Rápido relato de uma primeira vez

Cinema terça-feira, 01 de maio de 2012

E tem vezes que me chamam de anacrônico, de antiquado, e não é uma fama que me incomoda, história é legal. O problema é que eu demoro um pouco pra ter contato com coisas modernas da tecnologia. Acostumei com os tais smartphones, HDTV e até o tal do bluray; só me faltava esse tal cinema em 3D. Faltava. Na sexta-feira fui conhecer essa parada.

Ingresso comprado de antemão, estréia mundial dos Vingadores e minha primeira vez em um filme projetado em três dimensões. O negócio todo é novo aqui em Tangamandápio (E caro), logo não é de se espantar que eu estivesse distante dele. Mas Nick Fury e sua turma da pesada me levaram até lá, para aprontar altas confusões e viver grandes aventurTÁ, cês entenderam. Pois bem. Muitas dúvidas surgiram em minha cabeça: A sessão vai atrasar? Por que essa luz vermelha na parede perto de mim? Será que o 3D é tão interessante como dizem? Posso levar esses óculos pra casa e usá-los na playboy da Larissa Riquelme? Enfim.

 Ah, essa modernidade…

Eis que a projeção se inicia. Os primeiros trailers não são em 3D, rola uma ansiedade. Enfim, lá vem o aviso de “ponha agora os seus óculos”. Trailer do Homem-Aranha, com direito a um reflexo condicionado sendo ativado quando o herói pula na direção do público. Começo a me interessar na situação e a lembrar de uma conversa que tive tempos atrás com um cinéfilo conhecido meu. Na ocasião, conversávamos sobre o 3D e seus impactos. Afirmei, mesmo sem ter visto de perto, que eu o considerava um apoio, uma ferramenta, um suporte, não um recurso tão inovador quanto a cor, como chegaram a dizer alguns. Ainda na conversa, chegamos pelo menos na conclusão de que, se um filme souber usar essa nova tecnologia, se ela for parte importante da experiência de assistir aquilo, então ela está sendo bem usada. E na sexta, 27, comprovei as nossas opiniões. Digo em verdade para vós que ainda não puderam ver, que o 3D é uma parada muito divertida; com os devidos usos de câmera, com bons efeitos, com as oportunidades certas de se mostrar com mais intensidade, aquilo ali realmente ganha valor (Takes da bunda da Scarlett Johansson ajudam bastante também, aliás).

Saí da sala duas horas depois bastante animado. Primeiro, por que Avengers é um filme realmente incrível; segundo, por ter finalmente conhecido o 3D e, pelo que parece, ter visto ele sendo bem utilizado logo de primeira. Preciso ainda assistir outros, ver essa tecnologia sendo usada em outras produções, outras coisas; e talvez seja como a cor mesmo, já que nem esta, pensando bem, é essencial para uma boa obra (Acabo de lembrar d’O Artista). As evoluções do cinema me animam, mas não precisamos de gente achando que aquilo que não tem tecnologia suficiente não presta. É, eu sou antiquado, com orgulho.

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