se criar combos com finalizações diferentes. São elas: Pop-up (atira o inimigo no ar), Stun (preciso falar?), Trip (rasteira) e Knockback (empurra para longe). Mas não são só socos que formam combos, poderes também fazem isso. “Como, Nip?”. Basta que dois personagens acertem um inimigo ao mesmo tempo com seus poderes. É necessário um bom timing para fazer isso com a AI, mas jogando multiplayer é mamata. Com isso se obtem bônus de exp.

Fora matando inimigos para passar de level, existem outras maneiras de se conseguir pontos de atributos, poder e até mesmo exp. Em cada ato, estão escondidas Tech Station, cada uma com uma cor diferente (representando um atributo). Só é possível usar elas UMA vez, por isso escolha bem o personagem. Para conseguir pontos de poder (E atributo) sem upar loucamente, basta completar as simulações da sala de perigo, que pode ser acessada nas bases principais. Para se conseguir novas simulações, é preciso encontrar os discos espalhados pelos 5 atos. Exp pode ser obtida acertando as questões das trivias, sendo uma série de perguntas por ato. Ajuda muito, acredite.

Seus personagens estão sendo surrados? Seria uma boa idéia equipar uns equipamentos. “E onde acho essas merdas?”. Matando inimigos ou abrindo Weapons Cache. São 3 tipos de equipamento, luvas, cintos e armaduras. A cor varia de acordo com a raridade, assim como os atributos do equipamento. Itens verdes são os mais raros é bem possível que você termine o jogo sem nenhum deles. Eu zerei 4 vezes até que conseguisse achar um (o fantástico Hammer of Nimrod, que cavalou Deadpool). Outra forma de obtê-los é comprando-os na loja de Forge. Para isso você deve gastar Tech Bits dropados por inimigos.

Hammer of Nimrod detona

O jogo possui alguns itens extras, como os Homing Beacons (colete todos para abrir Iron Man), Comic Books e Sketch Books. No ps2, é possível jogar até 4 jogadores humanos, dependendo apenas de quantos controles você tem. No pc isso é possível se conectando online. Em ambas as plataformas, temos também o famoso Deathmatch, onde cada um escolhe um personagem para chutar a bunda do outro e um Deathmatch cooperativo, onde você define o número de inimigos e o tempo limite para eliminar todos eles.

Falando em inimigos, X-Men Legends II é como todo jogo de rpg. Se você trabalhou seus personagens, o jogo é fácil. Se foi vagabundo, contente-se com a derrota. Mas sério mesmo, acho que o único chefe que ameaçou minha vida de alguma forma foi Sugar Man. Sim, um cara chamado Sugar Man. Os puzzles são simples, e atalhos podem ser criados no mapa se você destruir algumas paredes.

O gráfico é em Cell-Shadding (é isso?), como nos Budokais e Narutimates. Ficou bem legal, pois dá aquele aspecto de “jogar os quadrinhos”. A trilha sonora pode ser enjoativa.

Rise of Apocalypse é um excelente jogo de RPG e deve ser jogado mesmo que você não seja leitor dos quadrinhos. No final, é provável que você no mínimo passe a se interessar pelas histórias dos filhos do átomo. E acho que isso é tudo. EXCELSIOR.

X-Men Legends II: Rise of Apocalypse

Plataformas: PS2, PC, PSP, GC, Xbox e NGE
Plataforma Avaliada: PC
Lançamento: 2005
Distribuído por: EA
Desenvolvido por: Raven
Gênero: RPG/Ação

Blood (PC)

Games sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008 – 21 comentários

Sempre achei que faltavam uns reviews de games de PC por aqui. Aliás, sempre achei que faltava falar mais sobre games por aqui. Tanto que em todas as minhas edições desta coluna eu só recomendei games. Noobs. Dessa vez não vai ser diferente: Blood é um jogo espetacular por ser um dos mais violentos da época. Você deve conhecer Doom, certo? Blood segue o mesmo estilo. Mas, comparado a Blood, Doom é um jogo de FRANGO.

Caleb é o nome do personagem principal. O cara fazia cultos a um deus satânico, Tchernobog, com seu grupo. Em um culto, Tchernobog é ressuscitado e mata todo mundo por ali. Caleb se RECUSA a morrer, então domina o corpo de um homem conhecido. Tchernobog toca o terror pela Terra, devorando almas e fazendo tudo o que um demônio normal faria. Caleb, de volta a vida, está atrás dele. E vai detonar tudo que estiver pela frente.

Cara, eu posso parar por aqui. Já dá pra saber que o jogo é sensacional. Não? Então segura: Você poderá ter doze, DOZE armas e diversos itens, que você pode conferir nesta lista. E em relação aos inimigos? A lista é ampla. Monstros, zumbis, fantasmas, gárgulas e até uns inocentes pra você ESTRAÇALHAR. Não dá pra não pintar as paredes nesse jogo.

Enfim, são 4 “episódios”. De 7 a 8 mapas em cada episódio. Um chefão e um mapa secreto. No último episódio, você enfrenta os quatro chefões de uma vez, coisa simples. Acredite: Depois do desespero pra matar um Gárgula de PEDRA sem a arma CERTA em mãos, o que vier é diversão. O jogo é longo, mas não se preocupe: Se você é daqueles que não gosta de jogos grandes, encare Blood como uma missão. Entre no jogo, SEJA Caleb. Quando você começar a raciocinar como um espírito no corpo de um conhecido seu caçando demônios, você vai ver o quão sensacional e viciante o jogo é. Os gráficos precários para a nossa época atual reforçam a violência, o suspense e a diversão do filme. Se você tem estômago fraco, passe longe. O cara se alimenta do coração de quem estiver por perto.

Olha que beleza.

JOGABILIDADE

Primeira pessoa, básico. É realmente difícil controlar saltos em primeira pessoa, por exemplo, mas eu considero isso outro ponto alto do filme. Você não pára de raciocinar nem quando vai dar um pulo, cara. De resto, se imaginar detonando tudo aquilo daquela forma é sensacional. Se um Gárgula ou um gordão que vomita ácido aparecer na sua rua, você vai saber o que fazer. Principalmente se você tiver possuído alguém.

MONSTROS / INIMIGOS

A melhor parte do jogo. Eles são frenéticos, não param de correr na sua direção e, o melhor: São mais inteligentes que você. Principalmente (lá vem algo óbvio) no nível difícil. Antes, o tiozinho da metralhadora não desistia; ele tava lá te humilhando, descarregando a maldita arma. Agora, no nível difícil, de vez em quando ele pára pra jogar uma dinamite. E os zumbis? Porra, os zumbis carregam um machado. Ratos também são inimigos. E, o mais pentelho de todos: Uma maldita mão. Até hoje eu não entendi se ela te enforca ou te sufoca, mas é quase impossível se livrar dela. Sério, já parei o jogo muitas vezes após ela me pegar: ela é rápida, aparece do nada e a única forma de você se livrar dela, aparentemente, é explodindo uma dinamite perto de você. Bom, a forma que os inimigos são distribuidos durante o jogo é das melhores, também. Eles fazem de tudo pra você usar a dinamite mais vezes, é incrível.

CHEFÕES

O primeiro chefão é o Gárgula de Pedra. Na época em que eu joguei este jogo, não me lembro de ter encontrado as fases secretas, então, lembro que este é o chefe mais complicado de se matar. Primeiro: Você não tem a arma “certa” para matá-lo (você descobrirá ela futuramente). Segundo: Ele fica voando em círculos, e a arma mais poderosa que você tem é uma espécie de lançadora de bolas de fogo, que EXPLODEM quando batem no alvo. O cenário é circular: Um corredor em volta, com teto; outro corredor após este, a céu aberto; e uma torre relativamente alta. Dificilmente o Gárgula entra no primeiro corredor, já que ele voa alto. Então, ali é o local mais seguro; mas as chances de você se acertar com as bolas de fogo são altas. O segundo chefão é o mais broxante: Uma aranha. Eu achei incrívelmente fácil matá-la. O terceiro chefe é um Cérbero (Cerberus), um cão mitológico de duas cabeças que cospe fogo. Em seu cenário, ele é GIGANTE. No final, ele dá uma diminuída. Adrenalina mesmo tá no fim, pra enfrentar Tchernobog, após passar os três acima de uma vez. Abaixo você confere um vídeo com a introdução, um trecho do primeiro episódio e o final do jogo, com os chefões. Quem fez o vídeo acabou com os chefões de uma forma MUITO fácil, mas não se iludam. Tchernobog não precisa encostar em você pra tirar seu sangue.

[SPOILER]

[/SPOILER]

ENREDO

Blood é um jogo sensacional pelo jogo em si: Jogabilidade, monstros e violência. A história é fraca. É claro que o jogo poderia ser absolutamente MAIS sensacional do que já é com uma história boa, mas isso não importa agora. Em um jogo chamado SANGUE, você quer uma história PRA QUÊ?

EFEITOS VISUAIS/SONOROS

Os gráficos não são dos melhores, e o som está abaixo disso. Porém, a voz de Caled é a melhor. Eu não tinha som no PC quando joguei o jogo, então deixo essa crítica para vocês. Se você é como eu, que ignora essa parte quando os itens que eu citei acima valem a pena, comece a correr atrás do jogo.

Matrix QUEM?

Bom, chega. Resumindo, é isso: Blood é um jogo que respeita o nome. E reúne zumbis com demônios e monstros bizarros. Ou seja, não precisa nem jogar pra falar que é bom. AOE RECOMENDA!

Blood

Plataforma: PC
Lançamento: 1997
Distribuído por: Monolith Productions
Desenvolvido por: GT Interactive
Gênero: Tiro em primeira pessoa / Western (!)

Metal Gear Solid (PS1)

Games quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008 – 12 comentários

O ano é 2005, 6 anos após os eventos ocorridos em Metal Gear 2: Solid Snake (MSX e SNES). Um grupo terrorista formado por soldados geneticamente modificados, liderados por um ex-membro da FOXHOUND, invade a ilha de Shadow Moses e toma conta de uma unidade de armas nucleares.

E a situação piora quando eles localizam o Metal Gear Rex, um tanque bípede capaz de atirar mísseis nucleares e ameaça fazer uso dessa arma. Suas exigências? Uma quantia exuberante de dinheiro e os restos mortais de Big Boss.

Sem nenhuma outra opção, o governo dos EUA recorre a seu único trunfo: Solid Snake. Forçado a aceitar a missão, o herdeiro de Big Boss irá confrontar o grupo terrorista, numa missão não-oficial. Mas será que apenas um homem é capaz de neutralizar a ameaça e sobreviver ao Metal Gear Rex e seu irmão Liquid Snake?

Para estrear esse novo quadro, escolhi um dos melhores jogos que já rodaram em meu Ps1 e um dos poucos que me empolgaram tanto. Contando com um dos melhores roteiros do gênero, MGS é sem dúvidas um clássico e um dos motivos de eu me tornar fã de Hideo Kojima e David Hayter (com sua voz rouca e sexy, ui). Ao invés de pagar pau por mais algumas linhas, vamos aos fatores que fazem deste jogo uma das maravilhas dos games e um dos mais vendidos no mundo.

O primeiro elemento notável do jogo é que ele é totalmente dublado. Não aparece uma frase sequer sem uma voz narrando tudo. “Nossa Nip, mas que bobagem”. Sim, hoje em dia isto é comum, mas na época era uma novidade. Metal Gear Solid foi um dos primeiros jogos a serem totalmente dublados. O sucesso da dublagem acarretou na ascensão de David Hayter, dublador oficial de Snake desde 1998, que acabou participando de vários outros trabalhos e hoje tem seu próprio estúdio de dublagem.

Outra novidade do jogo (novamente levando em consideração a data de lançamento) é o fator realismo. Solid Snake é um espião e deve agir como tal. É preciso evitar ao máximo ser avistado pelo inimigo e matar o menos possível. O barulho de seus passos pode alertar seu oponente, assim como as pegadas deixadas no chão e as diversas câmeras de vigilância espalhadas pela base (estas podem ser desativadas temporariamente com granadas especiais).

Ser visto é praticamente um Game Over, já que o seu hp é escasso e os inimigos atacam em grupo, sempre em organização tática. Caso se termine o jogo sem ser visto, sem morrer e matando apenas os chefes, você é presenteado com o rank máximo, o título de Big Boss. E seu e-penis cresce horrores (eu confirmo).

Mas se preocupe, o jogo não é tãããooo difícil assim. Você poderá contar com um arsenal moderado de armas (pistolas, metralhadoras, rifles, lança-mísseis, etc), equipamentos especiais e por último porém não menos importante: Uma sequência de socos finalizada com um chute “tiro de meta” e um botão de ação que irá estrangular o oponente ou derrubá-lo com um golpe de judô, dependendo do nível de atenção dele. Existe também o Codec (plagiado descaradamente por RE4), que pode ser usado para se comunicar com seus aliados. Basta digitar a frenquência certa e pronto, eles irão te dar dicas de como avançar no jogo.

“Nip, meu hp é muito pequeno, morro com dois tiros “. Calma, isso pode ser resolvido. “Como?”. Simples (em teoria, segura a onda), basta derrotar um chefe. A cada chefe derrotado, seu hp receberá um upgrade, juntamente com a capacidade de seu inventário. E com isto eu quero dizer que você terá um aumento na quantidade de munição e itens iguais que pode carregar.

Todos os chefes tem o codinome formado por uma característica seguida de o nome de um animal. Decoy Octopus, Pshyco Mantis, Revolver Ocelot, Vulcan Raven, Gray Fox, Sniper Wolf e Liquid Snake, não necessáriamente nesta ordem. Mas os chefes não são apenas “cool”, eles também são bastante fortes. A não ser que você use detonado, creio que será necessário ao menos um Game Over para que se entenda o estilo de cada um, facilitando assim a vitória. Destaque especial para Pshyco Mantis e Gray Fox.

Um dos fatores que faz de MGS um jogo tão especial é o seu notável senso de humor. Snake se depara com uma série de situações cômicas durante sua infiltração na base, como um soldado com dor de barriga e alguns closes sensuais em Meryl. Temos também o personagem Otacon (Otaku + Convention), que é engraçado por si só. Num nível deprimente.

A trilha sonora é bastante sofisticada e agradável, combinando perfeitamente com o cenário, elemento mantido nos outros jogos da série. Os SFX também não ficam para trás, dando o toque final nas sequências de ação e Stealth. Os gráficos são bastante criticados, normalmente por usuários de Next-Gen, ou fan-boys de Xbox (invejinha por não terem chance de jogar nenhum Metal Gear em suas “caixas”). Analisando de uma forma verdadeiramente crítica, os gráficos são bem trabalhados. Os In-Game Graphics correspondem as CGs (não só neste, como nos outros da série) e são bons para o padrão do Ps1.

O jogo contém vários easter eggs e dois finais possíveis: Salve Meryl ou Salve Otacon (apesar do verdadeiro ser “Os Dois Salvos”), que variam de acordo com uma parte do jogo que não irei spoilear (mas o Gamefaqs provavelment vai). A diversão é garantida. “Mas até eu zerar, né?”. Errado. Caso Meryl seja salva, a Bandana é obtida, oferecendo munição infinita nos próximo gameplay. Salvando Otacon, você adquire a Stealth Camoflage, podendo ficar invisível no próximo gameplay. Termine o jogo duas vezes, fazendo os dois finais e os dois itens poderão ser usados no mesmo gameplay. Jogue por uma terceira vez e Snake irá usar um Smoking e Gray Fox será encontrado com um uniforme vermelho, vagamente lembrando Deadpool.

Resumindo: Metal Gear Solid é um Must-Play para fãs de espionagem e bons jogos. Deixa de ser tanga e JOGA.

Metal Gear Solid

Plataformas: Playstation 1, PC e Gamecube
Plataforma Avaliada: Playstation 1
Lançamento: Ano
Distribuído por: Konami
Desenvolvido por: Konami Computer Entertainment Japan
Gênero: Stealth/Ação

Review – Hitman: Blood Money

Games segunda-feira, 17 de dezembro de 2007 – 10 comentários

E no quarto dia, chegamos ao fim. Hoje eu trago para vocês a resenha final da franquia Hitman, Blood Money. Ele é o meu favorito, e não é mera coincidência, pois ele é o mais completo e divertido. Bom, vamos começar antes que eu acabe resenhando o jogo aqui na introdução.

[*]Ano: 2006
[*]Gênero: Stealth/Tiro
[*]Produtora: Eidos Interactive
[*]Plataforma: PC/PS2/XBOX/XBOX360
[*]Idioma: Inglês
[*]Jogadores: 1

Baltimore, algum tempo atrás. Uma Roda-Gigante quebra, matando várias crianças. O acidente foi causado pela negligência do dono do parque, que não fez a manuntenção do brinquedo. Com sede de vingança, o pai de uma das vítimas liga para a ICA e encomenda a morte do dono, que foi inocentado das acusações. O agente 47 se encarrega do serviço. Novos clientes surgem, todos querem contratar o legendário 47.

Presente. Entrevistado por um repórter que foi até sua residência, o ex-diretor do FBI, Leland “Jack” Alexander, narra as ações de 47 nos últimos dois anos, e seu envolvimento nesses serviços. O repórter marcou a entrevista para obter informações sobre um recente ataque á Casa Branca, mas logo fica claro quem esteve por trás disto. Com os agentes da ICA sendo eliminados por um super-assassino, 47 se vê á frente de uma conspiração. E uma grande traição.

Lembram que eu disse que considerava Hitman 2 possuidor da trama mais importante dentre a série? Pois é, eu esqueci de falar que isso era apenas em termos de construção do protagonista. Continuação direta de Contracts, Blood Money não só contém uma trama de nível cinematográfico, como também marca… Opa, quase dou um spoiler estrondoso aqui. Melhor ficar quieto. Darei apenas uma dica: O jogo tem dois finais, um falso e um verdadeiro.

Bancar o franco-atirador é necessário algumas vezes

O jogo foi reestruturado, e ficou muito mais divertido. Desta vez, você terá um, digo, vários bons motivos para se manter “invisível”. Primeiro: Se você causar muito alarde durante as missões, você provavelmente terá testemunhas, certo? E testemunhas significam mais pistas sobre sua identidade, certo? “Ahn? Como assim?”. Desta vez, o nível de suspeita sobre o seu disfarce é acumulativo. Ao final de cada fase, será mostrado um jornal, contendo informações da perícia policial e alguns easters eggs (para quem jogou os anteriores). Nesta perícia, você poderá ver tudo que a polícia sabe a seu respeito, e dependendo do número de testemunhas, um RETRATO-FALADO de seu rosto. Armas que você deixar para trás contarão como evidência. Cuidado para não ser pego por câmeras.

“Puta que pariu, e agora, o que eu faço?”. Calma, pessoas perdem a memória com a quantia certa de dinheiro. Você pode subornar testemunhas e até mesmo a polícia, para que eles fiquem de boca fechada. “E como caralhos eu faço isso?”. Com dinheiro, ué. Este é o outro motivo para se manter na surdina. Um sistema de recompensa foi implementado, e agora você ganha pelo seu serviço. Quanto melhor seu rank, maior seu pagamento.

Manchete de Baltimore

“Ah, legal. O que mais eu posso fazer com a grana?”. Melhorar seu equipamento. Algumas armas podem sofrer aperfeiçoamentos, como balas mais fortes, mira laser, silenciadores, mira telescópica, munição extra… E não para por aí. Coletes, lock picks e bombas remoto também estão disponíveis para compra. Tudo para facilitar a sua vida.

Já que estou falando de melhora de armas, vou aproveitar pra falar da variedade de armas. Demais! Vai desde revólveres antigos até Rifles avançados, e até mesmo armas improvisadas, como pistolas de pregos e espingardas de ar comprimido.

Preciso falar o que tem na mala?

E temos cada vez mais maneiras de se completar uma missão. Com a implementação do sistema de notóriedade, a IO Interactive viu que seria necessário colocar algumas execuções menos óbvias. Por isso, toda fase contém uma maneira de matar o alvo e fazer parecer um acidente. Seja um problema na churrasqueira que a fez explodir ou um pobre coitado que “escorregou” e caiu da varanda.

Além disso, agora é possível partir para o corpo-a-corpo. Está desarmado? Corra para perto de seu inimigo, e tome a arma de sua mão. Ou o nocauteie com uma cabeçada seguida de um soco. Ou apenas dê um leve empurrão e deixe que a gravidade (e o cenário) cuide do resto. Caso o oponente esteja de costas, se aproxime lentamente e o agarre (sem boiolices) para usá-lo como escudo humano.

Aqui está um exemplo

Temos uma leva de novas fases, inclusive a missão em que 47 foi baleado no começo de Contracts (não disse que ia ser explicado?). Você visitará um casamento, um SPA, e até mesmo um bairro no subúrbio, entre outros locais. O visual gráfico mudou bastante. Enquanto COntracts era sombrio e escuro, Blood Money é mais vívido, e possui gráficos mais limpos. E bem melhores. A trilha sonora é composta por músicas orquestrais. Sabe a trilha do trailer do filme? É a trilha de Blood Money (Jesper Kyd, de novo).

O jogo é de longe o mais violento da série, mas não foi isso que causou alarde, e sim a propaganda feita pela Eidos Interactive. Ela continha imagens de mulheres mortas, com títulos como “Beautifuly Executed” e “Shockingly Executed”. Imagens valem mais que palavras, saca só:

Beautifuly Executed
Shockingly Executed

Hitman: Blood Money é mais que um jogo de stealth, é um Must-Have. Se você tem QUALQUER UMA das plataformas citadas ali no início, compre agora mesmo. Sua masculinidade agradece.

Review – Hitman: Contracts

Games domingo, 16 de dezembro de 2007 – 2 comentários

Mais um dia. Mais um review. Mais violência paga. Bem-vindos á penúltima resenha da franquia Hitman. Para mim, Contracts não representa apenas mais um jogo da série. Ele foi o título que me iniciou no mundo de Hitman, o que me fez correr atrás dos outros, o que me mostrou o incrível mundo dos assassinos. Apesar de não ser o meu favorito, eu tenho um certo carinho por este jogo. Enfim, vamos começar.

[*]Ano: 2004
[*]Gênero: Stealth/Tiro
[*]Produtora: Eidos Interactive
[*]Plataforma: PC/PS2/XBOX
[*]Idioma: Inglês
[*]Jogadores: 1

47 é emboscado por um de seus alvos, e caba sendo seriamente ferido. Ele se refugia num quarto de hotel em lugar de Paris, França, com a polícia em sua procura. Um médico da agência é enviado para remover a bala do estômago de 47, enquanto a polícia se aproxima cada vez mais…

Contracs é em sua maioria, composto de flashbacks. Algumas fases são remakes de missões do primeiro jogo, sendo apenas três delas fases novas. Mas isso não deixa o jogo pior que os anteriores, já que as fases foram melhoradas. A trama funciona como um prelúdio para Blood Money, o quarto e mais recente título da série.

Que vença o melhor

Fato é, Contracts é muito mais sombrio que Codename 47 e Silent Assassin. E eu digo isto em qualquer aspecto. Tudo no jogo está mais dark, e devo dizer, levemente melancólico. Talvez pelo fato de que são flashbacks do passado de 47, ou talvez porque a IO Interactive (desenvolvedora do jogo) queria um clima maispesado e sério. Tanto faz.

Em termos de jogabilidade, praticamente nada mudou. O bug do Stealth Meter foi corrigido, mas o resto continua o mesmo. Pra quê mexer em time que está ganhando, não é mesmo? Mas temos algumas maneiras novas de se matar, sim. Desde sabotagem em registros de gás até mesmo travesseiros, 47 está mais criativo. E você também, creio eu.

Lembra desses caras?

E… temos novos armamentos também! Além das armas deixadas pelos inimigos, e as obtidas com o rank Silent Assassin, temos também algumas secretas. E incrivelmente poderosas. Tudo para que 47 possa sobreviver á tiroteios (desnecessários).

Temos também uma fase extra, que serve como treino e “playground”. Nela, você pode usar qualquer uma das armas obtidas durante o jogo (para coletar armas, basta terminar a fase com elas no inventário), para testar seu poder de fogo em membros da SWAT.

Olhem para mim, eu sou o psicopata americano

Os gráficos já estão em bom nível, não tenho reclamações quanto á eles. A trilha sonora, ainda por Jesper Kid (ou Kyd, sei lá), está mais densa, e é em parte eletrônica.

Contracs é um jogo bastante divertido, e apesar de não ter nenhuma inovação, é altamente recomendável. Até porque é pré-requisito para que se entenda a trama de Blood Money, a continuação. Espero que tenha despertado seu interesse, amanhã tem mais Hitman.

Review – Hitman 2: Silent Assassin

Games sábado, 15 de dezembro de 2007 – 1 comentário

Sentiram falta? Imagino que sim. Está na hora de continuar a resenhar uma das séries mais originais já feitas, e uma das minhas favoritas. Hoje, daremos uma olhada no segundo jogo da franquia, intitulado “Silent Assassin”. Preparem-se, pois é aqui que o negócio começa a mostrar seu verdadeiro potencial. Se pretende jogar o primeiro, não leia a parte em itálico, pois contém spoilers.

[*]Ano: 2002
[*]Gênero: Stealth/Tiro
[*]Produtora: Eidos Interactive
[*]Plataforma: PC/PS2/XBOX/GAMECUBE
[*]Idioma: Inglês
[*]Jogadores: 1

O jogo continua de onde o anterior terminou, com o agente 47 se retirando para uma Igreja na Sicília, em busca de asilo e paz. Lá, ele passa a trabalhar como jardineiro, e se torna amigo do único padre, Vittorio. Mais que um amigo, Vittorio é seu mentor e confidente. Tudo ia bem, até que o padre é sequestrado, e seus raptores deixam uma nota pedindo quinhentos mil dólares em dois dias. Eventualmente, eles descobririam que mexer com 47 foi o maior, e último, erro de seus vidas. Para resgatar seu amigo, 47 decide voltar ao seu antigo emprego de assassino. Ele contata a ICA, que até então pensava que ele estava morto, e faz um trato com a sua organizadora, Diana: Ele fará alguns contratos para a empresa, e em troca eles irão usar sua tecnologia para ajudá-lo a encontrar Vittorio. Bem vindo de volta, 47. Você tem trabalho á fazer.

Com um roteiro intenso e empolgante, e mudanças sensatas na jogabilidade, Silent Assassin é o jogo responsável pelo embalo da série, e o que marca o ínicio do progresso. Muitos dos bugs anteriores foram corrigidos, e a furtividade está mais realista.

Morte limpa, sacou?

A básica do jogo ainda é a mesma: Você é um assassino de aluguel, e precisa se infiltrar em locais públicos para matar um alvo em questão. Dentre as melhoras no jogo, citarei primeiro a mira em primeira pessoa. Não gosta de trocar tiros enquanto vê o seu personagem? Sem problema, agora você pode usar a clássica visão em primeira pessoa (se você não sabe o que é isto, pare de ler agora e vá jogar Atari) e ter mais precisão nos tiros. Devo dizer que isso é totalmente opcional.

Se antes você não se importava em ser furtivo, desta vez seu e-penis irá implorar para que se importe. Um sistema de rankeamente foi implementado, variando de acordo com sua performace durante a missão. Se você bancou o universitário americano e saiu passando bala em todo mundo, seu rank porvavelmente será o de “Mass Murderer” (assassino em massa). Se fez um serviço limpo e sem testemunhas, então parabéns! Você é um Silent Assassin. Matar civis e policiais lhe dará uma bela penalidade na pontuação. Atingir o rank máximo será recompensado com armas novas.

Para estrangulamentos, nada como Fiber Wire

Além de ranks, o jogo possui também um “Stealth Meter”(medidor de furtividade). “Ei Nip, e que bosta é isso?”. Você de novo com essas perguntas imbecis? O medidor de furtividade serve para… medir a furtividade. Desta vez você não passará dispercebido apenas usando a roupa certa. Guardas podem desconfiar de você a qualquer minuto por qualquer coisa suspeita, por isso mantenha o olho no medidor. Se ele começar a oscilar demais, tenha sangue frio e seja cautelosos. Se ele encher, seu disfarce foi para o espaço.

Seu disfarce também será prejudicado se você for visto forçando fechaduras de portas. “Ahn?”. Caso uma porta esteja trancando, você pode simplesmente destrancá-la usando seu kit de “pick lock”. Em outras palavras, a mesma coisa que um chaveiro faz quando você bate a porta de casa com a chave dentro. Olhar pelo buraco das fechaduras também pode ser repimido. Ah, já ia esquecendo. Sempre que matar alguém, carregue e esconda seu corpo. Isso evitará problemas.

Mas este sistema ainda contém alguns bugs, e pode ser que o medidor chegue ao máximo sem você ter cometido erros. Chato, eu sei, mas isto foi corrigido na continuação. Sim, eu disse isso antes.

Arraste e esconda os corpos

A variedade de formas de se matar os alvos aumentou considerávelmente, assim como a quantidade de armas disponíveis em seu arsenal. E isto só aumenta de um jogo para o outro. Os gráficos obviamente melhoraram também, mas ainda estão medianos. Pudera, o jogo é de 2002. A trilha continua sob os cuidados de Jesper Kid, e eu não tenho nada a falar sobre ela. Por enquanto.

Se o Codename 47 te cativou, então você DEVE jogar este aqui. Muita coisa melhorou, e esta parte da trama é talvez a mais importante em toda a série. E nosso review acaba mais uma vez. Amanhã estarei de volta com mais… contratos (Sacou? Não?).

Review – Hitman: Codename 47

Games sexta-feira, 14 de dezembro de 2007 – 1 comentário

Com a estréia do filme nos cinemas, théo teve a idéia de fazer uma série de resenhas envolvendo os quatro jogos da franquia Hitman. Mas como ele não jogou nenhum deles, eu me ofereci para o trabalho. O esquema é o seguinte: Quatro resenhas, uma por dia, ordem cronológica. Vamos começar com o que deu origem ao filme.

[*]Ano: 2000
[*]Gênero: Stealth/Tiro
[*]Produtora: Eidos Interactive
[*]Plataforma: PC
[*]Idioma: Inglês
[*]Jogadores: 1

Você acorda em uma cama de hospital, sem ter idéia do que está acontecendo. Uma voz misteriosa vinda de um alto-falante acaba de te libertar, e te manda para uma série de obstáculos, um tipo de treinamento com armas de fogo e técnicas de assassinato. No final do curso, dois guardas ficam em seu caminho, uma chance de testar suas novas habilidades. Você os mata sem dó e escapa do local, enquanto a voz dá uma gargalhada. Um ano se passou desde então. Você não tem nome. Você é apenas “47”, membro da ICA (International Contract Agency), uma agência de assassinatos. Você vive para matar. Você é um hitman.

Sim, você acaba de tomar controle de um assassino de aluguel, membro de uma empresa grande de assassinato. Sua missão? Matar quatro das maiores mentes criminosas, espalhadas pelo mundo. De alguma forma, tudo parece estar relacionado á sua própria existência. Ajeite sua gravata e carregue suas armas, 47. Está na hora do serviço.

“Everytime that i look in the mirror…”

Se vossa senhoria está achando que este é mais um “tiro em terceira pessoa”, está devidamente enganado. Hitman: Codename 47 valoriza a furtividade acima de tudo. 47 é um assassino de aluguel, por isso não seria inteligente apenas invadir os locais com uma shotgun na mão e trocar tiros com tudo e todos. Sim, isto é uma opção. Mas lhe asseguro que é a menos recomendável.

O jogo segue um sistema de fases. Complete uma fase, e poderá jogar a outra. Cada fase se passa num local público, o que dá mais emoção ao fato de que você é um matador. Resaturantes e hotéis são exemplos dos locais que você irá visitar. “E o que eu devo fazer por lá? Comprar um cérebro seria um bom começo. Como hitman, é óBVIO que sua missão é apagar algum filho da puta que já viveu o que devia. O que muda é COMO você o fará. Vai chegar atirando? Esperar que ele “se perca” de seus seguranças e matá-lo num local isolado? Opção é o que não falta.

Afogamento é cruel e limpo

Sua roupa padrão é um bom e sempre elegante terno, combinado com uma gravata vermelha. Mas de vez em quando, mudanças são necessárias. Para se misturar melhor entre as pessoas, é possível vestir a roupa de quem você já neutralizou. Mas nada que supere o estilo do terno preto.

Como este é o primeiro game da série, a jogabilidade ainda é simplória e limitada. Até a furtividade é cortada em algumas partes e você deve bancar o Rambo. Outro ponto fraco é a Inteligência Artificial. As pessoas em sua volta não irão identificá-lo como uma ameaça se você estiver usando a roupa adequada e manter as armas escondidas. E não há medidor de furtividade (isso só foi implementado nas continuações), o que é uma pena.

Os gráficos ainda são razoáveis, como em todos os jogos de 2000. Os personagens foram programados com o sistema Ragdoll, como nesses joguinhos em flash onde você fica jogando o boneco pra cima e pra baixo. Em algumas situações, é engraçado ver os inimigos voando ou caindo com os tiros.

A trilha sonora é toda composta por Jesper Kid. Eu não sou bom em identificar estilos musicais (pra mim rock é rock, metal é metal, pop é pop e samba é samba), portanto não vou me arriscar. Mas a trilha é boa.

No final das contas, Hitman: Codename 47 é um bom jogo, inovador em alguns aspectos, fraco em outros. Não é realmente necessário jogá-lo antes dos outros, mas seria bacana seguir a trama e ver a progressão da série. Esta resenha fica por aqui, mas amanhã tem mais.

Droga de selva colombiana

Guitar Hero III Legends of Rock

Games sábado, 24 de novembro de 2007 – 3 comentários

Você nunca jogou Guitar Hero? Nem ao menos sabe o que é isso? Pequeno Gafanhoto, você não gosta de videogames então. Confesso que quando conheci essa mania grudenta (E bota grudenta nisso!) eu pensava: Em que merda estou me metendo? Pois então eu meti os dedos nos L´s e R´s do meu controle de PS2. Tanta meteção deu que eu viciei naquele jogo de naba e acabei jogando todas as versões que saíram pro meu videogame. Com isso eu conheci o aprimoramento de Guitar Hero II e o repeteco inútil (Podem ficar longe desse) de Rock the 80’s. E agora chegou Guitar Hero III e o pouco de sanidade que eu tinha se perdeu entre Welcome to the Jungle e The Number of the Beast.Se você não sabe que músicas são essas, vai embora daqui!

Logo
Pra começar, o sistema desse jogo é bem simples: Você desembolsa 200 pau e compra a guitarra e leva o jogo de brinde. É isso aí. Duzentos em um controle de plástico foda pacas que você vai poder exibir pros seus amigos guitarristas e dizer: Olhem como eu toco bem. Aí eles vão te chamar de tanga, rir da sua cara e você vai voltar pra realidade. Ou pra jogar Guitar Hero. Falando sério: Os mesmos botões R1, R2, L1, L2 e X substituem aqueles coloridos da guitarra, é só seguir a cor certa no jogo e apertar como se fossem acordes pra tocar uma música do jogo.

Guitarra
O primeiro jogo teve uma trilha sonora, digamos… Boa. Pelo menos pra quem conhece alguns dos “clássicos” populares, aquelas músicas que já fizeram parte de filme ou que fizeram seus pais terem você, literalmente. O segundo aumentou ainda mais a lista de fãs, incluindo personagens bizarros e músicas mais do gosto popular ainda. Até Foo Fighters estava lá, com Monkeywrench. Foo Fighters!!! E é uma das músicas que mais me pegou no jogo, ô coisa maldita de acordes rápidos! É de fritar os indicadores.
E então veio o terceiro. Cara. Só para terem uma idéia: Tom Morello, do Rage Against the Machine, Slash, do Guns N’Roses e até mesmo um Robô e um cover do Elvis (Um péssimo cover, aliás) são habilitáveis!

Personagens
Sério, os personagens dessa série são fodas, têm pra todos os gostos, desde aquele seu amigo emo (TANGA!) até o mais punk com um moicano de TRINTA centímetros! E as guitarras. Desde o primeiro da série a Gibson liberou várias de suas guitarras e agora a lista é de mais de trinta versões diferentes, com várias cores. É pra qualquer fã de rock (ROCK mesmo) gozar.

Punk
Agora, tanguinha, você pergunta o que isso tem a ver com você. Realmente, se você não gosta de música e chegou até aqui, você não tem nada a ver com nada daqui e merece levar um chute. Mas se você gosta de música e quer conhecer um jogo que TEM a ver com o que você gosta, Guitar Hero III é um dos melhores exemplares. Cara, para ter uma idéia, vai ter pelo menos QUATRO modos diferentes de fechar o jogo, já que você tem a opção de Carreira, de Co-Op Carreer e simplesmente quatro níveis de dificuldade em cada um e múltiplas opções. E só para você saber, Extreme aqui REALMENTE significa Extreme! A dificuldade desde o segundo jogo é absurda! Existem músicas em que você vai usar os cinco botões em interhvalos de nanosegundos enquanto tenta processar aquela chuva de cores na tela. Chore, pequeno gafanhoto, porque você vai perceber que é fraco quando jogar isso aqui.

jogo
Guitar Hero III até para PC saiu. Sério! Aquele FDP do seu amigo com Wii estará jogando e aquele imbecil do seu amigo com PS3 que fica te esnobando também vai ter esse jogo. Vida de pobre é foda. Mas ao menos você vai ter múltiplas possibilidades para jogar, vendo a diferença do gráfico que define se aquele rabisco na tela é mesmo uma corda de guitarra ou um designer idiota errou na hora de fazer aquele gráfico. E criar campeonatos para GHIII é a coisa mais fácil que tem, gigantesco que é o número de músicas. Dá pra fazer 20 jogos, com três músicas cada um e ainda sobrar opções.

jogo1
Enfim, o jogo tem ótimos gráficos, uma seleção de músicas muito mais conhecidas do que os anteriores (Que em sua maioria eram novidade pra quem tinha menos de 20 anos e não tinha estudado o assunto), muito mais diversão e a chance de sacanear aquele seu amigo pentelho que já fechou COMPLETAMENTE os anteriores e fica te zoando porque você joga no Médium. Aliás, o modo Duel é o mais engraçado, porque você pode ferrar o adversário completamente e é nesse estilo que você enfrenta os Chefões (É, até ISSO tem nessa última versão) do jogo enquanto tenta tornar sua banda a melhor de todas as de garagem. Depois disso você pode até dizer que é uma estrela do rock, mas ainda vai precisar de muito para pegar uma gordinha. Sinto muito, pequeno gafanhoto!

Ficha Técnica
Plataforma Playstation 2/Playstation 3/Nintendo Wii/X360/PC
Gênero Musical
Lançamento 28 Outubro 2007/13 Novembro 2007
Nota 9,0

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