A semana de um gamer ocupado [4]

Nerd-O-Matic quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 10 comentários

Exato. A coluna de hoje é mais um daqueles lances que eu faço pra vocês saberem o que eu ando jogando. A minha sorte é que vocês adoram isso. Além do mais, como já falei antes, sinto falta de fazer reviews, já que esse era meu trampo quando eu trabalhava com games.

Mas vamos lá, vamos ver o que estou jogando. Quem sabe vocês aprendem alguma coisa.

Romance of the Three Kingdoms XI (PC)

Então, cês já acompanharam a saga da minha dor na semana passada. Agora eu só queria atualizar vocês sobre em que pé a coisa tá.

Depois de quase atirar o lap pela janela, matar a mãe de quem fez a porra do jogo, descer pra pegar o lap e atirar DE NOVO pela janela, resolvi relaxar e dar uma pausa de dois dias no negócio. Quando finalmente voltei a jogar, o fiz com uma boa cerveja aberta, pra ficar com uma das mãos ocupadas e poder jogar mais devagar, mais refletidamente. Essa é a vantagem dos jogos de estratégia por turnos: cê pode parar, pensar e tomar uns goles entre as suas jogadas e as do computador.

Só pra dizer pra vocês: o jogo TEM jeito. Mas o caminho é aquele mesmo; apanha da AI, pára, pensa, refina a estratégia. Tenta de novo. Apanha mais um pouco, avança mais um pouco, repete até vomitar no teclado. E dá-lhe save e load no meio disso tudo.

Mas quando você consegue sacar qualé o padrão do jogo, as coisas ficam mais interessantes. Depois da frustração inicial você começa a admirar o trabalho dos desenvolvedores em criar um jogo tão detalhado e onde todas as ações que você toma estão interligadas e possuem consequências visíveis no seguimento da partida. Sinceramente, achei um alívio que ainda existam jogos de estratégia assim, onde a “estratégia” pra vencer não se resume a “faz o máximo de exércitos que der e toca pra cima do inimigo”.

Mas ó: parei de jogar. Esforço demais e diversão de menos. Agora só vou me flagelar de novo no XII.

Star Wars: The Force Unleashed (PSP)

Caralho, meu Playtation Portable andava bem encostado. Pra vocês terem uma idéia, eu tava jogando Metal Gear Ac!d 2 de novo, devido à entressafra de agosto. Só que pro PSP a entressafra continua. Depressão.

Mas enfim foram lançados em bando os esperadíssimos jogos Star Wars, para todas as plataformas imagináveis exceto ipods. Eu tô na seca pra ver o Force Unleashed do Wii, mas enquanto minha cópia não chega, resolvi dar uma conferida no do PSP.

O jogo é perfeitamente definido por uma palavra: meia-boca. Tudo é meia-boca, inclusive os poderes dos jedis. Veja, não é que eles sejam fraquinhos, eles só foram mal-implementados. Alguns poderes parecem poderosos (force push, onde você EXPLODE e repele tudo à sua volta), mas são uma merda quando você tá usando de verdade. Outros são legais pra caralho (telecinésia ou: PEGA NEGUINHO E JOGA LONGE), mas são dificeis de controlar, pelo menos no PSP. E ainda tem alguns completamente inúteis (force choke: aquele poder do Darth Vader de estrangular só mexendo a mão em sua direção), porque seu uso é demorado demais e te coloca à mercê dos inimigos. LAME.

Além disso, achei o jogo extremamente feio (a foto aí de cima não é da versão do PSP, fiquei com vergonha de colocar), principalmente depois de ver o que pode ser feito no PSP em jogos como God of War. VSF, God of War é um filme na telinha do portátil, de tão bonito e detalhado. Ô preguiça de fazer umas texturazinhas melhores, hein Lucas Arts?

Atualizo-os quando receber o do Wii, que deve realmente ser o filet mignon de todas as versões devido às funcionalidade do wiimote que vai virar um fucking lightsaber. YES! ATÉ QUE ENFIM.

Rock Band (PS2)

Eu não sei se vocês jogam Guitar Hero, mas quem joga sabe que tem uma coisa engraçada que acontece de vez em quando: tem dias que você acorda com uma vontade irresistível de pegar a guitarra e tocar Ace of Spades. Aí cê passa o dia na fissura, porque tá com preguiça de desencostar a guitarra e ligar ela no PS2. Mas de noite, finalmente, cê não resiste e liga a porcaria. Se fodeu.

Eu tô nessa com Rock Band. E eu realmente acho Rock Band um jogo tão melhor que Guitar Hero, que é fácil dar vontade de jogar. Gosto da seleção músical, gosto do estilo do jogo, gosto dos vídeos. É muito do caralho.

O problema desses jogos é que, mesmo quando você pega só pra tocar UMA música, você acaba tocando umas OITO, se tiver sorte. É muito foda de resistir ao impulso de tocar “só mais uma e já paro”. Cê fica rolando na lista de músicas disponíveis e pensando em qual você pode aumentar o score. Porra viciante do caralho.

Aliás, cês conhecem o Sammy, do Gamehall? Então, o cara CANTA em Rock Band, e provavelmente ele não tem viznhos pra se atrever a fazer isso, saca só:

Certeza que um cara desses só faz isso porque não tem vizinhos. Se eu fosse vizinho do infeliz, dava tiro. Vários tiros, pra garantir que o infeliz morreu. Isso é castigo, não é vizinho. Isso é praga de gafanhotos, não é vizinho.

Mas enfim, esse é o poder desse tipo de jogo: colocar você na situação de um completo imbecil que ACHA que faz parte de uma banda, e mesmo sabendo que você está fazendo papel de retardado, ainda assim você se diverte pra caralho. Eis a magia dos jogos, meus amigos.

Air Traffic Chaos (NDS)

Pra finalizar, um joguinho do DS. Eu tava de olho nesse jogo aí, devido à sua premissa absolutamente alcoólica: você assume o papel de um controlador de tráfego aéreo. Sério, em todos esses anos de jogador de vídeo-games eu nunca tive a oportunidade de me sentir um controlador de tráfego aéreo. Esse é o tipo de merda que o Nintendo DS te dá a oportunidade de fazer.

O jogo é curto e até simples demais, de certa forma. Mas eu não consigo deixar de me admirar e me sentir quente por dentro com o que os desenvolvedores conseguem fazer no DS. É definitivamente uma plataforma que estimula o lançamento de jogos extremamente criativos.

A jogabilidade simples do início do jogo rapidamente se torna um lance completamente esquizofrênico, quando você começa a ter que decidir quais vôos vão pousar ou decolar em que ordem. Parece uma premissa boba, mas requer um bocado de planejamento prévio e manejo de situações de emeregência. Vale a pena dar uma conferida em Air Traffic Chaos, só pra ver como é possível gerar jogos completamente novos nesse mercado saturado por bobagens caça-níquel como Star Wars, que apresentei aí em cima.

É isso, motherfuckers. Espero que você estejam jogando tanto quanto eu. A vida não vale a pena sem vídeo-games e cerveja. Bebam mais, joguem mais. Porque vocês bebem e jogam pouco que eu sei. Bichas.

Lançamentos de Jogos da Semana – 03/08 ~ 09/08

Games terça-feira, 05 de agosto de 2008 – 1 comentário

Semana fraca, apenas Nintendo DS com dois títulos interessantes.

Air Traffic Chaos (Nintendo DS)
Você já foi estudante, médico, advogado, fazendeiro e agora a Majesco traz para o ocidente o Air Traffic Chaos, em que você é… Um… Controlador de Trafego Aéreo? Ein?
Port de um jogo para um console obscuro aleatório, Air Traffic Chaos foi lançado há algum tempo no Japão como Air Traffic Chaos: I Am An Air Traffic Controller! Nele você toma o papel de um controlador de trafego aéreo que pela tela de toque deve coordenar decolagens, escolhas de portões e pousos com segurança 5 fases em 3 níveis de dificuldade em diversos climas.
Um tutorial bem denso ensina a base sobre o assunto e o jogo aceita o Rumble Pack para mais realismo.
Apesar da idéia aparentemente horrível, se o Air Traffic Chaos conseguir simular toda a tensão envolvida no trabalho pode acabar sendo um título ao menos interessante.
E em uma continuação com certeza não poderia faltar um novo nível de dificuldade: Brasil.

Rhythm Tengoku Gold (Nintendo DS)
Rhythm Tengoku Gold chega às loja nipônicas essa semana e no final do ano como Rhythm Heaven no ocidente. Ainda que o jogo seja em japonês ele pode ser muito bem aproveitado por quem, assim como eu e a maioria das pessoas, não entende nada da língua.
Algumas pessoas descrevem o RTG como um WarioWare de ritmo, isso não está muito longe da verdade. Nele há dezenas de Mini-games de ritmo sempre da maneira mais inesperada, como uma aula de Química, um jogo de ping-pong ou um casal de moais cantores. Em comum entre eles é que você depende da música de fundo para executar as ações na hora exata.
O jogo tem um placar ignorante que desconta absolutamente tudo, para conseguir o score perfeito você tem que ter passado todos os jogos tendo acertado todas as vezes com uma margem de 1/60 segundos de erro.
Ainda melhores que os mini-games são os Remixes em que varios mini-games são misturados para compor uma música, o que é muito divertido.
Altamente recomendável.

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