Qual a Relação entre a Leitura e a Educação?

Livros quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Já vou avisando que hoje o texto vai tratar de algo que me incomoda e que de certa forma me faz ter vontade de expor minha opinião pra quiser ver, mesmo que geralmente eu seja xingado e amaldiçoado até o osso.

Pra mim, é algo imprescindível que para ser considerada culta, a pessoa alem de ter certa carga de conhecimento geral ou específico, tenha também uma gama de livros de cabeceira. Resumindo, acho que o cara pra ser considerado culto tem que ler bastante, além de claro, estar sempre bem informado sobre tudo o que se passa a sua volta. Não que ler Harry Potter possa te transformar em uma pessoa culta só pelo simples fato de ser lido, mas só de ter se disposto a ler quase 3000 páginas por diversão, queira ou não, ajuda muito no desenvolvimento léxico da pessoa.

 Esse não era o tipo de pessoa culta que eu tinha em mente, mas enfim.

Dito isso, eu lhe pergunto, caro leitor: Quantos adolescentes hoje em dia estão preocupados em tornarem-se pessoas cultas?

Ah cara, vsf! E o que eu vou lá querer saber sobre isso, no que isso me afeta? Eu te respondo: Os adolescentes de hoje, provavelmente serão os professores dos seus filhos amanhã, portanto o tipo de adolescente formado hoje será o formador de opinião amanhã. Não estou dizendo que essa geração não presta ou coisa parecida, mas eu fico imaginando algumas pessoas que eu conheço hoje em dia, que tem como principal objetivo na vida guardar uma graninha pra tomar um “gole forte” no final de semana e que não dão à mínima se realmente aprendem alguma coisa na faculdade, dando aula de química ou física, ou de qualquer outra coisa que exija certo esforço pra ser aprendida.

 Esse é um cara que não dá pra imaginar que um dia vai ser professor. Mas ele conseguiu se eleger deputado, vai entender.

Isso sem levar em consideração também o fato de que hoje em dia é muito comum você ver pessoas que não querem dar aula… Dando aulas, como aquele cara que fez história, mas não conseguir passar para aquele concurso pra trabalhar no museu e decidiu então dar aula para o ensino médio por que não teve alternativa, ou ainda como aquele engenheiro formado que só conseguiu vaga de “traine” e pra conseguir uma grana extra, resolveu dar aula de física no colégio mais próximo. Óbvio que não tem problema nenhum o cara querer dar uma melhorada no orçamento aproveitando o tempo vago pra dar aula, desde que faça isso de uma forma bem feita, por que é deprimente ver gente dando aula em colégio publico achando que pode simplesmente passar a matéria de qualquer jeito e no final do ano passar o aluno. Isso além de ser antiético, é uma baita hipocrisia.

Sinceramente, acho que pra ser professor o cara tem que ter vontade de ser professor e pronto, e pra isso o salário de um professor do ensino fundamental e médio tinha que ser mais atrativo e coisa e tal, mas isso já é assunto pra outro texto.

Infelizmente não existe forma de controlar isso, pois não dá pra chegar pro cara e perguntar “Escuta, isso é realmente o que você quer?” e obter uma resposta sincera. Então, salvo os estudantes de pedagogia, que futuramente trabalharão com educação por opção (E que deveriam ser até mais respeitados por isso), não tem como dizer que existem muitas pessoas com vontade de dar aula, o que pra mim é uma lástima, até porque esse tipo de coisa não acontece só no ensino fundamental, existem pessoas que tem coragem de se aventurar a dar aula no ensino superior sem o mínimo de didática só por que é rentável, e que se foda se os alunos vão aprender ou não.

É fato que hoje vivemos em uma época em que a maioria das pessoas (Eu disse maioria, não todo mundo ou 100% da população) com idade entre 17 a 24 não tem mais o interesse que a geração passada tinha em obter logo uma formação profissional. Hoje as coisas estão mais relax, pois muitas coisas que não eram permitidas nos tempos da geração passadas são vistas como normais nos dias de hoje,

Mas, enquanto não se estabelecer uma remuneração decente aos profissionais de educação neste país, e enquanto os jovens de hoje não estiverem dispostos a trocarem o “goró” por um livro (Não em tempo integral, afinal de contas todo mundo merece divertir-se de vez em quando), infelizmente estaremos fadados a conviver com essa lastimável situação, onde as pessoas estão cada vez menos interessadas em adquirir cultura, e mais interessadas em viver dando o velho “jeitinho” pra resolver as coisas.

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