Jogando e ficando puto Pt. 6

Nerd-O-Matic quinta-feira, 20 de novembro de 2008 – 21 comentários

Comentário relevante da semana

Lembram que na semana passada eu tava falando sobre a encheção de saco que são esses jogos enormes que ficam fazendo a gente gastar tempo com coisas irrelevantes ao invés de ir logo aos finalmentes? Lembram que eu fiz uma coluna inteira sobre isso? Então, taí o resumo da coluna toda:

Vocês me matam desse jeito. Sério.

Coisas que eu odeio nos games pt.6

Eu vejo você. Eu vejo seus olhos cobiçosos lendo essas linhas mal-traçadas e se perguntando, enquanto rói suas unhas: “Ohmeudeus, qual será o tema gamístico de hoje? Sobre qual tópico escuso e maldito o Atillah vai jogar sua bile rançosa e extremamente coerente? Será que eu vou rir? Será que eu vou chorar? Do que ele vai reclamar?”

Ora, vou reclamar de VOCÊS, é claro:

Nintendistas e Sonystas devem morrer

Sim, depois de falar tanto de hardware e software, chegou a hora de colocar O SEU CU na reta dessa coluna, trazendo à luz o verdadeiro bando de motherfuckers que vocês são.

Um dos maiores problemas dos vídeo-games não está nos jogos ou nos consoles em si, mas na parte humana, nos jogadores. Sabem o que eu mais odeio? Xiitas. Sim, aquele bando de gamers mal-comidos que defendem um console até a morte como se fosse a virgindade da sua mãe.

“mimimi Drímquestchi é o melhor vídeo-game DO MUNDO tá??//”

É dificil imaginar uma coisa mais idiota do que defender um pedaço de prástico em detrimento de outros pedaços de prástico. Porque no fim das contas é só isso que os fãs de consoles fazem: venerar pedaços de prástico que esquentam demais e eventualmente explodem sua casa. Tá bom, eu sei que o X360 não faz mais isso depois da placa Falcon, mas vocês entenderam.

Veja, não existe nada de errado em você ter um ou dois consoles prediletos, entre as tantas opções que já passaram pelas nossas mãos desde Odissey e Atari. Eu mesmo continuo grande apreciador do Super Nintendo até hoje, mantendo emuladores do mesmo em meus consoles atuais para aquela jogadinha marota de Rock’n Roll Racing de vez em quando. O problema é quando você decide estupidamente que o Super Nintendo é o MELHOR CONSOLE DO MUNDO e que nunca nada vai conseguir superá-lo. É no mínimo um desrespeito com a ciência como um todo, que se esforça para produzir processadores menores e mais poderosos, com o intuito de enfiar mais gráficos e velocidades nessas maravilhosas caixinhas de prástico que renderizam peitos e bundas.

Se você não respeita a ciência, pelo menos respeite os peitos e as bundas.

Gostar do passado não deveria ser impeditivo para você gostar também do presente, e dos consoles atuais. Reconheça as qualidades de cada um e tire o melhor dos dois mundos. É só um pedaço de prástico, que pode vir na forma de um Dreamcast, um Nintendo DS ou um Playstation 3. Não interessa o formato do prástico, mas sim a diversão que ele pode proporcionar.

Q

Mas fãs de consoles são a forma light de idiotice, porque ainda existe a versão full da imbecilidade: fãs hardcore de MARCAS. Sim, estamos falando dos sonystas e nintendistas. É hilário que os próprios fãs se auto-denominem como “nintendistas” por exemplo, como se isso fosse uma qualidade, ou como se fosse um time para o qual você torcesse. Filho, Nintendo é só uma empresa que tá aí pra fazer uma grana, pagar dividendos aos seus acionistas e tentar crescer o máximo que der. Aliás, é público e notório que a poderosa Nintendo quase perdeu suas cuecas depois do Nintendo 64 e do Game Cube, que não tiveram fôlego pra encarar o Playstation. Se não fosse o Nintendo DS e os royalties gerados pelos vergonhosos relançamentos do Game Boy Advance, ela quase segue o caminho da SEGA que, se vocês lembram, também já foi um grande fabricante de consoles. E com fãs igualmente imbecis que ficaram chupando o dedo depois do Dreamcast.

Mas então, a Nintendo; por acaso o negócio deles é vídeo-game, mas isso não significa que eles gostam especialmente de você só porque você é um jogador hardcore e compra tudo que sai desde o Nintendo 8 bits. Aliás, ultimamente temos visto que a Nintendo gosta MAIS de quem NÃO é jogador, já que estes são os novos consumidores a serem conquistados. O enorme mercado dos casual gamers. Você aí que já é nintendista, provavelmente vai comprar qualquer merda que a empresa lançar. Você não requer esforço nenhum. Você é cego para os defeitos da Nintendo, e está disposto a perdoar qualquer merda que ela fizer. Você é tipo mulher de malandro, que gosta de apanhar e continua com o cara na razão direta de quantos dentes seus ele arranca na porrada.

Foto: vocês

E é evidente que tudo isso aí se aplica aos sonystas, da mesma forma. E aos fãs da Microsoft. E aos defensores xiitas de QUALQUER marca, que esquecem que aquilo é só isso: uma marca; sujeita a todas as merdas que qualquer empresa faz por estar num mercado altamente competitivo que é o ramo do entretenimento.

A escolha e defesa de um console não devem ser feitas por afinidade com a marca, porque só o fato de ter afinidade com uma marca já é meio retardado. Como você pode ter afinidade com uma empresa? Você tem afinidade com pessoas ou, sei lá, com um cachorro que goste de mijar no mesmo poste que você, quando você volta bêbado de madrugada. Mas como é possível ter afinidade com uma COISA? Com um conglomerado de edifícios onde milhares de pessoas trabalham vendendo um produto? Isso é loucura, porra. Cê é doente e deveria ser internado.

Portanto, qualquer discussão sobre qual console ou empresa é melhor sempre é de conclusão transitória e temporária. Um console ou empresa podem se destacar num certo momento, mas tudo pode mudar no decorrer do período. Por exemplo, já faz quase um ano que eu indico o X360 como a melhor compra da geração atual. Mas não digo isso por ser fã da microsoft ou do console. Porra, eu odeio o sistema operacional da Microsoft e mesmo assim uso ele todo dia. E eu nunca tive o primeiro X-Box. Que se foda. Na atual conjuntura econômica e vídeo-gamística, X360 ainda é a melhor compra para o harcore gamer, por ser mais poderoso e com jogos de mais qualidade que o Wii, e por custar mais barato e ter uma biblioteca maior do que o PS3. São motivos objetivos para indicar sua compra, ao invés de dizer “Ah cara, compra o X360 porque a Nintendo é uma merda e só faz jogo de criança”. Ou “Porra, cê vai comprar o PS3? Mas a Sony é mó empresa mercenária cara!!”

E qual empresa não é mercenária? Noob.

Você se considera um gamer? Você quer que os vídeo-games melhorem? Ótimo. Faça escolhas racionais, avalie os consoles de maneira objetiva, meça as merdas que cada empresa faz e o quanto elas deixam seus consumidores de lado, e daí tome uma decisão de compra. Pare de ser um “ista” e torne-se um consumidor consciente, que troca de empresa como troca de roupa. O gamer que não tem amor por nenhuma empresa é o melhor tipo de gamer, porque ajuda a tirar do mercado aquelas empresas que pisam na bola com frequência. Empresas não são pessoas, e não merecem segunda chance quando cagam no pau. Da mesma forma, não existe um motivo para deixar de voltar a consumir o produto quando a empresa retoma suas diretivas de qualidade. Tire proveito do mercado, ao invés de deixar que ele se aproveite de você.

Overdose Zumbis: Resident Evil (Coletânea de Games)

Games terça-feira, 18 de março de 2008 – 6 comentários

Não se pode relacionar zumbis a videogames sem falar de Resident Evil. Goste ou não, a série foi responsável pela ascensão do gênero, sendo o RE original o primeiro jogo a ser nomeado “survival horror” (Alone in the Dark era um “ambient survival horror” até então). Alguns o consideram um dos jogos mais importantes da história. Sucesso absoluto tanto no Oriente quanto no Ocidente, RE acabou ganhando uma verdadeira leva de sequels e spin-offs.

Para fazer RE, Shinji Mikami se baseou em outro jogo da Capcom, Sweet Home. Sweet Home é um RPG de Nintendinho que, devido as péssimas estatísticas de venda, nunca foi lançado fora do Japão. Nele, um grupo formado por cinco pessoas vai até a mansão de uma mulher chamada Mamiya Ichirou para fotografar as pinturas presentes no teto. Chegando lá, eles descobrem que o local é assombrado pelo fantasma da mulher, e devem escapar antes que sejam mortos. Muitos dos elementos contidos em Sweet Home foram passados para RE como, por exemplo, as cenas de loading quando se abre uma porta.

Como base para a trama dos jogos, temos uma arma biológica criada pela Umbrella Corporation, um vírus capaz de ressuscitar células mortas e criar aberrações mutantes. A maioria dos jogos se passa em Raccon City, uma cidade que foi inteiramente infectada pelo vírus. O jogador deve testar suas habilidades de sobrevivência ao enfrentar hordas de zumbis, mutantes e puzzles frustantes. Um dos pontos interessantes da série são os diários e anotações que são coletados durante o jogo. Eles normalmente contêm dicas de como resolver um puzzle em questão (ou a solução do mesmo), e/ou registros que esclarecem o mistério em que você está situado. Mas isso não deve ser nenhuma novidade para vocês, não é mesmo?

Pois bem. Neste artigo, eu e o Black avaliaremos os principais jogos da série (e com “principais” eu quero dizer “os que já jogamos”). RE 1, 2, 3 e os Outbreaks ficam por minha conta, enquanto Black cuida de RE Code Veronica X. Vamos nessa.

Biohazard

Biohazard é o vulgo Resident Evil 1, e é fortemente baseado em Sweet Home. Assassinatos estranhos com sinais de canibalismo estão ocorrendo nas montanhas próximas a fictícia cidade de Raccon City. A polícia local manda a Equipe Bravo, uma divisão de sua tropa de elite (chamados de S.T.A.R.S). Após perder contato com a Bravo, a equipe Alpha é mandada para investigar o caso. Eles são então atacados por um grupo de ferozes cachorros zumbis, e abandonados pelo piloto do helicóptero. Ele correm pela floresta até que encontram uma mansão, aparentemente abandona. Os quatro membros restantes da equipe Alpha, Jill Valentine, Chris Redfield, Barry Burton e Albert Wesker se dividem para investigar o local e os tiros que acabaram de ouvir. Não sabiam eles que a mansão era qualquer coisa, menos abandonada…

Antes de qualquer coisa, você deve escolher se irá jogar com Jill ou Chris. A escolha irá afetar diretamente o nível de dificuldade do jogo. Independente da escolha, você irá até o local onde o tiro foi disparado, para se familiarizar com a movimentação do jogo e o sistema de batalha. A mira é limitada e manual. Ao ativá-la, o seu personagem fica imóvel, e você pode apontar o lado e a altura em que ele vai disparar. Embora seja um mecanismo de defesa, você fica bem vulnerável durante os disparos. Existem poucas armas disponíveis e a munição é bastante escassa. Recomendo que evite confrontos sempre que possível. Seu inventário também não é muito satisfatório. Ele é pequeno caso esteja usando Jill, e incrivelmente pequeno caso esteja na pele de Chris.

Os cenários são… Como posso explicar? É como se você estivesse correndo dentro de fotos. A câmera não gira, no máximo dá uma mudada rápida quando você se move para um ponto importante do cenário. Cada vez que você abre uma tela, outro cenário é carregado, implicando numa quantidade absurda de loadings.

Os puzzles são do tipo “Hum, a porta está trancada. Agora tenho que encontrar uma medalhão para encaixar numa estátua que irá abrir uma passagem para um chefe que tenho que matar para conseguir o item que vai me levar ao local onde está a chave”. Administre bem os saves (limitados), pois ter que repetir os puzzles é algo broxante. A este ponto, você já teve ter percebido que os gráficos são “quadrados demais”, e que em vez de CGs, a Capcom optou por fazer filmagens com gente de verdade. Obiviamente ficou trash.

Eu aconselho você a só jogar este título se quiser se inteirar na cronologia da série, até porque jogar em japonês é uma droga. Uma boa alternativa é comprar a versão de Gamecube, um remake fantástico.

Biohazard

Plataformas: Ps1, Gamecube e PC
Plataforma Avaliada: Ps1
Lançamento: 1996
Distribuído por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom
Gênero: Survival Horror

Resident Evil 2

Alguns meses se passaram desde os acontecimentos de Biohazard. O T-virus foi lançado no sistema de esgoto de Raccon City, infectando os ratos. Estes por sua vez infectaram o resto da cidade, transformando-a num verdadeiro pesadelo. Sem saber do acontecimento, Leon Scott Kennedy, recém recrutado pelo RPD, chega na cidade. Também chega na cidade Claire Redfield, que procura por seu irmão, Chris. Após sofrerem um pequeno acidente causado por um zumbi caminhoneiro, Leon e Claire se refugiam no Departamento de Polícia de Raccon. Com o tempo, os dois percebem que o local não é dos mais seguros, e que algum segredo nefasto está escondido pela região…

Logo de cara vemos uma notável melhora nos gráficos do jogo. Os cenários, personagens e inimigos estão mais detalhados, e dessa vez as CGs são CGs mesmo. A perspectiva do cenário é a mesma, assim como as famosas cenas de porta abrindo. Falando nisso, já reparou que elas se abrem ao contrário? Por consequência dessas melhoras, o jogo está ligeiramente mais assustador (não que RE seja assustador, francamente).

Temos uma maior variedade de armas, e a possibilidade de dar um upgrade violento em sua shotgun. Isso se estiver jogando com Leon, pois Claire tem que se virar com uma crossbow (besta). O inventário também está considerávelmente maior e a mira mais certeira, para a alegria dos jogadores menos habilidosos. Os puzzles continuam difíceis e ilógicos (me diga que tipo delegacia tem portas que só destravam quando se arrasta uma estátua para pegar um rubi que deve ser reposicionado em outra estátua para que se receba a chave da porta).

Dessa vez, o jogo tem dois cds. Um para Leon e outro para Claire. E agora vem a parte que me deixou frustado por anos. Você só zera mesmo o jogo caso complete os dois cds. RE2 tem um sistema escroto de “lado a, lado b”, algo que não sei explciar porque nunca zerei com Claire (a droga do cd arranhou antes que eu tivesse a oportunidade).

RE2 é superior a seu antecessor, e um bom game. Chega a ser o predileto de alguns fãs (talvez pelo fato de mostrar Leon como um cara normal, diferente de RE4), mas não é o meu caso. De qualquer forma, vale a pena.

Resident Evil 2

Plataformas: Ps1, N64 e PC
Plataforma Avaliada: Ps1
Lançamento: 1998
Distribuído por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom
Gênero: Survival Horror

Resident Evil 3: Nemesis

Enquanto Leon e Claire se aventuravam nas instalações do Departamento de Polícia, a ex-membro dos S.T.A.R.S, Jill Valentine, lutava por sua vida nas ruas de Raccon. Aparentemente numa situação semalhante á de Leon e Claire, Jill deve lidar com um problema muito maior: a arma caçadora de S.T.A.R.S, Nemesis. Esqueça o episódio da mansão nas montanhas Arklay. Estes são os piores dias da vida de Jill. RE3 coloca um ponto final na história de Raccon, e traz um acréscimo ao ritmo da série. Na pele de Jill Valentine (desta vez não existe escolha de personagem), você deve percorrer as ruas de Raccon e encontrar uma forma de escapar da cidade, enquanto é constantemente confrontado por Nemesis.

Você irá visitar alguns dos pontos mais importantes de Raccon, como o Departamento de Polícia (tenha em mente que RE3 acontece paralelamente á RE2 e os Outbreaks), a Torre do Relógio e o Hospital, assim como alguns pontos antes comuns aos cidadãos da cidade, como bares e um posto de gasolina.

O jogo oferece uma quantidade satisfatória de armamentos e munição, embora evitar conflitos continue sendo um bom modo de assegurar a sobrevivência. Como o jogador enfrentará o vilão Nemesis diversas vezes durante o jogo, deram á Jill um comando de esquiva. Basta apertar o botão de mira no mesmo momento em que o inimigo atacar. Não é difícil pegar o timing, e será útil em toda e qualquer situação de combate.

Como nos jogos anteriores, RE3 possui baús onde se pode guardar itens que não serão usados no momento (esqueci de falar isso nas outras resenhas, não foi? Bom, se você tá lendo isso aqui, não importa), desta vez melhor localizados. Você também tem uma maior quantidade de saves permitidos, novamente por causa da presença de Nemesis.

Os puzzles fazem mais sentido agora (embora ainda continuem sem fazer sentido em algumas partes do jogo), e você passará parte do tempo procurando por itens necessários para a fuga, ou objetos úteis, como um isqueiro. O uso dos itens é semi-automático, e sempre que ele perder sua utilidade (não for mais necessário), o jogo irá lhe perguntar se deseja se livrar do mesmo.

Em partes importantes da trama, você irá se encontrar com um grupo de mercenários da Umbrella, liderados por um homem chamado Nicholai. Entre os mercenários, está um sul-americano chamado Carlos Oliveira. Ele será um aliado importante lá pela metade do jogo, e um personagem jogável por um curto período de tempo.

Por fim, falemos de Nemesis. Esqueça aquela coisa tosca e lenta vista no filme, Nemesis é uma máquina de guerra. Apesar de seu vocabulário limitado (ele só sabe falar “S.T.A.R.S” e soltar uns grunhidos), ele é um ser esperto. Dotado de força e velocidade desumana, e um lança-mísseis (você que não aprenda a usar a esquiva…), Nemesis é no mínimo inconveniente. Algumas vezes você terá a opção de evitar um confronto com o vilão, o que em certo ponto irá decidir qual dos dois finais possíveis será o seu. Porém, tenha em mente que quando derrotado, ele “dropa” upgrades para suas armas.

RE3 é o “episódio” predileto da maioria dos fãs de Resident Evil, e não é por pouco. Possui um bom ritmo de jogo, batalhas constantes, e um modod de jogo extra muito divetido, onde você escolhe um dos mercenários da Umbrella e arrecada pontos para comprar armas secretas. Altamente recomendável.

Resident Evil 3: Nemesis

Plataformas: Ps1 e PC
Plataforma Avaliada: Ps1
Lançamento: 1999
Distribuído por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom
Gênero: Survival Horror

Resident Evil: Outbreak e Resident Evil Outbreak: File 2

Como não muda muita coisa de uma versão para a outra, abordarei ambas ao mesmo tempo.

Saindo e ao mesmo tempo mantendo a linha dos outros RE, Outbreak trouxe umas mudanças interessantes ao estilo de jogo. Outbreak é um spin-off, o que significa que não faz parte da cronologia principal. Esqueça os protagonistas dos outros RE, os personagens de Outbreak têm uma relação quase inexistente á trama. Você deve escolher um dos oito sobreviventes do “holocausto”, cada um com uma habilidade e profissão diferente (Kevin tem uma mira precisa, Jim se finge de morto…), e ver Raccon City de um modo completamente diferente.

Em primeiro lugar, Outbreak funciona por fases. Antes de começar cada fase, você escolhe o personagem que quer usar, e a dificuldade. Dependendo de sua performace, você ganha x pontos, que podem ser usados para comprar animações, ilustrações, trilha sonora e roupas alternativas. Terminada a fase, outra se abre (exceto no Outbreak File 2, onde a única fase não disponível no início do jogo é a última). Cada Outbreak possui 5 fases, e visita alguns lugares já consagrados, como o RPD, o Hospital de Raccon e as Montanhas Arklay, assim como novos lugares como a Universidade de Raccon e o Zoológico.

O uso dos itens é inteiramente manual, assim como o equipamento e recarregamento de armas. O jogo continua rolando mesmo com o menu de inventário aberto, o que deixa tudo mais alucinante. Além das clássicas armas de fogo, o jogador também pode equipar objetos como vassouras e pedras para se defender dos zumbis. A parte legal? Estes objetos podem quebrar após serem usados repetidas vezes. Destaque para o File 2, onde se pode arrancar pedoços dos zumbis com munição pesada. Algumas portas podem ser derrubadas com pancadas e tiros.

Você não estará sozinho durante a jogatina. Você estará sempre acompanhado de dois NPCs, que podem responder ao não aos comandos dados por você (usando os direcionais e o analógico direito). Eles são bastante úteis, e podem ajudá-lo a derrotar chefes e resolver puzzles, além de influenciar a pontuação final, caso terminem mortos. Era possível jogar online, mas se não me engano a Capcom fechou os servidores.

Eu pessoalmente gosto mais do File 2, por um bom motivo. É possível salvar o jogo ao encontrar uma das famosas máquinas de datilografar, mas no Outbreak 1 o save é deletado automaticamente assim que você volta a jogar. Você também “sai” do jogo asism que salva, o que quer dizer que se der Game Over, você deve recomeçar a fase novamente. No File 2 sso foi corrigido, e você tem uma quantia limitada de saves para administrar. Diminuiu considerávelmente a dor de cabeça.

Ambos os jogos têm uma boa quantidade de finais, que variam dependendo de suas escolhas na última fase. Era para os dois jogos se complementarem, mas entram em uma grande contradição na fase final. De um modo ou de outro, Outbreak é um spin-off bem bolado.

Resident Evil Outbreak (File 2)

Plataformas: Ps2
Plataforma Avaliada: Ps2
Lançamento: 2004
Distribuído por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom
Gênero: Survival Horror

Resident Evil Code: Veronica X

Code: Veronica X é uma versão aperfeiçoada do jogo Code: Veronica lançado para Dreamcast. Passado logo após Resident Evil 2 e 3, CV começa com Claire, a heroína do segundo jogo, que procura pelo irmão Chris, o herói do primeiro jogo, e acaba em Paris. Emboscada, Claire vai presa e é deixada em uma das bases da Umbrella na América do Sul, a ilha Rockfort. Daí em diante é atirar em tudo que se mexer e torcer pra encontrar o sonho de todo maconheiro, erva de graça, por onde passar.

Uma das qualidades de Resident Evil é sua contínua busca por complexidade e dificuldade. CVX é de longe o RE mais interessante que já joguei, com a história mais recheada de referências (A todos os RE anteriores e ao atual Umbrella Chronicles) e os desafios mais intrigantes. Só o chato do companheiro da Claire que incomoda, o pentelho-saindo-da-adolescência Steve Burnside. Esse aparecerá ás vezes, terá uma das armas mais legais do jogo todo e atrapalhará muito.

Quando lançado CVX até que era bem bonito, mas comparado com os jogos de PS2 hoje em dia ele poderia ser considerado um pouco “feio”, tirando pelos cg´s, muito bem bolados, a tirar por exemplo o primeiro do jogo, que envolve um tiroteio, muito vidro quebrado e Claire dando uma de acrobata. Outro ponte forte que com o tempo vai ser tornando fraco é a trilha sonora. Se você não se incomodar de passar horas com o mesmo estilo de musical, ela é bem agradável e a dublagem é muito boa, por sinal.

CVX não é para todos os fãs de RE. É possível passar por muitas zonas sem precisar dar um tiro ou fugir de um zumbi, mesmo assim morrer por causa de alguma armadilha. Servirá para quem joga querendo saber de toda a verdade por trás da Umbrella, já que a maior parte da vida dos Ashfords é contada durante o jogo. Ah sim. Joguem durante a noite, em duas pessoas, de preferência uma que saiba inglês e com a porta trancada, o telefone fora do gancho e o celular desligado, porque você VAI querer ir até o final. Não é para crianças que têm medo do escuro.

Resident Evil Code: Veronica X

REO
Plataformas: PS2, Dreamcast e GameCube
Plataforma Avaliada: PS2
Lançamento: 2000 (DC), 2001 (PS2) e 2003 (GC)
Distribuído por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom
Gênero: Survival Horror

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