O Hallowen nas HQs

HQs sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Um dos feriados/festas mais conhecidos dos EUA é o Halloween (Dia das Bruxas), comemorado no dia 31 de outubro, ou seja, antecedendo o Dia de Todos os Santos (01 de novembro) comemorado pela Igreja Católica, e o Dia dos Mortos/Finados (02 de Novembro).

E a popularidade da festa é tanta que a mesma chega a ser comemorada até mesmo nos quadrinhos, e muitas vezes com edições especiais, voltadas com essa temática. E apesar destes especiais terem uma vertente mais leve e divertida, também temos boas histórias que usam como tema o Halloween.

Uma das melhores histórias que já que teve citação do Halloween foi Batman: O Longo Dia das Bruxas (Batman: The Long Halloween) publicado pela DC Comics entre 1996 e 1997. No Brasil, essa mini saiu pela Abril entre 1998 e 1999, na época, e depois num relançamento da Panini em 2008.

 Uma nova vesão muito boa para a origem do Duas Caras

A história, escrita por Jeph Loeb e com desenhos de Tim Sale, mantém o estilo tradicional do morcegão, com o crime em Gotham City atingindo índices altíssimos por causa da ação da máfia, principalmente pela “família” comandada por Carmine “Romano” Falcone, que reina no submundo. E, numa ação conjunta, Batman, o Comissário Gordon e o promotor Harvey Dent se unem para por um fim no crime organizado.

Isso mesmo, o Longo Dia das Bruxas reconta a origem do Duas Caras e num clima tenso e cheio de referencias ao O Poderoso Chefão. Além disso, nos é apresentando um novo vilão chamado Feriado, um assassino que mata membros importantes da máfia de Falcane e da rival “família Salvatori ‘Sal’ Maroni” a cada data comemorativa.

E o que não falta na obra são os vilões, já que quase toda a galeria do homem-morcego aparece na história. Desde o Coringa até Solomon Grundy, apesar deste último fazer mais parte da galeria do Lanterna Verde Allan Scott do que do Batman propriamente dito. É claro que as lutas com esses vilões acabam sendo em alguns momentos desnecessários para a história, mas nem assim tiram o brilho dela.

Além disso, a busca pelo assassino Feriado acaba levando tanto o Batman quanto seus companheiros ao limite físico e mental, para encontrar uma solução para o crime. Tudo dentro da lei. E toda essa exaustão nos é mostrada nos diálogos da obra.

Além disso, algumas partes do Longo Dia das Bruxas lembram cenas do filme Batman: O Cavaleiro das Trevas dirigido por Chris Nolan, incluindo o viral “Eu acredito em Harvey Dent”, que tomou conta da internet e outras mídias, na época do pré-lançamento do filme.

É claro que o clima sombrio das histórias do morcegão ajudam para boas histórias como essas, onde o clima de terror e medo meio que assumem o papel principal de pano de fundo.

É claro que já li outras histórias boas também nos especiais de Halloween, mas estes, geralmente por trazem histórias curtas, acabam não ter a mesma densidade, servindo apenas para divertir.

 Histórinhas divertidas

Por exemplo, Crise Infinita Dia das Bruxas Especial (DC Infinite Special Halloween), publicado em 2007, trouxe uma série de histórias de terror narradas pelos internos do Asilo Arkham, e nelas temos a presença de vários heróis como o Flash, Superman, Demônio Azul, entre outros. E dentre elas uma que achei muito boa foi a O que pode assustar o maioral?, onde descobrimos qual é a coisa mais assustadora para último czarniano Lobo, considerado uns dos personagens mais fodas do Universo DC.

 Até o maioral sente medo

Já pela a Marvel, o Homem-Aranha passou maus bocados com essa história de Halloween. Em O Breve Dia das Bruxas, publicado originalmente em Spider-Man: The Short Halloween (2009) e aqui na Teia do Aranha pela Panini (2010), que conta com roteiro Bill Harder e Seth Meyers, e arte de Kevin Maguire, o cabeça de teia acaba trocando de lugar com um bêbado que está fantasiado de Homem-Aranha durante a festa de Dia das Bruxa, e isso só piora com a chegada dos Cinco Furiosos, um bando de vilões ridículos. E não eles não tem nenhuma relação com Kung Fu Panda.

 Bebedeira no Halloween dá nisso

Mas nem só nas HQs americanas o Halloween se faz presente, como é possível ver na história Halloween na Roça, estrelada pela turma do Chico Bento. Nesta história, de 2005, de Mauricio de Souza, um primo do Chico tenta ensinar ao pessoal do interior a tradição americana dos “Doces ou Travessuras”, mas o problema já começa quando Chico Bento sequer reconhece as assombrações apresentadas pelo primo como Drácula, Múmia e Frankeinstein.

Para solucionar esse problema, ele aceita a idéia de Chico Bento de usarem apenas assombrações do folclore brasileiro, como mula sem cabeça, saci e lobisomen. No fim, a idéia de doces e travessuras não dá muito certo, para frustração do primo do Chico Bento e também para as verdadeiras assombrações do nosso folclore.

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