Minha primeira vez…

Analfabetismo Funcional terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Como toda primeira vez, foi marcante. No começo, difícil. Meio sem jeito, um tanto diferente de tudo que já tinha feito. Cheio de novas descobertas. Com o passar do tempo tudo foi se ajustando e vi que era uma prática interessante. Foi assim a primeira vez que li/ouvi um audiobook ou, para quem preferir, audiolivro.

Há algum tempo ouvia falar em audiobooks, ótima opção para deficientes visuais, idosos, pessoas sem tempo para ler, ou que simplesmente não queriam ler. Eis que certo dia – andava meio sem tempo, gastando horas diárias no trânsito – me deparei com uma promoção de um audiobook água-com-açúcar: Marley & eu, de John Grogan.

Comprei-o.

Quanto à história do livro, como já disse, é um água-com-áçucar – aos moldes do filme, que também recomendo – divertido, bem escrito e emocionante até para quem nunca efetivamente teve um cachorro como animal de estimação. Pessoas próximas que leram o livro e têm ou já tiveram cães falaram-me que o enredo se torna infinitamente mais emocionante. É uma boa história, baseada em fatos reais.

Voltando à experiência do audiobook, creio que ouvi a toda a história em uma semana. É bem verdade que foi uma semana de engarrafamentos na cidade. Sempre que podia botava o disco no CD player do carro e começava a viajar na história, deixando o trânsito bem mais ameno. No começo foi um tanto difícil concentrar-me. Quando dava por mim a história estava rolando e meu pensamento já ia longe. Mas depois de aumentar a concentração e de um período de adaptação, aquilo passa a ser mais natural. O narrador é o ator Luís Melo, e seu talento e voz ajudam a tornar a “oitiva” mais agradável e emocionante. Por outro lado, durante a história há alguns efeitos sonoros um tanto desnecessários ou exagerados, como quando vai se iniciar um diálogo ou na transição de uma capítulo para o outro.

O balanço geral que faço é positivo. É uma boa opção para quem tem pouco tempo para lazer e muito tempo no trânsito, ou até para aqueles que querem desviar o foco das buzinas para algo mais agradável (Nesse caso recomendo o bom e velho Rock n’ Roll). Também é uma boa para quem tem dificuldade em concentração em recursos visuais (incluindo leitura) e maior facilidade com recursos auditivos. Isso sem falar na questão social de promover acessibilidade para os deficientes visuais.

Ainda não ouvi nenhum outro audiobook, embora recomende a todos a experiência. O preço ainda não é dos melhores – embora seja fácil encontrar sites para downloads – e, no final das contas, prefiro a leitura à moda antiga. Nem os audiolivros, nem os e-books ainda me cativaram definitivamente. Será que estou virando um velho retrógrado?

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