Quando se fala em séries, logo vem à cabeça, se você é normal, as consagradas séries americanas: Lost, 24 Horas, Friends, Arquivo X, The Big Bang Theory, entre outras várias já consagradas ou fazendo sucesso atualmente.
Mas, e nosso Brasil varonil? Será que nunca teve ou tem algo que preste?
Levando em consideração que só a Globo produz algo parecido – descontando as tentativas da Record e, obviamente, as mexicanas do SBT – resolvi fazer uma pequena análise do que se passa por aqui, tentando ver o que se salva (Ou salvou) e o que é para passar longe, mas bem longe mesmo.
Seguirei uma linha temporal, analisando as séries globais de acordo com seus dias de exibição. Plim-plim! continue lendo »
Depois da estréia de Sex and The City – O Filme, neste final de semana estréia Agente 86, outro filme baseado numa série televisiva, comprovando a difícil época de filmes originais pelas bandas de Hollywood. Se você acha pouco, ainda nesta temporada estréia, Arquivo X – Eu Quero Acreditar, segundo longa-metragem da já clássica dupla Mulder & Scully.
Estes filmes vão ser somados á longa lista de adaptações de séries televisivas para o cinema (ainda na moda junto ás adaptações de quadrinhos). Assim como ocorre em todos as febres hollywoodianas, enquanto alguns filmes caem em boas mãos e se transformam em filmes decentes, com direito a elogios de fãs, outros não servem nem como episódio especial (mais longo) e em casos de séries antigas, nem como homenagem.
Abaixo alguns bons exemplos de adaptações e outros que não valem nem para fã de carteirinha da série:
Filmes que ficaram tão bons quanto a série (ou melhor)
O Fugitivo – Excelente releitura da série dos anos 60, com direito a um Oscar para Tommy Lee Jones como melhor ator coadjuvante; Jornada nas Estrelas – Se esquecermos á Maldição dos filmes ímpares, lembrem-se que os melhores filmes são os pares, torcendo os dedos para que J.J. “Lost” Abrams acerte a mão na nova aventura da Enterprise; Miami Vice – Gosto da releitura de Micheal Mann (produtor da série) dando ares mais realísticos e abrindo mão do ar cafona dos anos 80 que ocupava cada minuto da trama praieira; A Família Adams (os dois primeiros) – Por favor, nem vou comentar as continuações posteriores, as adaptações que valem são aquelas com Raul Julia, Angelica Huston e uma jovem Christina Ricci, como Vandinha; Os Intocáveis – Outro excelente exemplo de releitura. Neste caso, Brian DePalma acerta a mão neste filme de gângster excepcional, com direito a um Oscar para Sean Connery; Missão Impossível – Vale pela abordagem apesar de achar que Tom Cruise ofusca demais os outros personagens. Teve três diferentes diretores, obviamente, que o primeiro de Brian DePalma é o mais regular;
Filmes que ficaram pior que a série
Os Vingadores – Maior fiasco dos últimos tempos, acho que a pior adaptação até hoje. Nada funciona, nem mesmo os efeitos especiais e o brilhante elenco (fora do filme, pelo menos): Uma Thurman (de couro preto coladinho, somente o que vale a espiada), Ralph Fiennes (pagando o IPTU) e Sean Connery (também pagando o IPTU); A Feiticeira – Não funciona porque ficou muito quadradinho na telona, sem graça e um pouco infantil, talvez tenha perdido a época (ficou nostálgico e ingênuo demais), mesmo tendo Nicole Kidman mexendo o narizinho; As Loucas Aventuras de James West – Esqueça Os Vingadores, este sim é o pior de todos. Outro exemplo onde nada funciona, a não ser o ego de Will Smith, tudo é exagerado e o roteiro um fracasso total; Perdidos no Espaço – Exemplo de como não adaptar uma série antiga na telona, elenco sem química, apesar dos nomes, filme sem emoção; Starsky & Hutch – Perdeu quase toda abordagem policial e virou uma paródia (divertida, sim, em alguns momentos) de si mesmo; S.W.A.T. – Peca por ter um roteiro muito fraco, principalmente o vilão, caricatural. O elenco também não segura as pontas e tudo se torna convencional demais;
Filmes com cara episódio especial (ou duplo)
Os Simpsons – Bem realizado com algumas boas piadas, mas não foge muito da estrutura da série, a não ser pela duração; Arquivo X – O Filme – Filme para fãs porque o roteiro privilegiou quem acompanha a série nas primeiras cinco temporadas. O filme estreou entre a 5ª e a 6ª temporada, e conseguiu acrescentar fatos importantes na mitologia da série, no entanto, desta maneira dificultou aos não iniciados. Em julho, os fãs poderão matar a saudade do universo e personagens desta excelente série; As Panteras – Só está aqui por não poder ser levado a sério, acerto da direção e do elenco que parecem se divertir mais do que nós que estamos assistindo. Além disso, Cameron Diaz sempre vale uma espiada; A Grande Família – Não acrescenta nada de especial a série para justificar sua exibição nos cinemas e o pior é que como comédia o filme é muito dramático em diversos momentos;