Pokemon X & Y (Nintendo 3DS e 2DS)

Games quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cês já leram sobre Pokemon uma caralhada de vezes. Não tem jeito: Podem argumentar que cada jogo é a mesma coisa do anterior, que dá muito trabalho jogar em competição e o mimi-blablá que for. Nasci jogando esta porra. Morrerei jogando esta porra. Vou resenhar essa porra.

E quem disser que a sexta geração de Pokemon tá igual às anteriores, pode fazer o favor de comprar um 3DS e enfiá-lo no cu. De preferência, a versão large, de tela grande. Agradeço desde já a compreensão. Desce aí e vamos falar das nossas rinhas de galo bombadas prediletas!

Gráficos

Pra falar a verdade, tá aí uma série que nunca ligou muito pra aparência do jogo. Digo, sem levar em consideração o design específico de cada pokemon. A parada é que a tela do jogo em si sempre foi bem pixelada. Mesmo na quinta geração, lançada numa época em que os modelos 3D já existiam, a aparência “quadradinha”, quase de cartoon, foi mantida. A imagem acima ilustra bem o que eu quis dizer.

Como a GameFreak anda numa fase de mudança, cortou o cabelo curto e fez luzes e tudo mais, a galera lá resolveu que tava na hora de abrir as portas para 200713. X e Y são todos 100% em 3D. Saca Pokemon Stadium – ou Battle Revolution se você não for truta dos tempos áureos? Então. Assim. Pela primeira vez na história de mais de quinze anos da franquia, as batalhas na série principal acontecem em tempo real. Pelo menos, tão real quanto um cachorro-coelho atirando bolas de energia pela boca pode ser. Não tem mais só aquela tremidinha marota no sprite do seu pokemão quando ele toma uma chulapa ardente do meu Charizard na fuça. Brutalidade pura, queridos.

Fritando pra vender churrasquinho barato na porta do PokeCenter.

Jogabilidade

E muitos memes, por que provavelmente foi traduzido por uma criança de doze anos de idade.

Uma das coisas que sempre odiei em Pokemon é o início lento. Desde os mais primordiais tempos de Red e Blue, quando tudo o que eu mais queria era sair por aí sozinha pra usar crack e destruir cidades, precisava passar três anos entre levar encomenda do Oak pra lá e aprender como capturar pokemons pra cá.

Mas isso tudo foi consertado na sexta geração e desde então há muita alegria! Seu personagem já começa calçando running shoes – sem lenga-lenga -, a batalha inicial com o rival é rápida e em menos de cinco minutos você já pode sair por aí com uma raposinha que solta fogo até do cu, que com certeza foi dada pra uma criança de dez anos de idade por um adulto extremamente sensato. Outras coisas legais como o nickname rater também são encontradas bem depressa no jogo, no caso de você querer mudar o nome do seu Charizard pra… Anus.

Sacumé, Anus used Fire Blast! e suas variações. Sim, eu tenho dez anos de idade.

Só tem uma coisinha que me deixou irritada nesse jogo. A falta de coerência entre os ginásios, que deixa vazios enormes entre uma insígnia e outra. Com mais de dez horas de jogo, só tinha passado por dois deles e várias vezes pensei que houvesse algo de errado. Não que seja exatamente um defeito, mas é estranho, afinal, você derrota a equipe dumal na terceira ou quarta insígnia. Me deixou com uma sensação de que já tinha feito tudo de legal no jogo antes mesmo da metade do mesmo.

Inovações

Isso era obra de Satanás. Até agora.

Muita, mas muita coisa foi melhorada, esclarecida e facilitada na sexta geração de Pokemon. Os produtores realmente se esforçaram pra que as pessoas não precisassem recorrer a hacks ou coisa parecida pra poderem jogar decentemente. IVs-EVs não são mais uma piroca no seu cuzinho virginal, por exemplo. E isso vai animar ainda mais o cenário competitivo do jogo. Agora, você não precisa ser um nerd que cheira a Doritos pra não ser humilhado em praça pública virtual.

Outro ponto interessante é a interação com outros jogadores, que é muito mais eficiente agora. Além de poder conectar com “transeuntes” na internet e com os amigos que estejam a curta distância, dá pra desafiar gente aleatória por aí e, ao aumentar a sua lista de amizades, haverá mais opções pro seu safári! Bom, vou comentar uma crítica que tenho visto bastante. Tem gente que queria que Pokemon fosse mais parecido com um MMO. Do tipo compartilhar uma jornada com amigos seus. Nisso, vou ter que discordar. Pokemon não é o jogo mais difícil do mundo e, talvez, compartilhar a jornada com outras pessoas fosse deixá-lo muito mais raso do que já é.

Acredito que essa sexta geração tenha sido uma lufada de inspiração na franquia. Novas regras de batalhas, recursos, reforma de pokemons já meio esquecidos, especiais na televisão, enfim. Conseguiram renovar com bastante sucesso uma franquia que poderia facilmente ficar desgastada. O que torna Pokemon uma coisa universal e atemporal é a “ambiguidade”, o equilíbrio do jogo. Ao mesmo tempo que é, como falei lá em cima, fácil o suficiente pra uma criança se divertir enquanto joga, o funcionamento do competitivo e as estratégias de batalha são complexos o suficiente pra deixar adultos entretidos por horas.

Por isso é a franquia de game mais bem sucedida de todas [Nota do editor: Depois de Mario]. E, por isso, sempre quebra e sempre quebrará recordes de vendas nos primeiros meses. Recomendo muito que você jogue, tanto pela nostalgia quanto pela oportunidade de conhecer um game novo e, dentro do próprio nicho, inovador.

Pokemon X & Y


Plataformas: Nintendo 3DS e 2DS
Plataforma Avaliada: Nintendo 3DS
Lançamento: 2013
Distribuído por: Nintendo
Desenvolvido por: GameFreak
Gênero: RPG

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