Sobre como ler um livro

Livros sexta-feira, 14 de maio de 2010

Fiquei pensando sobre o que escrever essa semana, e não me veio nada de interessante, não tive nenhuma idéia de como conquistar o mundo, ou algum plano infalível by Cebolinha, ou um plano de assassinato estilo Agatha Christhie. Então, relembrando meus recentes modos de leitura, resolvi fazer uma pequena ode aos livros. Não será nos moldes do que meus companheiros fizeram, será num estilo próprio… Pomposo? Talvez. Engraçado? Há muito desisti de tentar escrever algo engraçado. Apaixonado? Com certeza. Se quiserem parar de ler, fiquem à vontade. Meu lado traça de livro vai continuar a partir daqui.

Não tenho tido tempo de parar sossegadamente em uma bem iluminada sala, e apreciar com o devido respeito o que um livro merece. Pensando bem, poucas pessoas tem essa oportunidade hoje em dia, com toda essa vida corrida e tantos compromissos, e coisas a se fazer (E isso me lembrou a fala de um filme) e divago…
O certo é que entre minhas horas de trabalho e aulas práticas, a única solução para sustentar meu vício por letrinhas é ler em qualquer lugar. E para quem gosta de ler qualquer lugar com luz é bom: Ponto de ônibus, sala de espera de hospital, entre uma aula e outra, etc, etc, etc…

Só que o importante não é onde se lê o livro, apesar de não ser recomendado ler embaixo de uma cachoeira, em meio a uma guerra de paintball, ou enquanto você mergulha em uma banheira cheia de chocolate, esses lugares danificam um livro terrivelmente. O mais importante é como se lê o livro, e não estou falando aqui de decodificar os códigos lingüísticos simplesmente, porque isso até mesmo alguns animais conseguem fazer, e sim, estou me referindo a praga de leitores que gostam de Crepúsculo, e não consegue ler outra coisa, porque a maioria dos livros está longe de sua capacidade de compreensão.

Ler um livro está além do passar de olhos pelas palavras, frases e páginas. Ler um livro é compreender, mesmo que de forma sutil, e mesmo que você não saiba traduzir em palavras o que acabou de ler. É como ouvir uma bela melodia com os olhos, e ficar ali, parado, enquanto o tempo passa ao seu redor, só recordando cada sentido das palavras, cada fala do personagem, cada frase que te tocou…

O mais legal de quando se realmente lê algo é que não há duas leituras iguais. Cada um lê a história de maneira diferente, e mesmo que algumas coisas coincidam, ainda assim é diferente. E essa é a beleza da leitura, é como um prisma, com diversos lados, e cada lado filtra a luz em um momento diferente, e mesmo que você veja as mesmas cores, ainda assim, a forma que elas tocaram você será diferente.

Porque isso acontece? Porque cada pessoa tem uma formação que lhe possibilita enxergar de modo diferente. Complexo, confuso, redundante? Possivelmente, mas é isso que torna cada livro, ou melhor, cada leitura de um livro excitante e envolvente. E que jogue a primeira pedra aquele leitor que nunca se sentiu assim.

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