Rock In Rio, Red Hot Chili Peppers e um pouco do dia 24/09

Música terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vou sair um pouco da área de cinema para passar uma visão pessoal sobre o megaevento que está acontecendo no Rio de Janeiro, o tal do Rock in Rio, como vocês todos bem sabem. Para começar, o Rock in Rio edição 2011 foi polêmico desde a divulgação (Aliás, o RiR ficou controverso desde quando levaram o festival para Lisboa) devido à confirmação de alguns artistas como Kate Perry, NXZero, Claudia Leitte e etc. como atrações especiais. Eu confesso que é foda ver esses nomes no que é considerado o maior evento musical do país, mas quer saber? Foda-se, vai ter Red Hot Chili Peppers, minha banda favorita.

Eu vi muito da galera reclamando por aí do preço dos ingressos (Como fazem de qualquer evento), mas VAI PRA PUTA QUE PARIU, reclamar de R$92,00 por uma meia entrada para ver RHCP, Metallica, Motörhead, Guns ‘n’ Roses e por aí vai? [Nota do editor: R$92,00 pro dia do Red Hot, mais R$92,00 pro dia do Metallica/Motörhead, e outros R$92,00 pro dia do Guns, sendo que no show solo do Motörhead estudante paga R$70,00, por exemplo.] Acho um preço completamente justo. Eu perdi o dia de vendas pelo dia 24 (Que teoricamente só teria RHCP que presta) e paguei R$167 no lote especial rindo. Se fosse R$300 eu pagaria rindo mesmo assim, é o sacrifício exigido para ver um showzaço da sua banda favorita, cara.

A infraestrutura do evento é uma coisa impressionante. Logo na entrada eu já pirei com o palco principal, que mais parecia uma obra de museu de arte moderna. A estrutura dos banheiros também tava massa, não precisava pegar fila hora nenhuma. Isso tudo sem contar com a roda gigante e a tirolesa em frente ao palco principal. A Rock Street (Lugar que eu fiquei por bastante tempo) era o lugar mais bem montado do evento, tinha um coreto onde apresentavam-se artistas de jazz. Para não rolar muitas filas, tinha uns caras com uns superbarris de Heiniken passando e enchendo os copos do pessoal pela bagatela de R$7,00. Essa foi a parte foda, o preço de tudo lá dentro era absurdo, e depois que o evento começou a encher ficou cada vez mais difícil esperar na fila.

Os shows me impressionaram bastante. Logo de ínicio fui conferir o da Nação Zumbi, mas a verdade é que a galera foi se encontrando e ninguém prestou muita atenção no show. A Rock Street era a melhor opção durante toda a tarde, e até achei boa a bandinha com a qual o Evandro Mesquita tocou. Ele tava meio doidão, mas se salvou tocando várias músicas do Bob Marley. Depois foi a hora do Stone Sour (Que só havia ouvido algumas músicas pelo SoundCloud) começar a tocar no palco principal, e confesso que me impressionei com o show dos caras. O vocalista (Que eu não sabia que era o mesmo do Slipknot) tem presença de palco pra caramba, e parecia que tava fazendo o show mais importante da vida dele.

Outro show que me surpreendeu foi o do Capital Inicial, banda que eu já curti muito quando era mais novo e já não gosto hoje em dia. Mas os caras conseguiram levantar o pessoal, e o Dinho Ouro Preto mandando um abraço especial para o José Sarney antes de tocar Que País é Esse? foi realmente do caralho. Snow Patrol entrou no palco com a missão de animar os fãs para o show do Red Hot, e aí que eu acho que a produção errou feio. O Snow Patrol não chega a ser uma banda ruim, mas era imensamente mais recomendado que eles tocassem à tarde, por conta do estilo musical lento da banda. Acho que um O Rappa da vida encaixaria muito melhor para abrir o show dos Chili Peppers.

Agora sobre o show do Red Hot eu sou suspeito demais para falar, eu sou simplesmente fã xiita da banda californiana. Meu medo era que, como a turnê é de divulgação do novo albúm, o I’m With You (Que é legalzinho, conta com as boas Did I Let You Know, The Adventures of Rain Dance Maggie e Look Around, mas nem se compara com os álbuns anteriores. Achei muito melódico), que os caras tocassem poucas músicas das antigas e que o show fosse paradão. Além do mais, tinha que ver como ia ficar a banda sem o John Frusciante. Mas o novo guitarrista Josh Klinghoffer segurou a onda e mostrou muita sintônia com o Flea. Por falar no baixista (Que eu sou completamente fã), ele assumiu o posto de porta-voz da banda, fez piadinhas, fez a galera pirar tocando muuuuuito e ainda por cima com a camisa da seleção brasileira. O Anthony Kiedis (No style bigodinho e cabelo de emo) que me pareceu meio introvertido durante boa parte do show e só foi começar a dançar desengonçado lá pro final do show, mais ou menos na mesma hora que tirou a camisa, como já é de praxe.

Mas acabou que a seleção repertório foi boa, mesclando as canções do novo álbum com as clássicas. O show começou com a número um do álbum, Monarchy of Roses, que por ser nova, muita gente não cantou e só ficou agitando os braços. A música seguinte foi a que eu mais pirei, por ser a minha preferida do álbum Stadium Arcadium (Que acho o melhor da banda), Charlie. Eles continuaram mesclando as músicas novas e as clássicas, levando a galera ao delírio em Californication, By The Way e fazendo a platéia cantar em uníssono Otherside e Under the Bridge. Pra finalizar, ainda teve uma homenagem emocionante ao filho da atriz Cissa Guimarães que morreu ano passado, faria 20 anos no dia do show e era fã da banda, Rafa (Os músicos tocaram usando uma camisa com o rosto do rapaz), e o Flea agradecendo a todos o carinho do povo brasileiro. Red Hot é foda, e agora fica só saudade. Valeu a pena esperar esses 10 anos.

Leia mais em: , , , , ,

Antes de comentar, tenha em mente que...

...os comentários são de responsabilidade de seus autores, e o Bacon Frito não se responsabiliza por nenhum deles. Se fode ae.

confira

quem?

baconfrito